Padre dehoniano do Moçambique é nomeado bispo

Em carta dirigida à todos os membros da Congregação, pe. Ornelas, superior geral, anunciou a nomeação, ocorrida no último dia 30 de dezembro de 2008, do pe. Elio Greselin, da Província moçambicana como Bispo de Lichinga, no norte de Moçambique.

Pe. Elio nasceu a 15-11-1938, em Tretto, província de Vincenza. Iniciou os estudos liceais na Casa Sagrado Coração dos Padres Dehonianos, em Trento. Depois de concluído o Noviciado, fez a sua profissão religiosa a 29 de Setembro de 1956, em Albisola Superiore, junto ao santuário de Nossa Senhora da Paz. Concluiu os estudos liceais no Instituto Missionário Leão Dehon, em Monza, onde, a 20 de Setembro de 1960 fez a profissão perpétua. No ano de 1960-1961, foi colaborador de educação na Casa do Sagrado Coração em Trento. Fez o curso de Teologia no "Studentato per le Missioni", da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, em Bolonha, onde foi ordenado presbítero, a 25 de junho de 1965, pelo cardeal Lercaro.

Destinado às missões de Moçambique, partiu para Portugal a 30 de Setembro de 1965, onde permaneceu durante um ano, para aprender a língua portuguesa e frequentar o ano de pastoral, residindo e colaborando na paróquia de Loures, diocese de Lisboa.

Em Moçambique, foi formador no seminário de Milevane – Zambézia (1966-1975, desenvolvendo contemporaneamente uma dinâmica ação pastoral na missão de Nauela e assumindo o cargo de conselheiro regional. Chamado à Itália, foi encarregado da formação no "Studentato per le Missioni" de Bolonha (1975-1990). De regresso a Moçambique, foi nomeado Mestre de Noviços, no Gurué (1991-1996) e, em seguida, responsável da pastoral na missão de Alto Molócuè e Gilè (1996-2004). De 2004 a 2007 foi Superior Provincial da Província dehoniana de Moçambique, com sede em Quelimane e, desde então, depois de um período como colaborador do Mestre de Noviços, no Gurúè, desempenha a sua ação pastoral na missão do Alto Molócuè.

D. Elio torna-se bispo da diocese de Lichinga que, segundo o Anuário Pontifício, tem uma extensão de quase 130.000 Km2 e uma população à volta de 900.000 habitantes, dos quais, cerca de 15.000 são católicos. Tem 15 sacerdotes diocesanos e 13 pertencentes a institutos religiosos. A vida religiosa está presente com 17 religiosos e 70 religiosas.

Diz pe. Ornelas na carta que "tendo conhecido pessoalmente D. Elio, o seu dinamismo apostólico e a sua experiência de tantos anos de missão em Moçambique, aliados a uma grande capacidade de relações humanas, alegra-me pensar no valioso contributo que poderá dar à Igreja de Lichinga. Como Congregação, queremos assegurar o apoio fraterno da nossa oração, amizade e colaboração, a fim de que possa ser, para a Igreja de Lichinga, um pastor segundo o Coração do Senhor."

D. Elio é o segundo dehoniano da Província moçambicana, chamado ao ministério episcopal. O primeiro foi D. Tomé Makhweliha, atual Presidente da Conferência Episcopal Moçambicana e Arcebispo de Nampula.

"Por este motivo nos sentimos muito unidos aos confrades da Província Dehoniana de Moçambique, celebrando o espírito de vida eclesial e de serviço apostólico, de onde, seguindo as pegadas do Pe. Dehon, surgiram estes bispos, que representam a generosa componente missionária e a prometedora realidade local, que constituem a Província e a Igreja de Moçambique", acrescenta pe. Ornelasa. "Certamente que a falta do Pe. Élio se fará sentir na Província, mas pedimos ao Senhor que, com a Sua bênção, a generosidade dos confrades locais e a colaboração no interior da Congregação, os dehonianos continuem a prestar o seu serviço generoso e fraterno à Igreja e ao povo de Moçambique", completa nosso superior geral.