06 agosto 2009

XXI Assembleia Nacional do Clero Negro


O povo negro nunca foi considerado digno neste país, denuncia a carta dos presbíteros e diáconos negros católicos reunidos na XXI Assembléia Nacional, de 27 a 31 de julho, em Registro, a 191 quilômetros da capital.
Somente a Constituição brasileira de 1988, portanto um século após a promulgação da Lei Áurea dando liberdade aos escravos, reconheceu o direito aos remanescentes de quilombos a regulamentarem suas terras, afirma o documento.
“Mas bem sabemos que isso não acontece sem muita luta e histórica resistência. Esta foi sempre foi a lógica dos nossos quilombos Brasil afora”, acrescenta a mensagem.
Além de se solidarizarem com a luta dos quilombolas, bispos, presbíteros e diáconos negros se comprometeram a ser “mais destemidamente aliados a estas e outras lutas concretas dos mais pobres e excluídos do nosso tempo”, seguindo o exemplo de profetas bíblicos e de Jesus de Nazaré.
A XXI Assembléia Nacional esteve reunida sob o tema “Quilombos, terra de Deus”.

Os mais de 50 participantes do evento elegeram a nova diretoria do Instituto Mariama. Para presidente do Instituto a Assembleia elegeu o padre Guanair da Silva Santos. Como vice-presidente foi eleito dom Antonio Wagner da Silva. Para 1º e 2º secretários foram eleitos, respectivamente, padre Jurandyr Azevedo Araujo e José Luiz Reis Luiz. Para 1º. Tesoureiro a Assembleia escolheu Lázaro Gabriel Lourenço. Já padre Fidele Katsan ocupará o cargo de 2º tesoureiro.

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