31 agosto 2011

Padre Humberto Penso scj


P. Humberto é natural de Capinzal/SC e nasceu no dia 29 de julho de 1928. É filho de Pedro Penso e Maria Dodoni Penso, descendentes de imigrantes italianos que colonizaram o Rio Grande do Sul e o oeste catarinense.

Iniciou a sua formação de uma forma curiosa: seu irmão mais velho seguindo a tradição familiar seria enviado ao seminário, porém, no último instante, desistiu. O menino Humberto, então com 9 anos de idade, pediu para ir em seu lugar, e foi assim que ingressou no Seminário de Corupá. Só retornou a casa dos pais dois anos depois, apesar da saudade imensa que sentiu da sua família, segundo relato dele.

P. Humberto fez o Postulantado e o Noviciado na cidade de Castro/PR, a Filosofia em Brusque/SC e a Teologia em Taubaté/SP. No dia 28 de junho de 1953 foi ordenado sacerdote.

Seu primeiro trabalho foi como professor no Colégio Dehon, em Tubarão/SC.
No ano de 1954 trabalhou em Joinville, auxiliando o P. Augusto Weicherding, que havia ficado afônico. Apesar do curto período (3 meses) fundou um time de futebol infantil.
Depois lecionou no Seminário de Corupá/SC e em Lavras/MG.
No período seguinte, P. Humberto trabalhou como vigário em Formiga /MG, depois em Brusque/SC e em seguida em Rio Negrinho/SC.

Foi trabalhar em Pindaré-Mirim, no Maranhão em fins de1968, como vigário e Superior das Missões. Integrou a primeira turma de missionários naquelas terras. Trabalhou no Maranhão por quase 15 anos e lá contraiu malária em 5 ocasiões e, em conseqüência do tratamento a base de quinino, passou a ter dificuldades auditivas.

De volta ao Sul, em 1981, foi vigário paroquial em Cianorte. No ano seguinte foi nomeado pároco de São Sebastião, em Parada de Lucas, Rio de Janeiro. Em 1987 assumiu a paróquia Nossa Senhora Aparecida em Oxford, São Bento do Sul, onde permaneceu até 1992.
Depois trabalhou em Terra Boa, PR, local onde completou 50 anos de sacerdócio em junho de 2003.

Trabalhando em Joinville/SC desde março de 2004, P. Humberto nos cativou, atraindo a todos com seu bom humor e com as histórias que sabe contar como ninguém. Mas cativou principalmente as crianças. Brincava com os pequenos, desenhava figuras de animais em seus braços, dava-lhes pirulitos e realizava a comunhão espiritual nas missas em que era presidente.
Mas não somente as crianças P. Humberto tratava com carinho e cuidado, também os doentes que visita nas casas, nos hospitais, sempre sereno e atencioso.
Carinhosamente chamado de “Tigrão” por seus amigos, ele muitas vezes estendeu o apelido às crianças, chamando-as de “tigrinho”. Já para as mulheres da comunidade paroquial, reserva a doce expressão “mãezinha”.

Suas limitações físicas nunca o impediram de participar da nossa vida celebrativa, da pastoral, das formações e dos momentos de confraternização.

Desde que chegou a nossa paróquia, ele nos deu um testemunho diário de que a entrega da própria vida por amor a Deus e ao próximo é a melhor forma de louvar e amar o Senhor da Vida.

Faleceu no dia 31 de agosto de 2001, aos 83 anos, em Joinville SC. O sepultamento acontece em Corupá na manhã do dia 01 de setembro.

3 comentários:

MARCELA disse...

ESSE SACERDOTE A QUEM NOS ORGULHA COM TANTA SABEDORIA E AMOR NO CORAÇÃO, ESSE HOMEM BRILHANTE É MEU TIO QUERIDO E NOS DEIXA COM MUITA TRISTEZA NO CORAÇÃO, MAIS TAMBÉM COM A ALEGRIA DO DEVER CUMPRIDO SÓ FEZ O BEM SEM OLHAR A QUEM ESSE É MEU TIO "TIGRÃO", OBRIGADO A TODOS PELO CARINHO A ESSE INESQUECIVEL SACERDOTE.

Renato de Vicente disse...

Pe. Humberto esteve por anos em nossa paróquia, aqui no norte do Paraná (Indianópolis/São Manoel do Paraná). Com certeza foi o padre que mais contribuiu espiritualmente pro nosso povo. Era criança quando esteve conosco e, junto com todos da época, não faltava às missas pelo carisma dele. Da nota de falecimento, o ano está errado, é em 2011.

Fátima Soares disse...

Conheci Pe Humberto ainda jovem , em Pindare Mirim Ma. Realmente, cuidava muito bem de todos da comunidade. Eu tinha 11 anos. ele pegava a criançada colocava na lanchinha, rede de pesca panelas, pescavam e cozinhava os peixes, e era uma grande festa as margens do rio pindare.