A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos enviou uma carta às conferências episcopais do mundo sobre o nome de Deus, na qual pede que não se use o termo "Javé" nas liturgias, orações e cantos.
A carta se refere ao uso do nome "YHWH", que se refere a Deus no Antigo Testamento e que em português se lê "Javé". O texto explica que este termo deve ser traduzido de acordo ao equivalente hebraico "Adonai" ou do grego "Kyrios"; e põe como exemplos traduções aceitáveis em cinco idiomas:Lord (inglês), Signore (italiano), Seigneur (francês), Herr (alemão) e Señor em espanhol.
A carta está assinada pelo cardeal Francis Arinze e pelo arcebispo Albert Malcom Rajith, respectivamente prefeito e secretário da congregação vaticana, seguindo uma diretiva de Bento XVI.
Após comentar que o nome de Deus exige dos tradutores um grande respeito, o cardeal explica que a palavra "YHWH" é "uma expressão da infinita grandeza e majestade de Deus", que se manteve "impronunciável e por isso foi substituída na leitura das Sagradas Escrituras com o uso da palavra alternativa ‘Adonai’, que significa ‘Senhor’ ".
Esta tradição da tradução é importante para entender Cristo, assinala a carta vaticana, já que o título de «Senhor» torna-se «intercambiável entre o Deus de Israel e o Messias da fé cristã».
"As palavras das Escrituras contidas no Antigo e Novo Testamento expressam a verdade que transcende os limites do tempo e do espaço; são a palavra de Deus expressada em palavras humanas, e por meio destas palavras de vida, o Espírito Santo introduz os fiéis no conhecimento da verdade total. Por isso, a palavra de Cristo aparece diante dos fiéis em toda a sua riqueza", explica a indicação da Santa Sé.
Fonte: Zenit.org
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