31 maio 2007

Seminário de Corupá completa 75 anos


No dia 16 de junho o Seminário de Corupá (SC) celebra 75 anos de fundaçao. A data será comemorada com um café colonial nas suas dependências. Mais informações no site www.seminariodecorupa.com.br

Encontro dos padres jovens - BM

Aconteceu entre os dias 21 e 24 de abril, na cidade de Piçarras/SC, o encontro dos padres jovens da província BM, entendendo como padres jovens os religiosos que possuem de 0 a 10 anos de ordenação sacerdotal. Estiveram presentes neste encontro os padres, Adalto Luiz Chitolina, como orientador do mesmo encontro, Cícero Murara, que como coordenador da assessoria de formação, participou diretamente da organização do mesmo, Marilton Nuss, Sérgio da Costa, Aléssio da Rosa, Arildo Ferrari, Rubens Rieg, Ari Erthal, Valério Eller, Itamar Zigowski, Paulo Riffel, Aldecir Piai, Hélio Feuser, Sildo da Costa, Kleber Ferreira de Oliveira, Gilberto Luiz R. de Miranda, Valdeijânio de Souza Melo (BS), Cláudio Piontkewicz e Everton dos Santos Carvalho (BC) que atua na formação na Casa Padre Dehon de Brusque/SC.

Com certeza, só o fato de estarmos juntos e partilhando nossa caminhada, já valeu o encontro. Mas também nos dedicamos ao estudo de temas que nos foram apresentados. Na terça-feira pela manhã padre Cícero nos apresentou o tema da amizade e da importância da mesma dentro da vida religiosa. Pela tarde continuamos a reflexão com padre Adalto pontuando algumas questões muito importantes sobre afetividade. Na quarta-feira, padre Sildo nos apresentou alguns aspectos sobre a questão econômica e a vida religiosa, fruto da reflexão do encontro dos ecônomos que a CRB promoveu. Conversamos bastante sobre este tema, e sobre a realidade da província, economicamente falando. Pela tarde houve um tempo livre para um passeio de grupo, o que não acabou acontecendo pelo mau tempo. Quinta-feira pela manhã, padre Adalto conduziu uma dinâmica de grupo, que nos demonstrou a importância do outro na nossa vida e vocação, e terminamos com um delicioso almoço.

Esteve também conosco durante todo o tempo do encontro a Irmã Inês, e outras duas funcionárias da casa, que com o maior carinho prepararam todas as refeições para nós.

Mensagem final da Conferência de Aparecida

Reunidos no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida no Brasil, saudamos no amor do Senhor todo o Povo de Deus e todos os homens e mulheres de boa vontade.
De 13 a 31 de maio de 2007 estivemos reunidos na V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, inagurada com a presença e a palavra do Santo Padre Bento XVI.
Nos nossos trabalhos, realizados em ambiente de fervente oração, fraternidade e comunhão afetiva, buscamos dar continuidade ao caminho de renovação percorrido pela Igreja católica desde o Concilio Vaticano e nas anteriores quatro Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano e do Caribe.
Ao terminar esta V Conferência lhes anunciamos que asumimos o desafio de trabalhar para dar um novo impulso e vigor à nossa missão em e a partir da América Latina e Caribe.


Leia a mensagem na íntegra - clique aqui
(en español)

30 maio 2007

Festa do Sagrado Coração - mensagem do superior geral


O dom de um coração fraterno
Carta à Congregação na ocasião da festa do Sagrado Coração

Caros confrades
Nos anos passados, como preparação à festa do Sagrado Coração, propusemos aprofundar o convite do XXI Capítulo Geral: renovar a nossa vida religiosa e dehoniana. Concentramo-nos sobre três pilastras que devem sustentar toda a nossa vida de consagração: um coração à escuta de Deus (espiritualidade), um coração aberto aos irmãos (comunhão), um coração sensível e solidário com a Igreja e o mundo (missão). A partir da Conferência geral, sugerimos uma antropologia e uma espiritualidade do coração como centro e totalidade de um caminho de compreensão de nossa espiritualidade e de nossa missão.
Queremos prosseguir nesta reflexão, diante da próxima celebração da solenidade do Coração de Jesus. Concentremos a nossa atenção sobre a vida de comunhão como concretização de nossa espiritualidade e ponto de partida de nosso testemunho evangélico.

1. Acolhendo juntos o dom do Espírito
A nossa vida fraterna nasce do mesmo olhar que, seguindo as pegadas de P. Dehon, estamos habituados a dirigir ao Coração transpassado de Jesus (Jo 19,25-37). Ali, descobrimos a manifestação do incomensurável amor de Deus pela humanidade. Encontramos o nascimento da Igreja, a redenção da humanidade, através do dom do Espírito, feito visível no sangue e na água, que correram do Coração de Jesus.
A pequena comunidade que acolhe esta revelação do mistério e dá disso testemunho merece uma atenção especial. Junto com algumas mulheres, estão em evidência a Mãe de Jesus e o discípulo amado. A eles se dirige a última palavra do crucificado aos seus (as outras duas serão para anunciar a sede do dom do Espírito e para entregar a vida nas mãos do Pai): “ Mãe, eis o teu filho; filho eis a tua mãe” (Jo 19,26-27). Com estas palavras Jesus não quer apenas garantir proteção a Maria, mas constituir a sua comunidade, formada pelo Israel fiel, representado pela Mãe e pelo discípulo que Ele ama, figura daqueles que o seguem. Nessas duas figuras se cumpre o projeto de Jesus, tornado possível pelo dom do Espírito; unem-se a tradição de Israel e a novidade do discipulado; é o início da verdadeira família do ressuscitado e da nova humanidade.
À sombra desse mistério de amor nascemos nós cristãos, como filhos e filhas do Espírito; nascemos como dehonianos, como comunidade dentro da grande família que é a Igreja. Nascemos como nova comunidade, que recebe e dá testemunho do amor de Cristo, fonte de vida e de unidade. Nascemos todos aqui, porque, como o evangelista, vimos, experimentamos, aceitamos o dom do Espírito que vem do Coração de Cristo, cremos nele e damos testemunho dele, para que outros possam crer. Tal testemunho não é mais uma questão individual, mas o testemunho da inteira comunidade. É o dom do Espírito que funda a comunidade de Jesus; por isso, a vida fraterna em Seu Espírito é sinal que revela a presença do ressuscitado no meio de nós.
O dom do Espírito, que torna possível a comunidade dos discípulos , constitui, na tradição neo-testamentária, o ponto culminante da missão de Jesus. João o vê revelado na hora da glorificação de Jesus sobre a cruz e tornado perceptível aos discípulos na primeira aparição (Jo 20, 19-23). A tradição de Lucas, ao invés, celebra sua plena manifestação no Pentecostes (At 2). É o Espírito que torna possível a comunhão entre os membros da primeira e da segunda aliança, sob a cruz. É sempre o mesmo Espírito que reconduz à mesma linguagem do amor, os irmãos e as irmãs vindos de todas as línguas, nações e culturas, na manhã de Pentecostes. Sem este dom e sem a comunidade, não se teria realizada a redenção e a salvação. Para nós, olhar para Aquele que foi trespassado, significa fazer nascer um olhar de fraternidade.
Não é verdadeira, nem credível uma consagração ou uma espiritualidade se não se tornam comunhão fraterna. É o próprio João que nos diz que pretender amar a Deus, não amando os irmãos, é pura mentira (cf. 1Jo 4,20). Jesus, ao contrário, faz do amor o sinal distintivo e a prova de pertença a Ele: “ Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).
A nossa vocação carismática, como dehonianos, deve levar-nos a uma particular sensibilidade e a uma atenção constante e generosa para construir uma comunidade fraterna. Se não reina harmonia entre nós, a tal ponto que confrades não se falam e não são capazes de colaborar, se as nossas comunidades não vivem reconciliadas, como podemos pretender ser “ profetas do amor e ministros da reconciliação” (Cst 7)? Mas, aceitando o convite d'Aquele que nos chama a aprender d'Dele, que é manso e humilde de Coração (Mt 11,29), é importante deixar-nos modelar diariamente por Seu Espírito, que nos torna capazes de acolher os irmãos e de empenhar-nos com eles na busca e na realização da comunhão, a partir da comunidade em que vivemos.
A comunhão fraterna, da comunidade local, da Província/Região/Distrito e da Congregação, constitui o primeiro ambiente em que vivemos e damos testemunho da oblação e da reparação, a serviço da construção de um mundo novo: “ Na Igreja, somos chamados a seguir a Cristo e a ser, no mundo, testemunhas e servidores da comunhão entre os homens numa comunidade fraterna” (Cst 59).

2. A Congregação, um projeto de comunhão
A opção que fizemos para a vida fraterna, quando entramos na Congregação, se realiza primeiramente na comunidade local onde nos colocamos à escuta de Deus, partilhamos a vida e os recursos da comunidade e operamos juntos a serviço do Reino de Deus.

Nós-comunidade
O “nós-comunidade” é o ponto de partida da comunhão entre todos os dehonianos. Não se pode falar de um “nós-Província” ou de um “nós-Congregação”, sem uma real vida fraterna entre aqueles que vivem nessa mesma comunidade. Da qualidade da vida comunitária depende, em grande parte, a alegria e a fidelidade com que vivemos a nossa consagração e o testemunho que prestamos ao Evangelho. A primeira tarefa de fidelidade e de coerência, para com o Senhor e os irmãos, está em dar a própria contribuição generosa para a construção da comunidade onde fomos chamados a viver e servir.
É na comunidade que, a exemplo de Maria e de João, nos reunimos em contemplação e na escuta do Coração trespassado do Senhor. Deixamo-nos modelar por Ele e pelo Espírito que derrama sobre nós para tornar-nos unidos e acolhedores. É sobretudo quando estamos juntos em torno da mesa eucarística, que procuramos permanecer mais na adoração, sentimos que é Ele que nos reúne. A escuta e a partilha da Palavra (lectio divina) são uma fonte de convergência e de critério na busca comum da vontade de Deus. É Ele que alimenta a comunhão, cura as divisões e torna possível a missão. Nenhuma justificação, pessoal ou pastoral, deve afastar-nos desta dimensão orante da comunidade. Sem ela, todas as demais dimensões perderão, cedo ou tarde, a sua razão de ser. Por isso, toda comunidade deve ter ao menos um momento cotidiano de escuta e oração comum, se possível, em torno da Eucaristia.
É na comunidade local que cada um deverá ter nome, rosto e voz , sentir-se estimado e valorizado, de modo a poder desdobrar, com alegria e generosidade, os dons que recebeu. A comunidade é mais do que um grupo de trabalho ou um coro litúrgico. Construí-la significa acolher realmente o irmão, dispensando-lhe tempo, atenção e afeto, e colaborando ativamente e co-responsavelmente na dinâmica comunitária, de acordo com o papel e a função de cada um.
É também nesta ocasião que cada um põe em comum os bens que a Providência nos dá para a vida e a missão. Ninguém considera como próprio aquilo que ganha ou recebe, mas põe tudo à disposição da comunidade, através da caixa comum, e dela recebe aquilo de que precisa. Esta liberdade evangélica a respeito dos bens, praticada com transparência e co-responsabilidade, torna-se um fator fundamental de comunhão fraterna entre nós e de solidariedade com aqueles que não dispõem do essencial para a vida.
O serviço da autoridade , inspirando-se nas imagens do Bom Pastor, do lava-pés e do Filho do Homem que veio para servir e dar a vida, desempenha um papel importante ao favorecer a expressão do Espírito na comunidade. Esse serviço se faz mediante a atenção a cada confrade, a promoção do clima de fraternidade, co-responsabilidade e na coordenação das atividades. As devidas decisões serão tomadas após conveniente participação de todos na busca das vias de fidelidade a Deus, aos irmãos e à missão da comunidade.

Nós-Povíncia
A vida das comunidades abre-se a um “nós-Província” (Região/Distrito). Aqui aprendemos a olhar para mais além dos nossos programas pessoais e da missão que realizamos. Inserimo-nos num projeto pastoral que integra ministérios diversos e complementares, quer para a vida e o desenvolvimento do Instituto, quer para o serviço pastoral que somos chamados a desempenhar na igreja local onde nos encontramos.
A identidade dehoniana e o serviço que oferecemos à Igreja e à sociedade passam através desse sentido de pertença a uma Província/Região/Distrito, que gera comunhão e participação leal em nossa vida e missão. O seu crescimento requer da parte daqueles que presidem, uma informação adequada e momentos de festa, formação e participação. Através desses momentos dá-se aos confrades a possibilidade de conhecer-se e de participar ativamente na vida da própria Entidade. A missão comum deve ser assumida como própria, colocando generosamente a seu serviço competências e capacidades, com coração aberto para construir a comunhão onde quer que nos leve o serviço do Evangelho.

Nós-Congregação
O “nós-Congregação” nos oferece a possibilidade e nos desafia a abrir o coração à universalidade da Igreja e à missão no mundo inteiro. Não se constrói cortando as raízes das origens ou por falta de empenho na construção da comunidade de vida e da Província. Requer-se precisamente esta experiência inicial para poder enriquecer a comunhão internacional com o estilo próprio do ser dehoniano na diversidade das culturas e das tradições.
A Conferência Geral de Varsóvia incentivou a Congregação a uma maior comunhão e colaboração entre as Províncias, dentro do respeito ao princípio da autonomia e subsidiariedade bem presente em nossa tradição. Como ideal, a Conferência propõe que cada dehoniano tenha a possibilidade e a disponibilidade de dedicar um tempo consistente da própria vida a uma missão diversa daquela que exerce na sua Província de origem. Começamos o caminho na Congregação numa determinada Província, mas, como discípulos de P. Dehon, nosso coração deve ficar aberto aos horizontes universais do Coração de Cristo onde quer que tenhamos nascido. Um dehoniano jamais pode fechar-se no seu trabalho, na sua comunidade local, no seu país, na sua cultura e língua. Tudo isto deve servir-lhe como ponto de partida para uma abertura e uma sensibilidade à comunhão e à missão no mundo inteiro.


3. Uma comunidade sempre em construção
Nenhuma relação humana, mesmo quando tem sua origem na simpatia e no amor, mantém-se viva graças à mera espontaneidade dos sentimentos. Para superar as dificuldades e manter a comunhão requer-se um movimento positivo da vontade . Isto é ainda mais verdadeiro numa comunidade religiosa, que não se baseia na atração mútua da família ou da simpatia, mas na comum adesão ao chamado de Deus. É o Espírito que nos transforma e nos torna aptos à construção da comunidade fraterna e à amizade. As nossas comunidades, como também a Congregação e a Igreja, constituem-se de pessoas com suas qualidades e defeitos. Cada um influi positiva ou negativamente na vida comum. Por isso, as comunidades nunca são perfeitas e sempre estão em construção. Como todas as realidades vivas, requerem, da parte de cada irmão, esforço e esperança.
Muitas vezes desanimamos porque não somos capazes de assumir a comunidade nesta sua realidade de construção. Então vem a tentação do que parece mais fácil: assumir a ruptura, manter a tensão, desistir de construir a comunhão, conformando-nos com o cômodo papel de vítimas incompreendidas e críticas em relação a uma comunidade que não funciona. Esta é uma atitude de um hóspede ou cliente da comunidade e não de um confrade. Jesus afirma a sua fiel lealdade e o seu amor aos discípulos, não por serem “amáveis”, mas porque Ele os ama. A comunidade não era já boa, mas Ele a fez crescer oferecendo-lhe o seu amor até o último respiro, não obstante a incompreensão, o abandono e a traição.
Crer quando tudo vai bem não é difícil. Manter a esperança e oferecer amor e reconciliação em meio à discórdia e ao ódio é um fruto do Espírito . É Ele que nos faz realmente profetas do amor e servidores da reconciliação, a partir de nossas comunidades. Não podemos limitar-nos em proferir palavras doces porque comemos mel ou em destilar amargura porque bebemos vinagre. Somos filhos do Espírito e por isso temos a capacidade de inverter a série de vinganças e do automatismo da destruição. O esforço e a esperança nos farão construir ou reconstruir a comunhão sempre que necessário. Esta é a nossa oblação e a nossa reparação no âmbito da comunidade. Assim a vida fraterna torna-se sinal da presença do Senhor e da esperança para a construção de um mundo novo.

4. Comunhão a serviço da missão
Ao descrever a primeira comunidade de Jerusalém, Lucas observa como a vida fraterna fundada na escuta da Palavra, na oração, no partir do pão e na partilha dos bens, constituiu um sinal de credibilidade . Isso provocava a adesão de novos fiéis e dava autoridade à palavra dos apóstolos que anunciavam o Senhor Jesus (At 2,42-47; 4,32-36).
A comunidade é, em si mesma, anúncio da validade do Evangelho para transformar o mundo a partir da reconciliação e do novo mandamento do amor. E também caminho, onde se aprende a conhecer Cristo e deixar-se transformar por Ele. Na comunidade nos abrimos ao acolhimento daqueles com os quais se partilha a vida cotidiana e a missão. Por isso, a vitalidade missionária de uma comunidade estará sempre ligada à qualidade da vida fraterna que ela vive.
A composição internacional e multi-cultural de várias de nossas comunidades e da Congregação no seu conjunto, constituem uma parte significativa desse testemunho de fraternidade. Em um mundo sempre mais globalizado, mas vítima de novas divisões, conflitos e injustiças, queremos ser, a partir de nossas comunidades, sinais concretos do amor universal de Deus. N'Ele superamos as fronteiras e torna-se possível a fraternidade, a solidariedade e a colaboração. Dessa maneira, colaboramos para infundir um coração de humanidade e de fraternidade universal no processo da globalização.
A comunhão fraterna, não apenas anuncia o evangelho ao mundo, mas é também modelo do estilo da missão . Enviando os discípulos “ dois a dois ” (Mc 6,7) o Mestre dá-nos a entender a natureza comunitária de toda missão, mesmo quando alguém trabalha sozinho: “ É importante que cada um, no desempenho de sua função, tenha consciência de ser um enviado da comunidade e que todos se considerem interessados e comprometidos na atividade e na missão de cada um” (Cst 62). Além disso, no exercício da missão, quem se deixou modelar pelo Espírito na própria comunidade, será sempre promotor de comunhão. Será também capaz de acolher as pessoas, de promover a co-responsabilidade dos leigos, de procurar solução dos conflitos pela reconciliação e de contribuir para a edificação de uma Igreja e de um mundo mais fraternos. Esse Espírito fraterno nos levará a resistir à ilusão de uma “eficiência individual”, proveniente da incapacidade de aceitar e de trabalhar com os irmãos, e da busca de protagonismo pessoal. Protagonismo que poderia levar a iniciativas que, uma vez vindo a faltar aquele que as empreendeu, poderia suscitar problemáticas ou mesmo não ter nenhuma perspectiva de futuro.
Queremos prestar este testemunho da vida fraterna com realismo e humildade . Com efeito, estamos bem conscientes das dificuldades que nós mesmos encontramos na construção da fraternidade entre nós e da fragilidade com que levamos o tesouro que nos foi confiado. Sentimo-nos, portanto, solidários com um mundo dilacerado pelas divisões e discórdias, mas que busca paz e solidariedade: “ A comunidade deixa questionar-se pelos homens no meio dos quais ela vive. Procura compartilhar e apoiar seus esforços de reconciliação e de fraternidade” (Cst 61). O nosso testemunho não é o de uma comunidade já perfeita, mas a caminho, cada dia retomado, para a sua construção. Fazemo-lo mediante a contemplação de Cristo, modelo de Mestre e Irmão, e graças à oração e ao esforço cotidiano de acolhimento mútuo e de reconciliação. Olhamos para o Cristo, que se consagra a si mesmo ao Pai, em favor daqueles que já não chama de servos, mas amigos (cf. Jo 17,19). Cada dia nos oferecemos, como oblação fraterna, para continuar a semear no mundo, a partir de nossas comunidades, a semente da reconciliação e da comunhão.
Que a contemplação do Coração transpassado do Senhor, que estamos para celebrar, forme realmente o nosso coração. Nossas comunidades sejam sinais críveis da presença e do amor d'Aquele que, mediante Seu Espírito, torna possível a construção de um mundo novo, na justiça, na fraternidade e na paz.

Fraternalmente, no Coração do Senhor,
P. José Ornelas Carvalho, scj
Superior Geral e seu Conselho

Problemas da América Latina não se resolvem apenas partindo de dados sociais


Os problemas da América Latina não se resolvem se se partir apenas dos dados sociais. Foi o que afirmou esta terça-feira o arcebispo de Brasília (Brasil), Dom João Braz de Aviz, no contexto da Quinta Conferência.

Ao explicar a contribuição da opção preferencial pelos pobres --lançada pela Conferência de Medellín (1968) e enfatizada por Puebla (1978)-- ao documento da Conferência de Aparecida, o arcebispo disse que há um «problema fundamental» nesse tema que não foi suficientemente considerado até o momento.

«Nós não vamos resolver o problema da libertação humana a partir dos dados sociológicos» nem «a partir de um método dualista de interpretação da história». Segundo Dom João Aviz, «nós precisamos recuperar o dado trinitário de interpretação da realidade».O arcebispo de Brasília afirmou que é necessário partir do mistério de Deus para encontrar a realidade mais profunda e a partir daí encontrar as soluções para ela.

«O que precisa é ter clareza de que nós partimos de Deus e que nós partimos do Evangelho», disse.

Já Dom Jorge Enrique Jiménez Carvajal, CIM, arcebispo de Cartagena (Colômbia), destacou que em todos os momentos da Conferência de Aparecida esteve presente a opção preferencial pelos pobres.«Em Puebla e Santo Domingo houve contraposições entre os bispos sobre a essa expressão. Que bom que hoje a assumimos totalmente», comentou.

Segundo o arcebispo, a tranqüilidade com que os bispos abordaram esse tema foi marcada pelas «precisões que Bento XVI fez em seu discurso inaugural».Ali, explicou Dom Jiménez, o Papa «nos disse de uma maneira muito clara» que a opção preferencial pelos pobres «é uma opção que se faz em nome de Jesus Cristo e do Evangelho».

O arcebispo afirmou ainda que as formas de pobreza se multiplicam na América Latina. «É preciso criatividade para responder hoje em dia à opção preferencial pelos pobres», disse.

Na mensagem final da Quinta Conferência, constará a seguinte exortação: «Esperamos manter com renovado esforço nossa opção preferencial e evangélica pelos pobres». Trata-se de «uma opção clara e serena de toda a assembléia», afirmou.

Dom Irineu, novo bispo da diocese de Joinville SC


Exatamente há um ano e 20 dias após anunciada a transferência de Dom Orlando Brandes para a Arquidiocese de Londrina, o papa Bento XVI nomeia Dom Irineu Roque Scherer para a Diocese de Joinville. Dom Irineu tem 57 anos e será o 4º bispo diocesano de Joinville. Ele será o administrador pastoral de uma diocese que tem atualmente cerca de 80 padres e dezenas de religiosos espalhados por uma região que abrange 15 cidades na região norte de Santa Catarina (de Barra Velha até Itaiópolis), e, aproximadamente, 700 mil católicos. Foi transferido da Diocese de Garanhuns (PE), onde trabalhou como bispo durante 9 anos. A posse acontece no dia 19 de agosto (domingo), às 15 horas, no Centreventos Cau Hansen, durante a missa de encerramento da Semana Nacional da Família.
Os padres dehonianos estão presentes na diocese de Joinville nas cidades de São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Corupá, Rio Negrinho e Joinville.

28 maio 2007

Conferência de Aparecida manifesta "a alegria de ser discípulo e missionário"

Resumindo em uma frase o que, ao seu ver, ficaria da Conferência de Aparecida, o cardeal Marc Ouellet, arcebispo de Québec (Canadá), disse: «A alegria de ser discípulos e missionários de Jesus Cristo».«Temos uma Boa Nova, e essa Boa Nova é Jesus Cristo», destacou o cardeal, em coletiva de imprensa no Santuário de Aparecida esta segunda-feira. Segundo Dom Ouellet, sendo discípulos de Cristo, «vivemos em comunhão com Ele e é pelo impulso do Espírito que Ele nos dá que vamos a todos».Diante disso, certamente o que ficará de Aparecida será «a alegria de ser discípulos e missionários compartilhando Jesus Cristo e seu Evangelho», destacou.Ao falar de suas impressões como membro convidado a participar da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe como um dos representantes do Canadá, o cardeal confessou que muito o impressionou a fé do povo que se dirige ao Santuário da Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.«O que mais me impressiona é a participação do povo. A missa de Pentecostes que celebramos ontem para mim é um acontecimento que tem um alcance maior na Conferência do que se pode medir», disse.«A fé do povo, o entusiasmo, o testemunho dos pobres que vêm e nos ensinam a fé da Igreja em união com Maria é um testemunho que creio que recebemos como uma corrente de ar fresco», afirmou o arcebispo.Nesse final de semana passaram pelo Santuário de Aparecida cerca de 150 mil peregrinos. Na missa oficial da Quinta Conferência, na tarde desse domingo, presidida pelo cardeal Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, os fiéis lotaram os cerca de 35 mil lugares da Basílica.Já segundo Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo de Blumenau, o que ficará da Conferência de Aparecida é a preocupação fundamental de que a Igreja seja mais discípula e missionária de Jesus. «Nós queremos nada mais que a Igreja seja autenticamente discípula de Jesus. Que todos nós, bispos, padres, religiosos, leigos tenhamos os olhos fixos em Jesus», disse.«Diante do discipulado explode necessariamente a missão. Mas para quê? Para que em Jesus os nossos povos tenham vida em plenitude. E a Conferência está-se detendo justamente nesse ponto, no aprofundamento do discipulado e da missão», destacou o bispo.

Fonte: Zenit

27 maio 2007

País perde R$ 1,5 bi ao ano por corrupção


Além dos milhões de reais desviados dos cofres públicos e consumidos em propinas todos os anos, a corrupção custa ao Brasil cerca de R$ 1,5 bilhão por ano em perdas indiretas. Esse é o total de recursos que deixam de ser gerados por causa dos efeitos da corrupção sobre os investimentos, os gastos do governo, a inflação, a educação e a credibilidade do País, segundo cálculos do especialista Axel Dreher, professor do centro de pesquisas de conjuntura do Instituto Econômico Suíço. Com esse dinheiro, o governo federal poderia tapar os buracos de 4 mil quilômetros de estradas.
De acordo com os cálculos de Dreher, o Brasil perde por ano, em média, 0,08% do PIB por causa de custos indiretos da corrupção (em valores de 2006, US$ 715 milhões). Em PIB per capita, o País deixa de ganhar US$ 270 todos os anos. "A corrupção leva à queda do investimento estrangeiro direto, as elites cleptocratas ganham renda à custa de uma possível redução da pobreza, e enquanto os efeitos no volume de investimentos do governo não são claros, há uma evidente perda de qualidade nesses investimentos", diz Dreher, autor de outros estudos sobre o impacto da corrupção na expectativa de vida, escolaridade, investimento, gastos do governo e inflação. Para a pesquisa, ele considerou índices de corrupção entre 1984 e 2006 e calculou as perdas todo ano em que o País supera a média mundial.
Segundo Daniel Kaufman, diretor do Instituto Banco Mundial e um estudioso do assunto, não há sinais de que a corrupção tenha diminuído no Brasil nos últimos dez anos, embora haja melhoras pontuais, como em telefonia e energia. "Há muitos países com índices de corrupção piores do que o Brasil", diz Kaufman. "Mas dado o status de potência do País na região e no mundo, os brasileiros deveriam se esforçar para entrar também na liga dos países poderosos que têm boa governança e combatem a corrupção." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Yahoo!

25 maio 2007

Redução da maioridade penal é pouco aceita

A redução da maioridade tem poucas chances de ser aprovada no Congresso, segundo dados de uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas. A informação é do jornal Zero Hora.
O levantamento mostra que 47% dos parlamentares são a favor do enquadramento de menores de 18 anos no Código Penal e 43% são contra. O índice de favoráveis não garante a mudança, pois como a maioridade está inscrita na Constituição é preciso que três quintos (60%) dos deputados e senadores aprovem a redução.
A pesquisa também indica que 11% dos parlamentares defendem a pena de morte para crimes hediondos, sentença proibida pela Constituição. Segundo a sondagem, 85% dos parlamentares são contra a pena de morte.
A pesquisa foi realizada entre 15 de janeiro e 29 de março. No total, foram realizadas 280 entrevistas, sendo 244 com deputados (47,6% do total) e 36 com senadores (44,4% do total).

Fonte: Redação Terra

Missão continental deve ser resposta da Conferência de Aparecida


Uma grande missão continental deve surgir como proposta da V Conferência Episcopal da América Latina e do Caribe. É o que explicou o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes, em entrevista concedida aos jornalistas que acompanham a Assembléia no dia 23 de maio. Segundo o Cardeal, a conferência está discutindo e certamente aprovará a proposta de executar uma grande missão na América Latina e no Caribe, o que significa, segundo ele, o envolvimento de toda estrutura da igreja, principalmente, com o apoio das paróquias e comunidades. "Vai ser nas paróquias que essa missão deverá acontecer. Cada paróquia no seu território deverá promover. Porém a Paróquia supõe o apoio do seu bispo, da sua diocese, da sua estrutura pastoral, supõe o apoio também do Celam. Todos esses níveis da Igreja na América Latina deverão tomar como eixo, como centro do seu planejamento pastoral a questão da missão. E missão aqui significará ir, sair, levar a sua comunidade em busca daqueles, em primeiro lugar, que nós batizamos e que não participam da sua comunidade, portanto, aqueles católicos afastados, católicos distantes, que nós batizamos." O Cardeal admite que "os católicos, na sua maioria, não participam das suas comunidades e buscam outras crenças e igrejas". Hummes reforça que há um grande número de católicos batizados no continente e que eles precisam encontrar espaço na Igreja. "Nós os batizamos e eles têm o direito de que nós os busquemos", ressalta. Justifica também que a diversidade de crenças e religiões agregando os católicos é o que motivam a grande missão. "A Esperança é que essa missão possa responder a grande demanda de católicos".


Fonte: Adital

23 maio 2007

Papa lembra da viagem ao Brasil


Nesta quarta-feira, 23 de maio de 2007, o Santo Padre, Bento XVI, recordou com gratuidade e alegria sua recente viagem ao Brasil para a inauguração da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, no grande centro mariano de Aparecida. Destacou que este tem sido um encontro muito enriquecedor “tanto com os pastores e fiéis brasileiros como com os representantes da Igreja que caminha nessa querida terra americana na qual o Evangelho achou raízes muito fundas e donde vive, de fato, maior parte dos católicos do mundo”.
Em sua alocução, enfatizou que tem animado a todos a cultivar com esmero o tesouro da fé em Cristo e a torná-lo fecundo tanto na vida pessoal como nos diversos âmbitos da vida social.
“Tenho convidado os jovens a que sejam o rosto jovem da Igreja; aos pastores a dar novo impulso à evangelização, ao estilo da primitiva comunidade cristã: perseverando na catequese, na vida sacramental e na prática da caridade; tenho assinalado a todos a importância de ser verdadeiros discípulos de Cristo, de estar com Ele e aprender sempre Dele para ser suas testemunhas e missionários do Evangelho na sociedade, para que a luz da Palavra de Deus abra nela caminhos de justiça, de paz e de amor verdadeiro”, destacou.

22 maio 2007

Faculdade Dehoniana promove debate "Quando começa a vida?"


No próximo dia 30 de maio a Faculdade Dehoniana, em Taubaté SP, com o apoio da Comissão em Defesa da vida da Diocese de Taubaté apresenta a reflexão científica-teológica sobre a vida. Participarão do debate a Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira, coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital SãoFrancisco, em Jacaréi SP e Pe. Mário Marcelo Coelho, scj, professor de Bioética na Faculdade Dehoniana.

A entrada é franca. O endereço da Faculdade Dehoniana é Av. Francisco Barreto Leme, 550, na Vila São Geraldo, em Taubaté.

Fonte: Dehoniana

Faculdade São Luiz promoveu Noite Cultural


Aconteceu na noite do dia 17 de maio, na Faculdade São Luiz, a III NOITE CULTURAL com o tema: VIVENDO ARTE: TALENTOS E TALENTOS. O objetivo da noite foi promover a cultura no âmbito da pintura, da música, do teatro e da poesia, oportunizando uma formação educacional de valorização e promoção dos diversos talentos humanos.
Esse objetivo foi alcançado com sucesso. O auditório estava lotado, a platéia participativa, e os intensos aplausos demonstravam a satisfação plena do público presente.

No início da noite, às 19h foi aberta à exposição de arte: pintura em madeira, pintura em tela e a exposição de “origamis” dobradura em papel. Ás 20 h teve início, no auditório Pe. Roberto Bramsiepe, as apresentações de músicas, poesias e teatral.

Foram cinco inscrições para o âmbito da música, três para recital de poesias, e uma inscrição para o teatro. No âmbito da pintura inscreveram-se dois alunos, e para a exposição de trabalhos manuais em papel foram dois alunos. A exposição de arte ficará exposta na FSL até dia 24 deste mês.
Fonte: FSL Brusque

Escolhifos temas do Documento Final de Aparecida


A assembléia da Conferência de Aparecida aprovou o Esquema do Documento Final seguindo o método “ver, julgar e agir”. O Documento terá como eixos os temas: Discípulos, Missionários e Vida. Os documentos enviados pelas Conferências Episcopais, peritos, religiosos, padres e leigos, bem como o discurso do Santo Padre na abertura da Assembléia, estão sendo estudados e serão considerados em função do esquema aprovado.

Como frutos das discussões e estudos das sínteses apresentadas pelas conferências episcopais dos países da América Latina e do Caribe na primeira semana, a Comisão de Redação enumerou os assuntos de maior destaque e os submeteu a intervenções e votação.
O esquema temático de trabalho para Documento é:
1. O hoje da América Latina e o Caribe: a mudança de época; situação sociocultural; desastre ecológico; economia e globalização; situação política; culturas indígenas e afro-descendentes; a Igreja neste tempo.
2. A alegria de sermos discípulos e missionários de Jesus Cristo: iniciativa de Deus Pai; o dom de Jesus Cristo; Fraternidade Humana; destino universal dos bens; criação e responsabilidade ecológica; o dom da Palavra; dignidade humana; família; vida; esperança.
3. Nossa Vocação de discípulos e missionários: vocação à santidade; Cristo vem ao nosso encontro; configuração com Ele; assumir a cruz e o seguimento; anúncio do Reino; espiritualidade; diversas vocações.
4. A comunidade dos discípulos missionários de Jesus Cristo: chamado à comunhão; comunhão Trinitaria; Igreja escola e casa de comunhão; dons, ministérios e carismas; lugares e estruturas de comunhão; religiosidade popular; diálogo ecumênico e inter-religioso; comunhão dos santos.
5. O itinerário dos discípulos missionários: espiritualidade Trinitaria; Cristo caminho, verdade e vida; docilidade ao Espírito Santo; lugares e momentos de encontro com Jesus Cristo; espiritualidade e vivência da justiça; a Virgem Maria e os Santos; formação dos discípulos; catequese; acompanhamento espiritual; educação católica; seminários; formação permanente; movimentos eclesiais.
6. A missão dos discípulos missionários: a vida nova em Cristo, missão continental; família; a vida desvalida e ameaçada; jovens; justiça; cuidado com a criação; meios de comunicação social; os pobres e excluídos.
7. Conversão Pastoral e diversas áreas da tarefa pastoral: estruturas eclesiais; planos pastorais; missão ad gentes; pastoral da cultura; pastoral urbana; universidades católicas.

Fonte: CELAM
Foto: Canção Nova

21 maio 2007

Romaria das CEBs caminha 10 km até Aparecida


Uma multidão de seis mil pessoas, segundo cálculos dos organizadores, se encontrou à meia noite de sábado, 19, na cidade de Roseira para a Romaria das Comunidades. Foram 10 km de longa caminhada intercalada de orações e reflexões acerca da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe. A previsão era de chegar às 7 horas à Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Chegaram pouco antes das 6 horas e aguardaram para participar da missa das 8 horas.
Organizada pelas CEBs do Estado de São Paulo, Pastoral da Juventude e outras pastorais, a Romaria, que acontece todos os anos, fez coincidir a data deste ano com o evento da Conferência de Aparecida para mostrar que as comunidades estão unidas à assembléia dos bispos da América Latina e Caribe. “Nós, das CEBs, estamos esperançosos porque houve mobilização no Brasil e na América Latina e todos deram sua contribuição para a Conferência. Nossa esperança é que avancemos para sermos Igreja Povo de Deus”, comenta a coordenadora da Pastoral Operária, Conceição Aparecida de Souza, uma das organizadoras da Romaria.
Fonte: Assessoria de Imprensa CNBB

20 maio 2007

Primeira semana de trabalhos na Conferência de Aparecida


Os bispos têm um olhar de pastores e não de sociólogos. Foi o que indicou o secretário-geral da Conferência de Aparecida (SP), Dom Andrés Stanovnik, em coletiva à imprensa, neste sábado, dia 19. O bispo ressaltou que, apesar de manter um diálogo constante com as ciências, a missão primordial da Igreja é a evangelização."Não é nossa missão fazer uma análise política da situação para ver quais estratégias vamos implementar para que haja menos fome, para que a cultura chegue a todos, etc, etc. Não é o objetivo primordial da Igreja. O objetivo primordial da Igreja é a evangelização que tem que trazer como conseqüência uma mudança de conduta e da realidade, para que o Reino dos céus e seus valores se realizem no período temporal que toca nossa vida e chegue à plenitude final", enfatizou.
Dom Stanovnik informou que num primeiro momento, os bispos reunidos na conferência, buscaram ver o que há de positivo e de desafiador na realidade latino-americana. "Olham a realidade e descobrem o que há de Deus e o que não constrói o Reino de Deus. Olham o que há de bom, para entender o ser humano a partir dos olhos de Deus. O olhar do cristão e do pastor é otimista, mas não ingênuo. Quanto mais nosso olhar é o de Deus, mais crítico ele é", disse. Os 262 delegados da V Conferência dialogaram na manhã de sábado (19 de maio) sobre o resultado das discussões nos 15 grupos de trabalho formados no encontro e encaminharam os textos de cada equipe para a Comissão de Redação, que deverá reunir num documento a proposta dos grandes temas a serem discutidos pelos delegados. Na manhã da segunda-feira, dia 21, este texto será apresentado aos conferencistas, que poderão sugerir mudanças e em seguida votarem com "sim" ou "não" sobre a aprovação dos assuntos a serem tratados até o final da conferência, dia 31.
Amazônia
Na coletiva, o bispo da prelazia de Xingu (PA), Dom Erwin Kräutler, falou sobre as ameaças à preservação da Amazônia, ocasionadas por um modelo de desenvolvimento não-sustentável e se mostrou preocupado com a possibilidade de o Brasil se transformar num "grande canavial" para a producão de etanol. O bispo vê as plantações de soja e a produção em larga escala de cana-de-açúcar como grandes riscos ao território. Dom Erwin enfatizou ainda que quando a Igreja fala de ecologia, o assunto não é reduzido somente aos animais e às plantas, mas trata-se de pessoas que vivem num "lar que deve ser preservado para as futuras gerações".
Juventude
O participante mais jovem da conferência e membro da Coordenação Nacional de Jovens do Paraguai, Marcos Casco Espínola, informou que "a V Conferência está tratando muito o protagonismo dos leigos" e dado especial importância ao papel do jovens na Igreja. Ressaltou que o empenho fundamental é para que os jovens evangelizem outros jovens.

Fonte: CELAM/Canção Nova

18 maio 2007

Bispos apresentam resumo dos primeiros trabalhos da Conferência de Aparecida


Numa coletiva dada à imprensa na tarde desta sexta-feira, dia 18, os bispos apresentaram uma síntese da primeira parte do trabalho dos participantes da V Conferência, já na perspectiva da definição do documento final. Temas como discriminação e globalização foram citados.Os bispos atentaram para problemas freqüentes, de cunho socioeconômico, pelos quais os países da América Latina estão enfrentando.Segundo Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo da diocese de Blumenau (SC) e o único brasileiro presente na mesa, os países da América Latina estão "vivendo um momento de mudança civilizacional de paradigmas, em que está surgindo homens e mulheres diferentes, com os quais a Igreja é obrigada a se defrontar não negativa, mas positivamente, sendo discípulos de Jesus Cristo."

Dentre os temas sociais expostos na coletiva, os bispos ainda focaram o olhar da Igreja para as realidades de cada país e suas responsabilidades, uma vez que atinge diretamente a família, o estado e a própria Igreja. Ainda não vieram à tona questões relativas ao aborto e divórcio, pois "a comissão ainda não está totalmente formada para discutir temas dessa grandeza".

Numa última parte da reunião, os bispos salientaram o importante papel da mulher na sociedade atual e completaram ainda que, com ela, sobreveio uma redobrada carga de trabalhos e afazeres domésticos, que deve ser valorizada na família. "A visão de que o gênero feminino está presente em diversos aspectos da sociedade é motivo de congratulações. Vemos o quanto a Igreja precisa abrir espaços para a participação da mulher."

Participaram da mesa Dom Luis Augusto Castro, arcebispo de Tunja e presidente da Conferência Episcopal da Colômbia; Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo de Blumenau, Santa Catarina; Dom Carlos Aguiar, bispo de Texcoo, México e o padre David Gutiérrez, da comissão de imprensa da V Conferência.


Por ocasião do 41º Dia Mundial das Comunicações que será comemorado no dia 20 de maio, a Comissão de Comunicação da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe enviou uma mensagem aos jornalistas, nesta sexta-feira, dia 18, em Aparecida (SP):

"Uma feliz coincidência fez com que o 41º Dia Mundial das Comunicações Sociais tenha lugar em meio às deliberações da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano no Santuário de Aparecida.Uma saudação cordial a todos vocês comunicadores e a seus respectivos meios que têm acompanhado tanto a primeira visita de sua Santidade Bento XVI à América Latina como o desenrolar da V Conferência. O mundo inteiro pode seguir de perto o peregrinar do Papa em nossa terra, sua proximidade com todos e sua sintonia com nossas angústias e esperanças.
A V Conferência está caminhando. O seguimento tanto das deliberações como a ocasião para fazer chegar ao mundo os rostos, realidades e realizações das Igrejas locais do continente, é uma tarefa difícil e delicada. São vocês, os comunicadores, os que, com sua dedicação e empatia, têm feito chegar a todos os lugares o que está acontecendo em Aparecida.
A educação é tarefa de todos, como nos recorda o Papa este ano, na sua mensagem pela jornada da comunicação. Também os comunicadores participam desse desafio pela missão de transmitir a verdade e incorporar a comunidade humana. As crianças são o melhor termômetro para medir a capacidade de formar, critica e ativamente, as gerações que surgem. Não abandonem este belo serviço que os faz semeadores da liberdade, da identidade e da comunidade.
É uma tarefa complexa salvaguardar o bem comum. Os donos da indústria, os produtores e a Igreja devemos aprender e ensinar, compartilhar e corrigir políticas e ações que contribuem para desenvolver uma visão positiva da dignidade humana.
Recebam nossa benção e uma oração especial neste dia diante de Nossa Senhora Aparecida."
Fonte: CELAM

17 maio 2007

Romaria das CEBs para a Conferência de Aparecida


Por ocasião da V Conferência em Aparecida, as romarias de diversos setores do movimento pastoral e das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs) serão realizadas juntas este ano. O encontro ocorrerá no sábado, 19 de maio, e deverá contar com a presença de até 10 mil pessoas conforme projeções dos organizadores do evento.
Os romeiros deverão se encontrar em Roseira, a dez quilômetros de Aparecida, na noite do sábado, por volta das 23 horas. Depois da concentração, o grupo parte em caminhada por todo o trecho, realizando cinco paradas para reflexões. "Vamos refletir sobre as conferências anteriores, como um exercício de fé e preparação para a V Conferência que ocorre agora", explica um dos organizadores da Romaria, Edmundo Alves Monteiro, coordenador estadual do Cebs em São Paulo.
O percurso, que deveria durar apenas três horas, se estenderá por toda a madrugada por conta das paradas. O grupo deve chegar a Aparecida às 6 da manhã, em tempo de acompanhar a celebração eucarística realizada às 8 da manhã.
Estarão envolvidas nesta atividade, a Pastoral Operária, CEBs de Campinas, Pastoral da Juventude, movimento Fé e Política, Grito dos Excluídos, Serviço de Pastoral do Migrante, Pastoral da Mulher Marginalizada, Conselho Indigenista Missionário, Conselho Nacional de Leigos, entre outros.
Fazendo uma referência à solidariedade entre os próximos, além das reflexões, cada parada terá um momento de partilha, com divisão de alimentos e bebidas entre os romeiros.
Fonte: Adital

Paróquia Mãe da Igreja, Taubaté, celebra 40 anos

A Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja, de Taubaté (SP), no bairro da Estiva, comemora 40 anos este ano. O tema da festa será Com Maria, no discipulado de Jesus . A novena acontecerá dos dias 18 a 27 de maio com participação de todas as comunidades na celebração eucarística. No Dia da Padroeira (27 de maio), acontecerá carreata, procissão, missa e coroação de Nossa Senhora Mãe da Igreja, às dezessete horas, no Santuário São Benedito.

Fonte: dehonianos.org.br

Dia Mundial das Comunicações Sociais


20 de maio de 2007
Tema: 'As crianças e os meios de comunicação social: um desafio para a educação'

O decreto conciliar Inter mirifica, em 1966, estabeleceu: “Para que se revigore o apostolado da Igreja em relação com os meios de comunicação social, deve celebrar-se em cada ano em todas as dioceses do mundo, a juízo do Bispo, um dia em que os fiéis sejam doutrinados a respeito das suas obrigações nesta matéria, convidados a orar por esta causa e a dar uma contribuição para este fim, a qual ser destinada a sustentar e a fomentar, segundo as necessidades do orbe católico, as instituições e as iniciativas promovidas pela Igreja nesta matéria” (IM 18).

No V Dia Mundial da Comunicação Social, 23 de Maio de 1971 foi divulgada a instrução pastoral “Communio e progressio”, sobre os meios de comunicação social publicada por mandato do Concílio Ecumênico Vaticano II. “As autoridades eclesiásticas competentes (cfr. n. 165) zelarão e darão todo o apoio para a preparação e celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais. Neste dia, seja rendida homenagem a todos os que trabalham neste campo. (19) As autoridades eclesiásticas devem também apresentar regularmente às Conferências episcopais respectivas, o balanço das despesas que o apostolado das comunicações sociais implica” (CP,167).

Celebra-se no dia 20 de maio de 2007, o 41º Dia Mundial das Comunicações, com o tema e mensagem do papa Bento XVI 'As crianças e os meios de comunicação social: um desafio para a educação' .
Fonte: CNBB

Bispos elaboram documento com orientações pastorais

Os bispos participantes da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe (Celam) aprovaram a elaboração de um documento final que conterá orientações pastorais para a Igreja na América Latina. Ele será elaborado a partir das reflexões e trabalhos realizados durante estes dias. Com esse objetivo, foram constituídas diversas comissões.
Durante as próximas sessões a Assembléia resolverá o modo de organizar as próximas jornadas a partir de uma proposta metodológica de trabalho que já está sendo estudada.
Em coletiva de imprensa, ressaltaram a riqueza dos testemunhos, dados, perspectivas e propostas apresentadas pelos expositores.
Destacou-se a necessidade de uma conversão pastoral, a partir de um novo modelo de ação eclesial que precisa de uma autêntica antropologia cristã, que nos permita dialogar e interagir com distintas visões de mundo, lembrando os tempos difíceis enfrentados pelos nossos povos e a necessidade de um discipulado, igualmente renovado, que responda aos desafios de uma sociedade sem Deus.
"Ser missionário é algo substancial nos discípulos. Nós, batizados, precisamos de um espírito missionário mais vivo, mais criativo, mais ativo, com novos valores. É preciso renovar a missão", afirmou o cardeal Rodríguez, de Honduras.
Rodríguez afirmou ainda que o êxodo em direção a outras religiões e a outras denominações reflete a falta de educação para a fé de nossos batizados, constatando que a catequese foi débil ou deficiente.
Em sua palestra na manhã de quarta, dia 16,, Guillermo León Escobar, professor de Sociologia Política na Universidade Gregoriana de Roma, assinalou que tanto nas intervenções dos presidentes das Conferências Episcopais como no discurso inaugural do Santo Padre, está refletida a preocupação da Igreja em partir sempre de uma análise da realidade que sirva de base para sua reflexão. Em linhas gerais, enfatizando a valorização do outro e a certeza da existência e da presença de Deus como experiência vital.
Segundo o doutor Escobar, "os informes têm uma nostalgia pela utopia latino-americana e nossos países precisam de um projeto político, de um projeto cultural e de um projeto social. Não estamos em uma época de mudanças, mas sim mudando de época". Escobar Herrán destacou a menção constante ao desemprego como um dos problemas comuns a todos os nossos povos.
Outros temas que preocupam os participantes da V Conferencia são a situação das migrações vividas por muitos irmãos no continente, a família e sua degradação e os novos papéis assumidos, o desrespeito à vida humana, a cultura do consumismo, os modelos de desarraigo e a corrupção como o flagelo de nossos povos.

Fonte: Imprensa da V Conferencia

16 maio 2007

"O Espírito ensinará todas as coisas"


Com o desejo de que a Igreja seja orante e adoradora, e não agnóstica, o cardeal Jorge Mario Bergoglio invocou a força do Espírito Santo durante sua homilia, na missa desta quarta-feira, dia 16, na Conferência de Aparecida. O pensamento agnóstico, que aceita a existência de Deus, mas diz ser impossível conhecê-Lo, foi rejeitado pelo celebrante que recordou a promessa de Jesus: "Quando vier o Espírito da verdade, Ele ensinará todas as coisas".


O cardeal foi aplaudido ao término de sua homilia, na qual ressaltou a ação do Espírito Santo desde o início da Igreja. "Foi o Espírito quem de alguma maneira provocou a dispersão de certos grupos, através das perseguições em Jerusalém, inclusive através de inspirações, como quando guiou Felipe para que fosse a caminho de Gaza, porque ali iria passar o ministro de Economia do Reino da Etiópia, que devia ser batizado e evangelizado, ou quando inspirou a Pedro com Cornélio, ou a Paulo com o macedônio". "É o Espírito que move a Igreja, e mais, a empurra", finalizou.


Fonte: CELAM
Foto: Renan Félix/Canção Nova

15 maio 2007

CELAM: os leigos na América Latina


Os leigos têm um papel destacado nesta V Conferência do Episcopado Latino-americano e do Caribe. Assim foi manifestado na manhã de terça,dia 15, na Conferência de Imprensa na que participaram alguns dos leigos participantes do Encontro. Em um partilhar aberto com os meios de imprensa, o Doutor Rodrigo Guerra, do México, a Socióloga Sandra Ferreira, do Brasil e o Antropólogo José Luis Pérez Guadalupe, do Peru, concordaram na necessidade do compromisso dos leigos nos diversos cenários da sociedade atual.

Na sua participação, os três insistiram no fato de que os leigos fazem concreta a inserção da Igreja no mundo e para o mundo, nas condições ordinárias da vida familiar e social, sendo chamados por Deus para santificar o mundo desde dentro, como um fermento (cf. Lumen Gentium 31).
O Doutor Guerra resaltou algumas das linhas da vida social indispensáveis a serem consideradas na realidade da América Latina, entre eles, a distribuição da riqueza e a violação dos direitos e das liberdades civis e políticas em muitos povos.
Sandra Ferreira, por sua parte, aprofundou o Discurso de abertura desta V Conferência pronunciado pelo Santo Padre Bento XVI na qual insistia como na América Latina persiste ainda, infelizmente, uma mentalidade machista, ignorando a novidade do cristianismo que reconhece e proclama a igual dignidade e responsabilidade da mulher com relação ao homem. Além disso, sublinhou a conveniência da análise do papel da mulher na Igreja desde a figura de Maria, mulher e Mãe.
Finalmente, o Licenciado José Luis Pérez insistiu na urgência de despertar uma fé viva, consciente e responsável que suscite uma participação ativa dos leigos na Igreja e na sociedade.
Este espaço de diálogo destacou a armoniosa colaboração entre todos os estados de vida na Igreja, com o fim de transformar o mundo com o espírito do Evangelho de Cristo.
Fonte: CELAM

Iniciam ostrabalhos da Conferência de Aparecida


Uma missa presidida pelo cardeal Giovanni Batista Re marcou, na manhã desta segunda-feira, 14, o inicio do primeiro dia de trabalhos da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe. O cardeal, além de Prefeito da Congregação para os Bispos, é também o presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.
“Nestes dias, trabalharemos juntos com o olhar colocado em Cristo, desejosos de fazer o que Ele nos indica”, disse o cardeal. “Esta Conferência Geral deseja servir aos homens e às mulheres que caminham na América Latina, sustentando cada pessoa em seu caminho terreno e indicando ao mesmo tempo a meta eterna, pois só nela se pode encontrar a plenitude do significado e do valor dos esforços e as tribulações de nossa vida cotidiana”.
Participam da Conferência 162 delegados entre bispos, arcebispos e cardeais. Um grupo de 13 peritos reunindo especialistas de diversas áreas como teólogos e sociólogos auxiliam os delegados. Como convidados estão na Conferência 24 padres, 16 religiosos e religiosas, oito leigos e leigas e quatro diáconos permanentes. Há, ainda, observadores, representantes de oito igrejas cristãs e religiões não-cristãs.
Segundo o cardeal Re, os bispos desejam trabalhar pela revitalização religiosa da América Latina “convencidos de que ela favorecerá a renovação também em outros campos”.
Após a missa, os bispos tiveram uma manhã de oração orientada pelo arcebispo emérito de Paraná, Argentina, Dom Estanislao Esteban Karlic. Na parte da tarde aconteceram sessões às 16h e 18h.

13 maio 2007

Nota de Falecimento

Faleceu em Itapiranga - SC, dia 10 de maio, por volta das 19h45, vítima de acidente automobilistico, o Nelson Hobold, irmão do P. Wilson Hobold, Provincial do Congo.

por e-mail: Pe. Léo Heck scj

10 maio 2007

Declaração sobre o momento político nacional

Reunidos em Itaici (SP), por ocasião da 45a Assembléia Geral da CNBB, de 01 a 09 de maio de 2007, como discípulos de Jesus Cristo e Pastores da Igreja Católica, estamos solidários com o nosso povo, sobretudo com os pobres e sofredores, em suas alegrias e esperanças, tristezas e angústias.
A V Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe, a realizar-se em Aparecida, de 13 a 31 de maio, tendo em sua abertura a presença do Papa Bento XVI, estimula a tão desejada integração na Pátria Grande, o “Continente da Esperança”. As raízes históricas nos unem, as mesmas fontes culturais e religiosas nos unificam, os mesmos problemas éticos e sociais nos desafiam.
Graves carências de ordem ética e política na vida pública na América Latina e no Caribe continuam inviabilizando uma vida digna de grande parte da sua população, interpelando-nos a buscar a sua superação, animados pela presença de Jesus Ressuscitado.
O mundo de hoje vive a época do mercado em que prevalece o negócio, desconsiderando o seu custo social e ecológico. O aquecimento global, preocupação séria e fundada dos povos, exige mudanças nos padrões éticos e um estilo de vida mais sóbrio. No Brasil, a busca de energia com base no etanol não pode fazer-se em detrimento do equilíbrio ecológico, da reforma agrária e da soberania alimentar, o que contrastaria com a fraternidade e os direitos fundamentais da pessoa humana.
Os indicadores sociais revelam que, no Brasil, os pobres estão sendo favorecidos por programas sociais governamentais. Entretanto, temos necessidades urgentes de avançar no caminho do desenvolvimento com inclusão e com justiça social, no campo e na cidade, para assegurar condições de vida digna. Merecem atenção especial os grupos sociais vítimas de discriminação: os povos indígenas, os afrodescendentes, os idosos, os encarcerados, as crianças, os enfermos, a maioria dos aposentados do INSS, os migrantes e refugiados, entre outros.
A desvalorização da dignidade humana e a falta de critérios evangélicos e éticos estão na raiz da banalização da vida, levando à violência crescente em nosso País. Voltamos a condenar todas as tentativas de legalização do aborto e de manipulação de embriões humanos para fins terapêuticos. É preciso defender a vida desde a aurora da concepção até o seu natural ocaso.
O Congresso Nacional passa pela crise de respaldo ético em sua atuação. Causa-nos também particular preocupação a existência de fortes indícios de corrupção em setores da Justiça, com a investigação de Magistrados e Procuradores a respeito da prática de ilícitos, o que pode propiciar a impunidade e a perda de confiança do povo.
Urge uma Reforma Política que fortaleça a democracia direta e participativa, aperfeiçoe a democracia representativa e favoreça maior transparência do Poder Judiciário. Convidamos nossas comunidades eclesiais a participarem deste processo, conhecendo as propostas em questão, manifestando-se junto aos parlamentares, para que a Reforma Política se torne realidade.
A redução da maioridade penal para 16 anos, já votada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, não representa uma resposta ao desafio da segurança; é paliativo que atinge os sintomas, não a raiz do problema da violência. O adolescente infrator precisa de medidas sócio-educativas.
É fundamental o fortalecimento da democracia, com exigências éticas, tanto no campo político, quanto no econômico e social, por meio de reformas no Legislativo, no Executivo e no Judiciário, em nível Municipal, Estadual e Nacional.
Reconhecemos as incontáveis iniciativas em favor da solidariedade, da justiça social e da paz. Estimulamos o empenho dos cristãos e de todas as pessoas de boa vontade na defesa incondicional e promoção da vida.
A Virgem Maria, primeira discípula e evangelizadora, entre nós invocada como Senhora Aparecida, nos acompanhe no empenho por uma sociedade latino-americana e caribenha integrada, justa e solidária.

Itaici, Indaiatuba-SP, 09 de maio de 2007.

09 maio 2007

Presidência CNBB e Comissões Episcopais Pastorais

Presidência da CNBB e Presidentes das Comissões Episcopais Pastorais eleitos na 45ª Assembléia Geral (2007-2011)

Presidente CNBB
Dom Geraldo Lyrio Rocha

Vice-Presidente CNBB
Dom Luiz Soares Vieira

Secretário-Geral CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa

CEP para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada
Dom Esmeraldo Barreto de Farias

CEP para o Laicato
Dom José Luiz Bertanha

CEP para a Ação Missionária e Cooperação Eclesial
Dom Sérgio Eduardo Castriani

CEP para a Doutrina da Fé
Dom Walmor Oliveira de Azevedo

CEP para a Animação Bíblico-Catequética
Dom Eugène Lambert Adrian Rixen

CEP para a Liturgia
Dom Joviano de Lima Júnior

CEP para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso
Dom José Alberto Moura

CEP para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz
Dom Pedro Luiz Stringhini

CEP para a Cultura, Educação e Comunicação Social
Dom Orani João Tempesta

CEP para a Vida e a Família
Dom Orlando Brandes

Delegado e Suplente no CELAM

Delegado CELAM
Dom Raymundo Damasceno Assis

Suplente Delegado CELAM
Cardeal Geraldo Majella Agnelo

Fonte: Assessoria de imprensa CNBB

08 maio 2007

41º Dia Mundial das Comunicações Sociais


Queridos irmãos e irmãs
1. O tema do 41º Dia Mundial das Comunicações Sociais (20 de maio), «As crianças e os meios de comunicação social: um desafio para a educação», convida-nos a refletir sobre dois assuntos de imensa importância. A formação das crianças é o primeiro. O segundo, talvez menos óbvio, mas não menos importante, é a formação dos meios de comunicação social.
2. Os complexos desafios que se apresentam para a educação nos dias de hoje estão frequentemente vinculados à ampla influência dos meios de comunicação social no nosso mundo. Como um dos aspectos do fenômeno da globalização, e facilitados pelo rápido desenvolvimento da tecnologia, os meios de comunicação social modelam profundamente o ambiente cultural (cf. Papa João Paulo II, Carta Apostólica "O rápido desenvolvimento". Com efeito, algumas pessoas afirmam que a influência formativa dos meios de comunicação social concorre com a da escola, da Igreja e talvez mesmo do lar. «Para muitas pessoas, a realidade corresponde ao que os mass media definem como tal» (Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Aetatis novae).
3. A relação entre crianças, meios de comunicação social e educação pode ser considerada a partir de duas perspectivas: a formação das crianças por parte dos mass media; e a formação das crianças para que respondam apropriadamente aos mass media. Sobressai um tipo de reciprocidade que indica as responsabilidades dos meios de comunicação social como indústria e a necessidade de uma participação ativa e crítica dos leitores, dos espectadores e dos ouvintes. Nesta perspectiva, formar-se no uso apropriado dos meios de comunicação social é essencial para o desenvolvimento cultural, moral e espiritual das crianças.
4. Como é que se há de salvaguardar e promover o bem comum? Educar as crianças a serem judiciosas no uso dos mass media é uma responsabilidade que cabe aos pais, à Igreja e à escola. O papel dos pais é de importância primordial. Eles têm o direito e o dever de assegurar o uso prudente dos meios de comunicação social, formando a consciência dos seus filhos a fim de que expressem juízos sadios e objetivos, que sucessivamente há de orientá-los na escolha ou rejeição dos programas disponíveis (cf. Papa João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris consortio, 76). Ao agir deste modo, os pais deveriam contar com o encorajamento e a assistência das escolas e das paróquias, para garantir que este aspecto difícil, mas estimulante da educação é apoiado pela comunidade mais vasta.
5. A educação aos mass media deveria ser positiva. As crianças expostas ao que é estético e moralmente excelente são ajudadas a desenvolver o apreço, a prudência e as capacidades de discernimento. Aqui é importante reconhecer o valor fundamental do exemplo dos pais e os benefícios da apresentação aos jovens dos clássicos infantis da literatura, das belas-artes e da música edificante. Enquanto a literatura popular terá sempre o seu espaço na cultura, a tentação do sensacionalismo não deveria ser passivamente aceite nos lugares de ensino. A beleza, uma espécie de espelho do divino, inspira e vivifica os corações e as mentes mais jovens, ao passo que a torpeza e a vulgaridade têm um impacto depressivo sobre as atitudes e os comportamentos.
6. Como a educação em geral, a educação aos mass media exige a formação no exercício da liberdade. Trata-se de uma tarefa exigente. Muitas vezes a liberdade é apresentada como uma busca implacável do prazer e de novas experiências. Contudo, isto é uma condenação, não uma libertação! A verdadeira liberdade jamais poderia condenar o indivíduo – especialmente a criança – a uma busca insaciável de novidades. À luz da verdade, a liberdade autêntica é experimentada como uma resposta definitiva ao «sim» de Deus à humanidade, enquanto nos chama a escolher, não indiscriminada mas deliberadamente, tudo o que é bom, verdadeiro e belo. Assim os pais, como guardiões de tal liberdade, concederão gradualmente uma maior liberdade aos seus filhos, introduzindo-os ao mesmo na profunda alegria da vida (cf. Discurso no V Encontro Mundial das Famílias, Valência, 8 de Julho de 2006).
7. Esta aspiração sincera dos pais e professores de educar as crianças pelos caminhos da beleza, da verdade e da bondade, somente pode ser sustentada pela indústria dos meios de comunicação social, na medida em que ela promover a dignidade humana fundamental, o valor genuíno do matrimônio e da vida familiar, e as conquistas e as finalidades positivas da humanidade. Deste modo, a necessidade que os mass media têm de se comprometerem na formação efetiva e nos padrões éticos é considerada com particular interesse e mesmo urgência, não só pelos pais e professores, mas também por todos aqueles que têm um sentido de responsabilidade cívica.
8. Mesmo quando estamos convencidos de que muitas pessoas comprometidas nos meios de comunicação social desejam realizar o que é justo (cf. Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Ética nas Comunicações, 4), devemos reconhecer também que as que trabalham neste campo enfrentam «pressões psicológicas e dilemas éticos particulares» (Aetatis novae, 19), que por vezes vêem a concorrência comercial impelir os comunicadores para níveis mais baixos. Qualquer tendência a realizar programas e produtos – inclusive desenhos animados e videojogos – que, em nome do entretenimento, exalta a violência e apresenta comportamentos anti-sociais ou a banalização da sexualidade humana constitui uma perversão, e é ainda mais repugnante quando tais programas são destinados às crianças e aos adolescentes. Como é que se poderia explicar este «entretenimento» aos numerosos jovens inocentes que realmente são vítimas da violência, da exploração e do abuso? A este propósito, todos deveriam refletir sobre o contraste entre Cristo, que «as tomou [as crianças] nos braços e as abençoou, impondo-lhes as mãos» (Mc 10, 16) e aquele que «escandaliza... estes pequeninos», a quem «seria melhor... que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho» (Lc 17, 2). Uma vez mais, exorto os responsáveis da indústria dos meios de comunicação social a salvaguardarem o bem comum, a promoverem a verdade, a protegerem a dignidade humana de cada indivíduo e a fomentarem o respeito pelas necessidades da família.
9. A própria Igreja, à luz da mensagem de salvação que lhe foi confiada, é também uma mestra de humanidade e valoriza a oportunidade de oferecer assistência aos pais, aos educadores, aos comunicadores e aos jovens. Os seus programas paroquiais e escolares deveriam ocupar um lugar de vanguarda na educação aos mass media nos dias de hoje. Sobretudo, a Igreja deseja compartilhar uma visão da dignidade humana que é central para toda a comunicação humana digna. «Eu vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa» (Deus caritas est, 18).

Vaticano, 24 de Janeiro de 2007, festa de São Francisco de Sales.
BENTO XVI

Bispos aprovam Declaração "Fraternidade e Amazônia"


Na manhã desta terça-feira, 8, os bispos do Brasil, reunidos em Assembléia desde o dia 1° em Itaici, Indaiatuba (SP), aprovaram a Declaração Fraternidade de Amazônia – Vida e missão neste chão. A Declaração afirma que o episcopado brasileiro reunido em Assembléia “tem os olhos voltados para a Amazônia” e enumera as ações que a Igreja está fazendo em prol da região. “A Campanha da Fraternidade, promovida pela Igreja e proposta para toda a sociedade brasileira, interpelou a própria Igreja chamando-a a assumir com maior responsabilidade sua presença na Amazônia”, diz a Declaração.

A CNBB manifesta desejo de que o tema não saia de pauta. “Almeja-se, agora, que o tema Amazônia continue em pauta e a campanha tenha sido apenas o ponto de partida para a conscientização e sensibilização da Igreja e da sociedade brasileira toda em relação a esta região maravilhosa que Deus criou como lar para todos os povos, hoje, tão ameaçada de destruição e morte”.

Ao lembrar que “a história do episcopado brasileiro registra denúncias feitas pelos bispos da Amazônia em relação às situações de ameaças à vida”, a Declaração enumera várias dessas situações vigentes na Amazônia. Recorda os desafios, na região, à evangelização da Igreja, reconhece a vitalidade da Igreja e revela que “a Igreja na Amazônia precisa de uma colaboração sistemática, constante e permanente e da solidariedade da Igreja em todo o Brasil e no mundo para poder cumprir sua missão evangelizadora e ação pastoral e sustentar seus próprios projetos de formação de seminaristas e de agentes de pastoral”.

Fonte: Assessoria de Imprensa CNBB

Que o Ministério da Saúde esteja a serviço da vida e não da morte


Aborto. Esse foi um dos assuntos tratados na coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (8), durante a 45ª Assembléia Geral da CNBB. A declaração sobre aborto foi feita pelo bispo de Blumenau (SC) Dom Angélico Bernardino. Confira, na íntegra, o que foi dito à imprensa.

"A Igreja e todo homem e mulher de boa vontade estão na defesa da vida, porque a vida é sagrada. O primeiro ponto básico fundamental é que nós estamos realmente comprometidos com a vida, e a vida começa desde o primeiro instante da concepção. Então a criança é indefesa, é um ser que deve ser protegido, defendido na sua vida.
Nós não somos "contra isso e contra aquilo", nós somos a favor da vida.
Em segundo lugar, nós temos uma preocupação enorme pela saúde da mulher, – não somente no aspecto da sua saúde física –, mas na sua saúde psicológica e mental. Em terceiro lugar, se o recado é direto, eu gostaria realmente que o Ministério da Saúde estivesse a serviço da vida e não da morte.
Quando a gente vê, neste Brasil amado, a situação nocauteada em que está saúde pública, o acesso que as populações indefesas não têm à saúde, então, aí há um vasto campo de trabalho sobre o qual o ilustre Ministro da Saúde realmente seja Ministro da Saúde e não da morte. Isso é fundamental para nós.
Quando se trata da defesa da vida, nós precisamos ser proféticos, e cada vez mais conscientizar a população de que é preciso um saneamento global no aspecto econômico, no aspecto ético, no aspecto dos costumes.
Lança-se a juventude e a adolescência no sexo pelo sexo, numa irresponsabilidade muita vezes, e depois se quer falar a respeito do aborto como um capítulo quase que à parte.
Num contexto geral, o aborto direto, para nós, realmente, não tem cabimento porque é um atentado à vida. Que se cuide, e se cuide muito mais da saúde da mulher, mas que isso não seja feito à custa de um sacrifício de um ser indefeso que ela traz em seu seio."

Fonte: Canção Nova

Paróquia São Judas Tadeu mantém site com cursos

Na paróquia São Judas Tadeu, no Jabaquara (zona sul), a transmissão online das missas só não foi viabilizada ainda por questões financeiras. "Fizemos um orçamento e iria ficar mais de R$ 10 mil", contou o publicitário Sidnei Cunha, que cuida dos portais da Arquidiocese de São Paulo e do departamento de comunicação da igreja da zona sul.
No portal da paróquia --2.000 acessos semanais, em média--, é possível baixar vídeos sobre os trabalhos desenvolvidos pela igreja e um especial sobre a visita do papa ao Brasil. Também é promovido um curso de liturgia online, com a ajuda de apostilas.
O padre da paróquia defende a internet e as missas online no projeto de evangelização da CNBB. "Às vezes uma pessoa não pode sair de casa e gostaria de assistir a celebração em casa, para ouvir a palavra de Deus", disse o padre. "Aqui na igreja nós também temos jornal e estúdio de rádio."

Fonte: Folha Online

Cristãos fazem marcha contra o aborto em Brasília


Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defender o direito à assistência para mulheres que optam por interromper a gravidez, um grupo de católicos, evangélicos e religiosos de diversas denominações fizeram uma manifestação na tarde desta terça-feira (8) em Brasília contra o aborto.

A "Marcha contra o Aborto: Vida Sim, Aborto Não!" saiu da Catedral de Brasília, por volta das 15 horas, em direção ao Palácio do Planalto para entregar ao presidente Lula um documento contra o aborto, que não pode recebê-los. Às 17h30, os religiosos tiveram um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros e às 18h com o vice-presidente da República, José de Alencar. Cerca de duas mil pessoas participaram do ato.

Durante entrevista a quatro rádios católicas na última segunda-feira (7 de maio), no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que apesar de, pessoalmente, ser contrário ao aborto, é favorável a que o Estado dê assistência às mulheres que optem por interromper a gravidez.
Fonte: G1 / Foto: Reprodução TV Globo

07 maio 2007

CNBB lança livro "Sou católico - vivo a minha fé"

Como estímulo a proporcionar aos fiéis um conhecimento maior de sua fé, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançou essa segunda-feira o subsídio «Sou Católico – Vivo a minha Fé».
O texto, disponível nas livrarias católicas do país, explica de forma sintética e acessível os conteúdos básicos da fé católica.
É lançado em um momento especial para a Igreja no Brasil, que vive a expectativa da viagem do Papa ao país e da realização da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe.
O texto toca em temas como Revelação de Deus, verdade sobre Jesus Cristo, a Igreja, Liturgia, Sacramentos, a vida em Cristo, Oração.
Esclarece ainda dúvidas correntes a respeito da devoção à Virgem Maria, o culto dos santos, o perdão dos pecados, a Bíblia, entre outros pontos.
O livro é fruto do trabalho de 3 anos da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, da CNBB.
Ao contextualizar o lançamento do livro na expectativa da realização da Conferência de Aparecida, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (Minas Gerais, sudeste do Brasil) e presidente da Comissão para a Doutrina da Fé do episcopado brasileiro, disse que o texto situa-se «na preocupação central de fazer de todos discípulos e missionários de Jesus Cristo», tema da própria V Conferência.
«Esse é o desafio primeiro e maior da Igreja», enfatizou o arcebispo. O texto é fruto da preocupação evangelizadora da Igreja no Brasil e de proporcionar «a cada pessoa a oportunidade de crescer na sua experiência de fé e conseqüentemente de vivê-la com uma conseqüência no contexto social e político no qual se insere».
«Essa preocupação da V Conferência, pensando numa grande evangelização missionária na América Latina e no Caribe, é uma preocupação do contexto nosso do Brasil.»
Segundo Dom Walmor de Azevedo, «nós precisamos como Igreja dar a todos os católicos a oportunidade de melhor conhecer a sua fé, um conhecimento que supõe as verdades da fé, a doutrina que define essa fé, não apenas enquanto apropriação racional, intelectual, mas enquanto um conhecimento que venha produzir nas pessoas uma vivência coerente da fé professada».
«Cada católico pode, por meio deste livro, a partir de uma perspectiva de oração, de estudo e meditação, verificar se o seu conhecimento a respeito da fé que professa realmente está no seu coração, na sua mente, que queremos que se torne para todos os católicos algo que o acompanhe», disse o arcebispo.

Fonte: zenit.org

Visita do Papa ao Brasil


De 09 a 13 de maio, o papa Bento XVI estará realizando sua visita ao Brasil. Na ocasião, realizará a canonização de Frei Galvão, o primeiro santo nascido no país, além de encontrar-se com a juventude e abrir a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e Caribenho (CELAM), em Aparecida SP.
Toda a programação, os preparativos e as atividades do Santo Padre no Brasil estão sendo acompanhados e divulgados pelo Portal DEHON Brasil. Uma página especial na internet foi criada com o objetivo de oferecer informações e divulgar as mensagens do papa ao Brasil e à América Latina.
O trabalho está sendo realizado pelo Portal DEHON Brasil e a revista IR ao POVO.

Del 9 al 13 de mayo, el Papa Benedico XVI estará realizando su visita al Brasil. Durante este tiempo realizará la canonización de Fay Galvâo, el primer santo nacido en el país; también se encontrará con los jóvenes e inaugurará la 5ª Conferencia General del Episcopado Latino americano y del Caribe (CELAM), en Aparecida. SP.
Toda la programación, los preparativos y las actividades del Papa en Brasil están siendo acompañados y divulgados por el Portal Dehon Brasil. Una página especial en Internet fue creada con el objetivo de ofrecer información y divulgar los mensajes del Papa para Brasil y AL.
El trabajo está siendo realizado por el Portal Dehon Brasil y la revista IR ao POVO.

04 maio 2007

45ª AG: Dom Dimas Barbosa é o novo secretário-geral da CNBB


Dom Dimas Lara Barbosa é o novo secretário-geral da CNBB. Ele atualmente é bispo auxiliar na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ). Dom Dimas nasceu dia 1 de abril de 1956, em Boa Esperança (MG). Foi ordenado sacerdote no dia 3 de dezembro de 1988 na sua cidade natal. Foi nomeado bispo no dia 11 de junho de 2003 e ordenado dia 2 de agosto de 2003.
Fonte: Assessoria de Imprensa CNBB

03 maio 2007

45ª AG: Novo vice-presidente da CNBB é dom Luiz Vieira


O arcebispo de Manaus (AM), Dom Luiz Soares Vieira, é o novo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A eleição, por meio de urna eletrônica, aconteceu neste dia 03 de maio, durante a 45ª Assembléia Geral da entidade, em Indaiatuba (SP).

Fonte: Assessoria de Imprensa CNBB
Foto: Canção Nova

45ª AG:Dom Geraldo Lyrio Rocha é o novo presidente da CNBB

Com 92% dos votos do plenário, acabou de ser eleito pelos bispos reunidos em Itaici, o novo presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, recém-empossado arcebispo de Mariana (MG). Dom Geraldo é vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) e foi arcebispo de Vitória da Conquista (BA).Os bispos do Brasil estão na expectativa agora para a eleição do vice-presidente da CNBB, das comissões episcopais e do representante do Brasil junto ao CELAM. Novos resultados podem sair ainda hoje.Pela primeira vez na história das assembléias, a votação é com urna eletrônica.
A CNBB reúne-se desde a terça-feira, dia 1º, em Indaiatuba (SP) para a 45ª Assembléia Geral. As eleições na CNBB têm uma dinâmica muito própria, diferente do que ocorre em outras instâncias e organismos da sociedade civil. A grande motivação é a dimensão de serviço à Igreja e ao povo de Deus, que deve se realizar na perspectiva do Evangelho de Jesus.

Fonte: Assessoria de Imprensa CNBB
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45ª AG: CNBB homenageia Dom Luciano e Dom Ivo

Dom Luciano Mendes de Almeida e Dom José Ivo Lorscheiter, bispos falecidos após a última Assembléia Geral da CNBB, foram homenageados numa sessão solene na segunda-feira, dia 2, em Itaici, na cidade de Indaiatuba (SP). Os bispos presentes na 45ª assembléia relembraram a vida destes dois ex-presidentes da entidade. Após a abertura da sessão que recordou o legado desses ilustres pastores, foi exibido um vídeo com o tema "Pastores e profetas", um compacto dos 50 anos da CNBB.
Em seguida, o vice-presidente da CNBB, dom Antonio Celso de Queirós relatou sobre o significado de Dom Luciano e Dom Ivo para a Igreja do Brasil. O bispo falou da fidelidade desses pastores à Igreja e declarou: "Que o Senhor nos ajude a valorizar o legado desses irmãos e, sobretudo, o caminho que foram desbravando à nossa frente". Sobre a presença de Dom Luciano e Dom Ivo da Igreja e na sociedade, falou Francisco Whitaker, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz: "Coragem é o que tinham. Não tinham medo das conseqüências. E só se tem coragem quando se tem esperança".Testemunharam também Dom Hélio, bispo de Santa Maria (RS); o Coral do Arsenal da Esperança e o professor Cândido Mendes, irmão de Dom Luciano.A solenidade foi finalizada com a palavra do presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella Agnelo que agradeceu aos que se esmeraram para homenagear o legado desses homens que foram "pastores segundo o coração de Deus". "Eu vejo em Dom Luciano a personificação da humildade. Um homem de um conhecimento cultural respeitabilíssimo, mas de uma modéstia encantadora, muito simples. Ele não gostava de se tornar ponto de destaque absoluto, ele queria ser mesmo um bispo a serviço, com muito amor à Santa Igreja. É essa humildade que me encanta muito em Dom Luciano", declarou o bispo de Campos dos Goytacazes (RJ), Dom Roberto Bonnes.

Brasil: país negligente em segurança pública


Em São Paulo, em apenas nove dias de maio de 2006, por conta de confrontos entre policiais e membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, 493 pessoas morreram. No Rio de Janeiro, a taxa de homicídio continua violenta: mais de 6.000 mortes no ano passado, 1.000 delas derivadas de ações policiais. Estes são alguns dos pontos do relatório "Entre o ônibus em chamas e o Caveirão: em busca da segurança cidadã", divulgado hoje pela Anistia Internacional.
O relatório se concentra, sobretudo, nas ondas de violência ocorridas nestes dois estados. Em São Paulo, o documento cobre toda a ação desencadeada com a transferência dos presos, supostamente, membros da organização Primeiro Comando da Capital (PCC) que, em resposta à ação policial, iniciaram uma série de assassinatos contra policiais. O confronto atingiu centenas de civis, chamando a atenção da comunidade internacional.
De acordo com o relatório, fica claro que as formas encontradas pelo Estado para tratar da segurança de seus cidadãos e cidadãs é falha e precisa ser revista. Salienta que apesar de alguns projetos e programas que permitem a queda da crimininalidade em algumas regiões da cidade, alguns até com a participação da comunidade, o Estado precisa encontrar maneiras mais eficazes e menos violentas de tratar o tema.
"O caráter geral das medidas de segurança pública continua sendo violento e confrontador. Com o passar dos anos, os programas de segurança pública foram sendo alterados com pouca ou nenhuma coordenação em relação ao sistema de justiça criminal como um todo. A polícia continua sem recursos suficientes e é institucionalmente fragmentada. As violações dos direitos humanos continuam a estar por trás das várias estratégias usadas para combater o crime, estimulando ainda mais a violência", afirma o relatório.
Já no Rio de Janeiro, além da falta de segurança pública e os embates entre as diversas facções que povoam as favelas da cidade, em 2006 um outro elemento veio à tona para aumentar a taxa de homicídios: as milícias armadas, que iniciaram uma competição pelo controle das favelas, preenchendo uma lacuna deixada pela incompetência do Estado.
Outro fator relevante foi a corrupção dentro da própria Polícia do Rio de Janeiro. Para citar apenas um exemplo, em dezembro de 2006, policiais federais detiveram 78 policiais (um civil e os outros militares) por envolvimento com tráfico de drogas e operações ilegais de jogo.
A Anistia Internacional repete o apelo feito no último relatório, em 2005 ("Eles entram atirando: Policiamento de comunidades socialmente excluídas"), em que pede que o governo adote um Plano de Ação Nacional para reduzir e prevenir a violência policial e criminal.
Entre algumas recomendações, a organização sugere três itens: a introdução de um policiamento baseado nos direitos humanos, que inclui vários itens, desde código de ética a códigos de conduta da Onu; um programa combinado para reduzir e prevenir os homicídios policiais; Reforma penitenciária com o objetivo de garantir a segurança de guardas prisionais e detentos

O relatório "Brasil: Entre o ônibus em chamas e o caveirão: em busca da segurança cidadã", estará disponível em: http://web.amnesty.org/library/Index/ENGAMR190102007


Fonte: Adital