21 janeiro 2007

Campanha da Fraternidade 2007

 
O tema da Campanha da Fraternidade 2007 (CF-2007) é "Fraternidade e Amazônia" e o lema, "Vida e missão neste chão".
 
Proposta da CF-2007
Esta CF é um convite para que se conheça, se aprecie e se respeite toda a vida que a Amazônia guarda: seus povos, sua biodiversidade, sua beleza. É um convite para que tomemos consciência da destruição que está sendo operada e conheçamos todo o sofrimento e a resistência das populações amazônicas que teimam em defender sua cultura, suas organizações e sua maneira de conviver com a natureza.
É um convite para que aprendamos, com eles, a fortalecer uma cultura que proteja a vida e a garanta para toda a humanidade.
 
Objetivos da CF-2007
O objetivo geral da CF-2007 é conhecer a realidade em que vivem os povos da Amazônia, sua cultura, seus valores e as agressões que sofrem por causa do atual modelo econômico e cultural, e lançar um chamado à conversão, à solidariedade, a um novo estilo de vida e a um projeto de desenvolvimento à luz dos valores humanos e evangélicos, seguindo a prática de Jesus no cuidado com a vida humana, especialmente a dos mais pobres, e com toda a natureza.
 
Os povos da Amazônia
Os povos da Amazônia, profeticamente, convidam a mudar o estilo de vida. Não basta preservar a Amazônia para garantir a vida do planeta. Cada uma e todas as pessoas, dentro das condições e no bioma em que vivem, precisam converter-se a um estilo de vida baseado na simplicidade e na sobriedade, no respeito e no cuidado para com a natureza, na valorização do outro como parte imperativa da sua exixtência no presente e no das futuras gerações.
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Campanha da Fraternidade 2007
Movimentos sociais da Amazônia lançam Carta Aberta à CNBB
MANAUS (AM) - O Fórum Mestiço de Políticas Públicas e diversas entidades e movimentos sociais da Amazônia e nacionais, entre estes o Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, a Associação dos Caboclos e Ribeirinhos da Amazônia (ACRA), a Organização Brasileira de Afrodescendentes (OBÁ) e a União Nacional dos Indiodescendentes (UNID), estão apresentando uma Carta Aberta à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta Quarta-feira de Cinzas, 21 de fevereiro, dia em que a Igreja Católica faz a abertura oficial da Campanha da Fraternidade de 2007, que tem como tema a Amazônia. Entre os diversos assuntos abordados na Carta Aberta estão as políticas indigenistas e para negros da CNBB, o risco de internacionalização da Amazônia, a questão fundiária e territorial na região. As entidades denunciam que tem havido uma política de negação da identidade mestiça nacional, apoiada pela CNBB e pelo governo federal, através da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), que tem levado ao desrespeito à identidade dos caboclos da Amazônia e à ausência de políticas específicas para esse grupo. Denunciam que a CNBB, através da Pastoral Afro-Brasileira, adotou como suas demandas de grupos do movimento negro e tem apoiado a política do governo federal que identifica todos os pardos como sendo negros. Esta política, afirmam, visa à negação de identidades mestiças, entre elas a cabocla, identidade da maioria da população amazônica. Organizações como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), também ligado à CNBB, opuseram-se a demandas do movimento mestiço, como o reconhecimento de sua identidade pelo governo do Amazonas através da Lei do Dia do Mestiço. A negação dos direitos originários dos caboclos sobre a terra estaria levando à expulsão destas populações de áreas por eles historicamente habitadas. Informam que têm recebido denúncias de que caboclos estariam sendo constrangidos a assumirem identidade indígena para evitarem a expulsão, algo que, se comprovado, caracterizaria limpeza étnica. A identidade cabocla também estaria sendo ameaçada por seu fracionamento em identidades étnicas artificiais, apoiadas pela CNBB no Texto-base da Campanha, "a sociedade local e a academia se unem nesse esforço de registrar a ocupação e uso efetivo dos territórios por parte das populações tradicionais, contribuem para a definição de suas identidades étnicas e culturais". Esta política, entendem, facilitaria a internacionalização da região, pois a Campanha da Fraternidade também defende a soberania dos diversos "povos da Amazônia" e o enfraquecimento da presença militar brasileira na fronteira. Esta política já tem levado a conflitos étnicos na região. As organizações informam que a CNBB em momento algum entrou em contato com o Fórum Mestiço de Políticas Públicas nem com qualquer de suas entidades para tratar sobre a Campanha.
Cópia da carta em http://geocities.com/fusaoracial/carta_a_cnbb.htm