Numa votação extremamente disputada, a população venezuelana rejeitou a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez no referendo realizado neste domingo (dia 2/12). O Conselho Nacional Eleitoral anunciou os resultados durante a madrugada, mais de 8 horas depois do fechamento das seções eleitorais.
A votação foi dividida em duas partes. No bloco A, 50,7% dos venezuelanos rejeitaram a proposta que, entre outros ítens, permitiria que o presidente se candidatasse indefinidamente ao cargo. A diferença entre o "Sim" e o "Não" foi de apenas 124.962 votos -num universo de 9 milhões de votantes.
No bloco B, 51,05% dos eleitores derrubaram a proposta que permitiria diminuir a idade dos eleitores (para 16 anos) e restringiria a liberdade de expressão durante os estados de exceção, entre outros ítens. A diferença entre o "Sim" e o "Não" também foi muito pequena: de apenas 187.196 votos.
No bloco B, 51,05% dos eleitores derrubaram a proposta que permitiria diminuir a idade dos eleitores (para 16 anos) e restringiria a liberdade de expressão durante os estados de exceção, entre outros ítens. A diferença entre o "Sim" e o "Não" também foi muito pequena: de apenas 187.196 votos.
Segundo dados oficiais, 9.002.439 venezuelanos votaram neste domingo, de um universo de cerca de 16 milhões que estavam aptos a ir às urnas. Na prática, 4 em cada 10 eleitores não votaram, uma abstenção alta, mas comum no país.
Apesar de reconhecer a derrota, Chávez disse em seu discurso da madrugada que algumas das propostas de reforma da Constituição seguem vivas. Mas o presidente não detalhou como pretende implantá-las, ou mesmo se vai sugerir novas votações no futuro. "Um dos grandes méritos deste referendo é que a oposição reconheceu a atual Constituição, de 99, depois de oito anos, e chegou a ir às ruas para defendê-la.", disse Chavez.
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