Mensagem à Família Dehoniana para a Festa do Coração de Jesus
Caríssimos irmãos e caríssimas irmãs,
Por ocasião da próxima festa do Coração de Jesus, queremos saudar-vos cordialmente e convidar-vos a todos a agradecer a Deus pelo seu imenso amor, manifestado em toda a sua plenitude na doação da vida de Jesus na Cruz.
Nestes dias, estamos a procurar fazer chegar aos membros da Congregação uma reflexão sobre a vida comunitária, intitulada “O dom de um coração fraterno”. Com ela queremos chamar a atenção dos nossos confrades sobre a vida de comunhão, sobre a exigência de fazer crescer o sentido da fraternidade, que aos pés da cruz ganha força no primeiro núcleo constituído por Maria e João.
Queremos, agora, estender também às outras componentes da Família Dehoniana algumas das reflexões contidas no texto da mensagem que pensamos que possam ser úteis para uma comunhão fraterna da nossa espiritualidade dehoniana.
“A nossa vida fraterna – afirma o texto – nasce do mesmo olhar que, seguindo as pegadas do P. Dehon, nos habituámos a dirigir ao Coração trespassado de Jesus (Jo 19,25.37). Descobrimos aí a manifestação do incomensurável amor de Deus pela humanidade. Encontramos o nascimento da Igreja, a redenção da humanidade, através do dom do Espírito, que se torna perceptível no sangue e na água que jorram do Coração de Jesus”.
A carta, além disso, quer chamar a atenção para a pequena comunidade reunida aos pés da cruz: “Juntamente com algumas mulheres, evidenciam-se a Mãe de Jesus e o discípulo amado. Para eles se dirige a última palavra do crucificado aos seus (as outras duas serão para anunciar a sede do dom do Espírito e para entregar a vida nas mãos do Pai): “Mãe, eis o teu filho; filho, eis a tua mãe” (Jo 19,26-27). Com estas palavras Jesus não deseja apenas assegurar protecção a Maria, mas constituir a sua comunidade. (…) Nestas duas figuras cumpre-se o projecto de Jesus, que se torna possível pelo dom do Espírito; unem-se a tradição de Israel e a novidade do discipulado; tem início a verdadeira família do ressuscitado e a nova humanidade”.
“À sombra deste mistério de amor nascemos nós cristãos, como filhos e filhas do Espírito; nascemos como dehonianos, qual comunidade dentro da grande família que é a Igreja”.
Esta cena sempre foi muito cara ao P. Dehon. Nela, tantas vezes ele contemplou o amor infinito de Deus. É uma cena de comunhão no amor e na dor e, por isso, também de comunhão solidária que se estenderá à vida de comunhão na Igreja e à formação de novas comunidades cristãs. Esta será uma importante missão dos primeiros discípulos, como consequência do anúncio do Evangelho.
O Evangelho de Lucas 15,4-7, que se lê este ano na Solenidade do Coração de Jesus, mostra-nos a preocupação de Jesus em reunir a família e em tornar mais intensa a comunhão. Mostra-nos que não basta contentar-se com as 99 ovelhas no rebanho, se lhe faltar uma. É necessário sair, procurar, avizinhar-se daqueles que se afastaram ou sentem a tentação do abandono, a fim de que voltem à comunhão plena. É a mesma experiência de um pai e de uma mãe, que não se comprazem com o bom êxito de algum filho, se houver um deles que suscita algumas preocupações.
Da cena do Gólgota e do Evangelho da ovelha perdida, somos chamados a empenhar-nos mais profundamente em construir a comunhão fraterna à nossa volta, nas comunidades dos consagrados e das consagradas, nos grupos de leigos dehonianos e dos jovens missionários, nas nossas famílias e em todos os ambientes de trabalho, de convivência social e de actuação apostólica. A nossa comunhão fraterna será sempre uma prova evidente do acolhimento do Evangelho da vida e do amor, que Jesus viveu e transmitiu aos seus.
Por isso convidamo-vos a dirigir o olhar para a cena do Calvário e a reflectir o mistério que estamos para celebrar. Que o Coração de Jesus nos ajude a modelar verdadeiramente o nosso coração para crescer na comunhão e na fraternidade, nas nossas famílias e nas comunidades. Que a nossa vida seja sinal credível da presença e do amor d’Aquele que, através do seu Espírito, torna possível a construção de um mundo novo, na justiça, na fraternidade e na paz.
Boa Festa do Coração de Jesus!
In Corde Jesu,
P. José Ornelas Carvalho, scj
Superior Geral
Caríssimos irmãos e caríssimas irmãs,
Por ocasião da próxima festa do Coração de Jesus, queremos saudar-vos cordialmente e convidar-vos a todos a agradecer a Deus pelo seu imenso amor, manifestado em toda a sua plenitude na doação da vida de Jesus na Cruz.
Nestes dias, estamos a procurar fazer chegar aos membros da Congregação uma reflexão sobre a vida comunitária, intitulada “O dom de um coração fraterno”. Com ela queremos chamar a atenção dos nossos confrades sobre a vida de comunhão, sobre a exigência de fazer crescer o sentido da fraternidade, que aos pés da cruz ganha força no primeiro núcleo constituído por Maria e João.
Queremos, agora, estender também às outras componentes da Família Dehoniana algumas das reflexões contidas no texto da mensagem que pensamos que possam ser úteis para uma comunhão fraterna da nossa espiritualidade dehoniana.
“A nossa vida fraterna – afirma o texto – nasce do mesmo olhar que, seguindo as pegadas do P. Dehon, nos habituámos a dirigir ao Coração trespassado de Jesus (Jo 19,25.37). Descobrimos aí a manifestação do incomensurável amor de Deus pela humanidade. Encontramos o nascimento da Igreja, a redenção da humanidade, através do dom do Espírito, que se torna perceptível no sangue e na água que jorram do Coração de Jesus”.
A carta, além disso, quer chamar a atenção para a pequena comunidade reunida aos pés da cruz: “Juntamente com algumas mulheres, evidenciam-se a Mãe de Jesus e o discípulo amado. Para eles se dirige a última palavra do crucificado aos seus (as outras duas serão para anunciar a sede do dom do Espírito e para entregar a vida nas mãos do Pai): “Mãe, eis o teu filho; filho, eis a tua mãe” (Jo 19,26-27). Com estas palavras Jesus não deseja apenas assegurar protecção a Maria, mas constituir a sua comunidade. (…) Nestas duas figuras cumpre-se o projecto de Jesus, que se torna possível pelo dom do Espírito; unem-se a tradição de Israel e a novidade do discipulado; tem início a verdadeira família do ressuscitado e a nova humanidade”.
“À sombra deste mistério de amor nascemos nós cristãos, como filhos e filhas do Espírito; nascemos como dehonianos, qual comunidade dentro da grande família que é a Igreja”.
Esta cena sempre foi muito cara ao P. Dehon. Nela, tantas vezes ele contemplou o amor infinito de Deus. É uma cena de comunhão no amor e na dor e, por isso, também de comunhão solidária que se estenderá à vida de comunhão na Igreja e à formação de novas comunidades cristãs. Esta será uma importante missão dos primeiros discípulos, como consequência do anúncio do Evangelho.
O Evangelho de Lucas 15,4-7, que se lê este ano na Solenidade do Coração de Jesus, mostra-nos a preocupação de Jesus em reunir a família e em tornar mais intensa a comunhão. Mostra-nos que não basta contentar-se com as 99 ovelhas no rebanho, se lhe faltar uma. É necessário sair, procurar, avizinhar-se daqueles que se afastaram ou sentem a tentação do abandono, a fim de que voltem à comunhão plena. É a mesma experiência de um pai e de uma mãe, que não se comprazem com o bom êxito de algum filho, se houver um deles que suscita algumas preocupações.
Da cena do Gólgota e do Evangelho da ovelha perdida, somos chamados a empenhar-nos mais profundamente em construir a comunhão fraterna à nossa volta, nas comunidades dos consagrados e das consagradas, nos grupos de leigos dehonianos e dos jovens missionários, nas nossas famílias e em todos os ambientes de trabalho, de convivência social e de actuação apostólica. A nossa comunhão fraterna será sempre uma prova evidente do acolhimento do Evangelho da vida e do amor, que Jesus viveu e transmitiu aos seus.
Por isso convidamo-vos a dirigir o olhar para a cena do Calvário e a reflectir o mistério que estamos para celebrar. Que o Coração de Jesus nos ajude a modelar verdadeiramente o nosso coração para crescer na comunhão e na fraternidade, nas nossas famílias e nas comunidades. Que a nossa vida seja sinal credível da presença e do amor d’Aquele que, através do seu Espírito, torna possível a construção de um mundo novo, na justiça, na fraternidade e na paz.
Boa Festa do Coração de Jesus!
In Corde Jesu,
P. José Ornelas Carvalho, scj
Superior Geral
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