A chuva intensa que caiu sobre a parte central e a zona da Mata no Estado de Minas Gerais provocou inundações e deslizamentos, matando, até dia 18/12, dez pessoas, entre elas duas crianças, de 4 e de 6 anos. Desalojados e desabrigados foram acolhidos em casas de parentes ou em prédios públicos.
O caso mais grave de deslizamento ocorreu em Ervália, na zona da Mata, a 265 quilômetros de Belo Horizonte, onde quatro integrantes de uma mesma família morreram soterrados.
Em Itabira, na região Central, a 111 quilômetros da capital, o desmoronamento de muro matou uma mulher de 66 anos. Em João Monlevade, deslizamento de terra soterrou uma residência, matando um jovem de 21 anos.
O rio Carangola, na zona da Mata, elevou-se a 3,7 metros acima do nível normal, alagando bairros da área urbana e rural da cidade do mesmo nome. Pelo menos 160 pessoas tiveram que deixar suas casas às pressas.
Em Muriaé, a 370 quilômetros de Belo Horizonte, chuvas por mais de 72 horas, num total de 115,8 milímetros, fizeram subir os rios Muriaé, Glória e Preto, inundando bairros. O mesmo ocorreu nos municípios vizinhos de Senador Firmino e Congonhas.
Ao tentar cruzar ponte, José Alberto da Silva, 62 anos, foi arrastado com o carro 4 quilômetros rio abaixo no município de Carmo da Mata, a 180 a oeste da capital.
A Defesa Civil de Minas Gerais registrou o transbordamento dos rios Xopotó, Muriaé e Pomba, na Zona da Mata, e dos rios Vermelho e Piracicaba na região Centro-Oeste do Estado.
O arcebispo, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, divulgou nota em que "lamenta profundamente" as consequências das fortes chuvas destes dias.
Até o momento, a Defesa Civil local registra 11 mortos, 23 mil desalojados, 39 municípios em estado de emergência. No total, mais de 147 mil moradores do Estado foram afetados.
"Somente a Fé no Senhor Jesus e a solidariedade podem minimizar a dor e o sofrimento. Desejo força e paz para recomeçar. Que a fé a esperança cristã confortem a todos na reconstrução de suas vidas e moradias", afirma o arcebispo.
Fontes: ALC e Zenit.org
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