13 dezembro 2010

Padre Osnildo em visita ao Santuário SCJ - Joinville


O Pe. Osnildo Carlos Klan, scj aproveitou suas férias no Brasil para visitar seus confrades e amigos do Santuário Sagrado Coração de Jesus.
No país desde o dia 28 de setembro, Pe. Osnildo afirma que passar por Joinville é algo natural para quem deseja visitar os padres da Congregação, por causa da sua localização geográfica privilegiada e pela ótima acolhida de todos. “O Santuário é um ponto de referência. Sempre que passo por aqui me sinto bem”, declara.
O sacerdote é missionário na República Democrática do Congo (que anos atrás era chamado Congo Belga ou ainda Zaire), na África Central, há quatro anos.
Entre as atividades realizadas pelo padre dehoniano na cidade de Butembo está a formação de novos sacerdotes da Congregação. Segundo Pe. Osnildo, a África está oferecendo à Igreja muitas formações, mesmo com os desafios e dificuldades sociais e políticas enfrentadas pela sua população.
O sacerdote volta ao continente africano dia 14 de dezembro e espera ansioso passar o Natal entre amados irmãos de lá.

Texto: Agência Dominus

10 dezembro 2010

Mensagem de Natal do superior geral - Roma

Roma, 10 dezembro de 2010


Mensagem para o Natal

O Verbo Divino se fez carne




Caros confrades e amigos da família dehoniana,

Sentimos o desejo de comungar com todos vocês, por ocasião do Natal e, juntos, recordar acontecimentos e momentos que ao longo deste ano nos ajudaram a fazer experiência da Palavra que se fez carne nosso cotidiano.


Palavras verdadeiras

Na carta enviada por ocasião da festa do S. Coração, referimo-nos ao dom maior de p. Dehon: “Deixo-vos o mais maravilhoso dos tesouros, o Coração de Jesus” (Cfr. Testamento Espiritual). Esta indicação é mais do que uma simples e piedosa recomendação, é o centro da sua experiência pessoal que o levou também à fundação da Congregação. Falar do coração não significa indicar um setor ou uma parte da pessoa, mas a globalidade do seu ser, a sua interioridade em oposição àquilo que é superficial. O coração de alguém é o seu segredo profundo que se conhece somente na medida em que a pessoa mesma se revela e entra em comunicação com outras.
A herança que p. Dehon decidiu partilhar conosco é a sua experiência do Amor de Deus testemunhada em Jesus. Jesus mesmo é o dom. A mesma carta enviada a todos vocês por ocasião do dia 14 de março, dia do nascimento de p. Dehon, com um etilo mais narrativo e experiencial, deu-nos a possibilidade de aproximar uma vez mais a figura do fundador e de colher aquilo que o motivou e sustentou ao longo de toda a vida, a sua experiência de fé.


Encarnadas por Jesus Cristo

Falando do Sagrado Coração, p. Dehon quer convidar-nos a lançar o olhar sobre a humanidade de Jesus, como Verbo feito carne que habitou entre nós (Jo. 1,14). Nos seus gestos, pode-se contemplar a solicitude de Deus para com a humanidade. Ele mostra sua proximidade a toda pessoa, independentemente da raça, cultura ou condição social. É a partir dessa sua humanidade, como Emanuel (Deus conosco), que Jesus se torna, ao mesmo tempo, revelação do amor de Deus e modelo a ser imitado, caminho possível para todo homem e mulher neste mundo.


Colocadas no nosso programa

A carta programática, preparada no início deste sessênio que quer ser um instrumento para coordenar as nossas ações foi enviada às diversas comunidades e apresentada nas visitas que os membros do governo geral fizeram, neste ano, à Congregação, particularmente à Ásia e a alguns países da Europa. Essa tem como princípio inspirador a centralidade de Cristo e a experiência que fazemos dele e testemunhamos na nossa vida comunitária e apostólica. As muitas iniciativas ali propostas têm três elementos transversais que consideramos prioritárias e que devem ser desenvolvidas para o crescimento da Congregação: a espiritualidade, a formação e a internacionalidade. Não se trata de três atividades e nem sequer de campos de empenho apostólico, mas de atenção a considerar e cultivar em toda programação e iniciativa.


Encontradas na vida cotidiana

A Palavra que fez carne ilumina o nosso caminho feito de pequenos passos e de respostas adequadas que somos chamados a dar a tantos desafios, problemas e situações que cruzam o nosso caminho até mesmo institucional. No encontro dos superiores maiores ocorrido no mês de outubro destacamos algumas, por exemplo, o problema do envelhecimento em algumas entidades, o sustento também econômico para a formação nas realidades mais jovens, a função do superior na animação e orientação das comunidades e a questão espinhosa dos abusos sexuais. Temas abertos que merecem ser estudados, enfrentados e acompanhados para que o nosso testemunho seja eficaz.


Tornadas “boa notícia” para quem necessita

O que nos é dado contemplar no Natal, é que Jesus não é somente o melhor ser humano, mas é o homem novo na plenitude do Espírito, o Filho de Deus. Não é o simples resultado de um aperfeiçoamento do ser humano, mas uma intervenção radicalmente nova de Deus, que inicia uma nova humanidade infundindo o seu Espírito. Boa notícia para as mulheres e para os homens em caminho, na história, a respeito das interrogações mais profundas referentes ao nosso viver, amar, relacionar-nos, empenhar-nos. “Boa notícia” que constantemente coloca em relação materialidade e espiritualidade, história e transcendência.


Enriquecidas pela alegria dos acontecimentos

Estamos a caminho, e sempre em busca do Deus “escondido”, de Jesus de Nazaré encontrado e sempre a ser encontrado novamente. É um percurso que muitos, na Congregação, estão fazendo, por isso dizemos obrigado. Estamos contentes pelos que fizeram a primeira profissão, neste ano, e pelos foram ordenados presbíteros. A todos vocês. Por todos vocês e particularmente por todos que celebraram o jubileu da primeira profissão e da ordenação sacerdotal, agradecemos o Senhor. Muito obrigado pelo serviço desenvolvido, por tantos anos, em favor daqueles que têm necessidade da nossa presença. Junto a esses felizes acontecimentos, recordamos a nomeação do novo bispo dehoniano, o nosso confrade brasileiro Vilsom Basso. A sua disponibilidade para ser pastor de uma igreja local, é um modo concreto de realizar. Nós o acompanharemos com a oração e, com ele, todos aqueles confrades que foram chamados a servir mais diretamente uma parte da igreja através do ministério episcopal.
Olhamos com esperança para as iniciativas que estão dando os primeiros passos: Paraguai e Ciad. Acompanhamos com confiança o desenvolvimento da presença no Vietnam. Tudo requer atenção formativa, capacidade de investir na preparação de pessoas abertas e capazes de fazer a congregação caminhar nos novos contextos. Sinal de esperança é a reflexão e o aprofundamento que faz nos diversos continentes: o convênio sobre a “Missio Cordis” na America Latina, a preparação das conferências continentais, o curso para formadores que está acontecendo em Roma.


Tornadas verdadeiras por quem as consumou

A lembrança de família vai a todos os que já estão na casa do pai, anciãos e mais jovens. Muitas entidades foram visitadas por este acontecimento. Deixaram-nos familiares, amigos e confrades, cada um de nós tem em quem pensar. Queremos recordar p. Augustinho Ihwe Litindi, jovem sacerdote da província do Congo, morto nesta comunidade de Roma. É o primeiro africano sepultado no túmulo que, nessa cidade, recebe os restos mortais de alguns dos nossos superiores gerais, expressão de uma internacionalidade e missionariedade que se manifesta também neste sinal.


Sustentadas pela solidariedade

Queremos, enfim, fazer nossa a atenção de Deus que escuta o grito, os gemidos, os silêncios das pessoas e dos povos empobrecidos, feridos, oprimidos e desfrutados. Ele assume com sua a condição deles, fazendo-se presente como o Deus da libertação e da vida. Constantemente encoraja, sustenta e acompanha as exigências de dignidade, de justiça e de igualdade
Esta atitude de Deus tornado visível e palpável em Jesus, convida-nos, insistentemente, a fazer o mesmo. Neste ano, foi bela e verdadeira a resposta que procuramos dar com gestos de solidariedade às populações provadas por calamidades naturais: Haiti, Chile, Madeira, Indonésia. Tantas outras pequenas atenções, porém, não foram menos importantes.


Marcadas pela invocação

Mais uma vez lembramo-nos de um Deus que, fazendo-se criança, nasceu para todos. Cristo Jesus continua vindo. Vem lá onde floresce uma humanidade silenciosa e desolada, lá onde se morre e se excluem os mais fracos, e onde é grande a injustiça social. Vem entre nós, nas nossas comunidades, na família dehoniana. Vem procurar-nos e consolar-nos para tornar o nosso caminho ainda mais pleno e rico de esperança. Ilumina as entidades e os acontecimentos continentais que celebraremos no próximo ano, para que a nossa resposta seja sempre mais próxima àquilo que tu queres e, no encontro conosco, muitos irmãos e irmãs possam fazer a experiência de Ti que és Deus entre nós, “Palavra feita carne”.


A cada um de vocês o desejo de um Santo Natal e de um 2011 rico de bênçãos.


Pe. José Ornelas Carvalho, scj
Superior Geral
e o seu Conselho

06 dezembro 2010

Mensagem de Natal do superior provincial - BC

São Paulo, 02 de dezembro de 2010

Estimados Confrades,
Advento, Natal, Novo Ano...

Advento
Vivemos, uma vez mais, o tempo benéfico e propício do Advento. Na verdade, celebramos triplo Advento: o Advento primeiro, quando o Senhor veio à terra, partilhar nossa história, revestido de frágil humanidade; o Advento derradeiro, quando o Senhor virá com o céu, em sua glória, com toda majestade; o Advento terceiro, quando o Senhor, a cada hora vem, na discrição da cotidianidade. Inspiramo-nos na chegada primeira, aguardamos a derradeira e vivenciamos a terceira.
O Advento, porém, é tempo relativo e aponta para o Natal. Planta-se árvore frutífera para saborear seus frutos, constrói-se casa para nela habitar. O cultivo da Árvore do Advento, pois, nos prepare e leve a saborear os frutos do Natal; a Casa do Advento, portanto, nos seja moradia para nela acolher o Senhor de nosso viver. Seja-nos, efetivamente, tempo favorável e dia da salvação (cf. 2Cor 6,2).

Natal
O Natal está às portas, com as características de inevitabilidade e, ao mesmo tempo, imprevisibilidade. Com certeza, será o que Deus dele para nós quer: é graça e oferta, proposta e dom; dependerá, também, do que a gente com ele fizer: é tarefa e acolhida, resposta e missão.
Notáveis, a mistagogia espiritual, o itinerário vivencial e a pedagogia existencial que a liturgia natalina nos propõe... Os textos bíblicos da encarnação exemplificam a mais genuína “inculturação”: para os judeus, representados pelos pastores, a proclamação é feita por anjos, como ao judaísmo vai bem; para os pagãos, representados pelos magos, o anúncio é feito pela estrela, como à gentilidade convém. Uns e outros, apesar da noite escura e da vida dura ou apesar do Herodes cruel e da Jerusalém infiel, chegam a Belém e encontram “o Menino, com Maria, sua mãe” (Mt 2,10).
“Gloria Dei vivens homo” (Irineu, Adversus Haereses, IV. xx. 7), interpretou bem Irineu. Deus é glorificado quando o humano está realizado e com ele todo o universo sintonizado. Por isso, anjos e homens, judeus e pagãos, pobres e ricos, animais e plantas, estrelas e minerais, todos são incluídos na sinfonia cósmica da libertação que já é salvação. Nem é necessária muita fantasia para daí desbordar as consequências teológicas e antropológicas, sociológicas e ecológicas, políticas e éticas do nosso testemunho religioso e ministério presbiteral, para glória de Deus, em favor dos filhos e filhas seus.

Novo Ano
Não tenho dificuldades para entender o desafio, e até mesmo o sacrifício, que significa para alguns confrades trocar de comunidade, paróquia e atividade. Para outros, o sofrimento consiste exatamente no fato de serem solicitados a continuar onde estão, com quem estão e no que estão.
Ouso pedir a que pensemos no motivo que nos faz estar em certo lugar e em determinada missão. É por causa do Senhor e das pessoas (como Igreja e na Igreja, responsáveis e servidores, não patrões e dominadores). Estes são os pólos absolutos. A eles somos relativos tanto na comunhão quanto na missão: enviados por Deus e enviados para as pessoas. Se absolutamente relativos como lideranças, enquanto pessoas do Povo de Deus somos também incluídos no absoluto de beneficiários da bênção que somos e levamos.
Logo, bem mais do que os caprichos e os costumes, as rubricas e as normas, os individuais saberes e sabores, as pessoas (incluídos nós) é que contam em primeiro lugar. É a Palavra de Deus na escritura e a Palavra de Deus na vida a ensiná-lo. Antes de sermos portadores da Palavra, somos por ela formados e conduzidos, impulsionados e munidos. “Por um lado, é necessária a Palavra que comunique aquilo que o próprio Senhor nos disse; por outro, é indispensável dar, com o testemunho, credibilidade a esta Palavra... como uma realidade que se pode viver e que faz viver” (Bento XVI, Verbum Domini 97).
Valho-me da ocasião para agradecer a cada qual pelo seu trabalho evangelizador, quer na palavra anunciada quer na vida testemunhada. Faço-me eco de vozes tantas, de tantos e tantas, a contar da disponibilidade e da generosidade de vocês.

A todos (Confrades, Companhia Missionária, Leigos Deonianos, Jovens da MDJ, Comunidades Paroquiais, Amigos e Amigas), em nome do Conselho Provincial e da Comunidade do Provincialado, votos de Advento bem vivenciado, Natal Feliz e Novo Ano abençoado, com o Senhor que veio e virá e conosco já está!

P. Mariano Weizenmann,scj.

02 dezembro 2010

Mensagem de Natal do Superior provincial BM

Amados filhos,

Ao refletir e escrever esta mensagem sobre as festividades que se aproximam tenho bem presente todas as preocupações de um final de ano em nossas paróquias, casas de formação e escolas. É tempo de avaliação, programação, celebrações de encerramento e confraternizações. Os acontecimentos parecem querer nos atropelar. É a frenesi do findar de mais um ano. Como se não bastasse o agito normal deste período, outras mudanças se somam a tudo isto, seja por força da caminhada vocacional, seja pelas necessidades da província. É por esta época que acontecem as transferências, esperadas por uns, imprescindíveis para outros, quiçá até um pouco difíceis, mas quando acolhidas na obediência e oblação, nos levam a fazer a vontade de Deus. Em tudo isto existe o apelo à conversão da mente e do coração, próprio do advento, tempo de escuta, aprendizado e acolhida do Novo.

Para nós, religiosos dehonianos, é oportuno refletir sobre a nossa caminhada como religiosos e sacerdotes. Aproveitemos o apelo à conversão e mudanças de vida, para aprofundar nossa conversão pessoal e pastoral. A nossa vida aqui não é definitiva. Somos peregrinos rumo à terra prometida, paraíso de nossos sonhos. Mudar nos permite desinstalar, rever a caminhada, desfazer-se de coisas supérfluas, às quais nos apegamos desnecessariamente, impedindo-nos de avançar com mais leveza, no caminho da santidade. Ao mesmo tempo em que deixamos pra trás tantas coisas, crescemos na medida do Cristo, configurando-nos mais a Ele, que soube pronunciar o seu “ecce venio” para a salvação de todos. Pelo Seu “sim” e fidelidade o nosso “sim” tornou-se possível.

Por outro lado, uma vida mais sóbria e coerente nos permite recuperar o profetismo, tão próprio da vida consagrada. Por ações e palavras o profeta anuncia um mundo novo. Ao mesmo tempo em que denuncia a injustiça e tudo o que impede a sua realização, faz nascer a esperança em dias melhores. Portanto, advento é ocasião para rever o nosso compromisso com os mais pequenos e os injustiçados, razão de nossa consagração e ministério sacerdotal. Advento, enfim, é uma grande oportunidade de retomar nossa vida cristã e de consagrados. Aceitando este desafio e vivendo bem o advento, estaremos preparados para saborear as delícias do Natal do Senhor.
Natal será o novo que vem como bálsamo para curar os nossos males e feridas. Natal será como a chuva que vem devolver fecundidade aos nossos atos. Natal, sim, será celebrar a memória do nascimento do Salvador e permitir que este mistério inunda todo o nosso ser. Natal será celebrar a vida, generosa, abundante, fecunda, alegre. Uma alegria que nasce da vida nova em Cristo.
Então será verdadeiramente, Natal!

É minha prece e desejo mais profundo que a alegria do Menino Deus brote no coração de todos. Que a paz reine em cada um e nas comunidades religiosas e paroquiais. Que juntos cantemos um cântico novo, de alegria, vida e esperança.

“É Deus que me salva; posso viver confiante e sem medo, porque o Senhor é a razão da minha força e do meu canto, ele se fez o meu Salvador” (Is 12,2)

Feliz Natal e um Ano Novo abençoado.
Pe. Léo Heck, scj – Superior Provincial