23 setembro 2011

Perguntas e respostas sobre a crise de alimentos na África

Qual é a atual situação no leste da África?

Há uma terrível seca em um vasto território que inclui a região sul da Somália e partes do Quênia, da Etiópia e de Djibuti. Fontes de água estão secando e as populações estão perdendo suas colheitas e gado. Consequentemente, os povos urbanos também sofrem as conseqüências com o aumento no preço dos alimentos. Àqueles que tiveram sua renda reduzida ao máximo, já estão, muitas vezes, recorrendo a mendicância e à prostituição. Outros países afetados são: Eritréia, Sudão, Sul do Sudão e Uganda. Pelo menos 12,4 milhões de pessoas são atingidas e as mais vulneráveis são aquelas que dependem da criação de gado. Mais de meio milhão de crianças estão perigosamente desnutridas e se nada for feito rapidamente, é possível que isto traga efeitos a curto e a longo prazo, uma vez que a desnutrição afeta o desenvolvimento físico e metal das crianças.

Por que a África Oriental está enfrentando esta grande escassez de alimentos?

De acordo com a ciência do clima, os padrões das chuvas na região mudaram devido ao aquecimento global e existe uma escassez das chuvas sazonais. Colheitas foram perdidas, há menos trabalho e os animais estão morrendo. Em conseqüência desta situação, houve um aumento significativo no preço dos alimentos (de até 200% na Somália e 20% no Quênia nos últimos quatro meses). Famílias pobres, correspondente a um terço de toda Somália, não podem mais comprar comida suficiente para suas casas. O conflito nesta região é a falta de infra-estrutura e de um governo que funcione com eficácia para garantir a segurança alimentar do país.

O que pode ser feito para evitar outras crises alimentares nessa região no futuro?

Financeiramente é necessário desenvolver ações de emergência a curto e a longo prazo. Somente para este ano, são necessários um milhão de dólares. Até agora se tem apenas a metade deste valor garantido. Também é preciso um investimento considerável em soluções simples, de baixo custo e de baixo nível tecnológico para melhorar a retenção das chuvas e das águas subterrâneas, reabastecer os aquíferos subterrâneos, melhorar a fertilidade do solo, conservar as pastagens e aumentar o uso de sementes resistentes a seca com o uso de adubos e fertilizantes naturais.
É necessário trabalhar com a irrigação e criar um estoque de suprimentos de emergência. Uma solução poderia ser a segurança dos pequenos agricultores, a fim de protegê-los contra estes riscos na garantia de não faltar alimentos em situações como esta. Uma alternativa relativamente barata. Além disso, é preciso de mais investimentos em pesquisas sobre o clima e a agricultura.
Permitir o acesso à população afetada da Somália seria fundamental para que as pessoas possam se beneficiar das iniciativas de socorro. É importante promover a paz nesta região para possibilitar o investimento na produção agrícola a médio e longo prazo.



Doações

As doações, em qualquer valor, podem ser feitas nas seguintes contas:

Banco do Brasil: AG. 3475-4, C/C 26.116-5

Caixa Econômica Federal: AG. 1041, OP. 003, C/C 1751-6

Banco Bradesco: AG. 0606-8, C/C 187587-6

para DOC e TED o CNPJ é: 33.654.419/0001-16

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