10 janeiro 2009

VI Encontro Mundial das Famílias


Apesar do divórcio, do aborto e da eutanásia serem opções originalmente distantes da cultura mexicana, estão penetrando devido à pressão exterior. Por esse motivo, a Santa Sé atribui ao VI Encontro Mundial das Famílias, que acontece na capital do México, uma importância decisiva.
O país, segundo do mundo em número de católicos, acolherá este evento convocado por Bento XVI de 14 a 18 de janeiro. Espera-se um milhão de pessoas.

Nesta sexta-feira, aconteceu na Sala de Imprensa do Vaticano um encontro com a imprensa no qual se distribuiu um comunicado que responde a esta pergunta: «que estado de saúde atravessa a família hoje no México?».
A esta pergunta, a nota do Conselho vaticano responde: «a família no México, como em outras partes do mundo, está atravessando hoje uma crise».

No ano 2006, a Cidade do México se converteu na segunda cidade da América Latina, depois de Buenos Aires, cuja legislação reconheceu as uniões administrativas de pessoas do mesmo sexo.
Em agosto de 2008, a Justiça mexicana ratificou a lei que despenaliza o aborto até as 12 semanas de gestação na capital mexicana, algo que até esse momento era considerado inconstitucional por eminentes juristas.«Contudo, se conservam ainda muitos valores: a unidade familiar continua acontecendo e sendo valorizada intensamente».

«As famílias, por exemplo, se reúnem frequentemente para celebrar os principais acontecimentos civis, religiosos e suas tradições e para buscar juntos soluções a seus problemas. A família é a principal instituição de ajuda e de solidariedade», declara.
«Aborto, divórcio, eutanásia, temas de bioética, ainda que estão afastados da cultura e da vida popular, estão penetrando também na mentalidade do povo mexicano», constata o Conselho vaticano.

«A família deve enfrentar hoje, com criatividade e com espírito propositivo, o desafio de uma cultura individualista e mercantilista, baseada na produção e no consumismo», acrescenta.
«Infelizmente, temos um conceito errado de liberdade, entendida como uma autonomia fechada em si mesmo; se privilegiam outras formas de convivência que ofuscam o valor da família, baseada no matrimônio de um homem e de uma mulher».

«Colocar-se ao serviço da transmissão da vida e da educação dos filhos se faz hoje muito difícil. Com esta mentalidade errada, muitas vezes se difundem – sem um amplo consenso social e sob o impulso de pequenos mas ativos grupos de pressão fortemente ideologizados e de grandes recursos econômicos – leis que permitem, com muita facilidade, o aborto, assim como o divórcio rápido e a eutanásia. Responder a estes desafios é uma obrigação moral, mas também difícil».
A Igreja, acrescenta, «está realizando um grande esforço de evangelização para apoiar as famílias cristãs em seus valores, estimulando-as para empreender uma ampla estratégia de promoção de defesa da vida desde a concepção até a morte natural e dos direitos da família, inclusive no âmbito político, cultural, econômico e social».

«Graças a Deus – conclui o comunicado distribuído aos jornalistas – nos últimos anos surgiram numerosas iniciativas, tanto eclesiais como civis, ao serviço da família: grupos, movimentos, associações ao serviço da pastoral familiar, institutos de formação em bioética, associações civis e redes que apóiam todo este trabalho».

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