08 maio 2007

Que o Ministério da Saúde esteja a serviço da vida e não da morte


Aborto. Esse foi um dos assuntos tratados na coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (8), durante a 45ª Assembléia Geral da CNBB. A declaração sobre aborto foi feita pelo bispo de Blumenau (SC) Dom Angélico Bernardino. Confira, na íntegra, o que foi dito à imprensa.

"A Igreja e todo homem e mulher de boa vontade estão na defesa da vida, porque a vida é sagrada. O primeiro ponto básico fundamental é que nós estamos realmente comprometidos com a vida, e a vida começa desde o primeiro instante da concepção. Então a criança é indefesa, é um ser que deve ser protegido, defendido na sua vida.
Nós não somos "contra isso e contra aquilo", nós somos a favor da vida.
Em segundo lugar, nós temos uma preocupação enorme pela saúde da mulher, – não somente no aspecto da sua saúde física –, mas na sua saúde psicológica e mental. Em terceiro lugar, se o recado é direto, eu gostaria realmente que o Ministério da Saúde estivesse a serviço da vida e não da morte.
Quando a gente vê, neste Brasil amado, a situação nocauteada em que está saúde pública, o acesso que as populações indefesas não têm à saúde, então, aí há um vasto campo de trabalho sobre o qual o ilustre Ministro da Saúde realmente seja Ministro da Saúde e não da morte. Isso é fundamental para nós.
Quando se trata da defesa da vida, nós precisamos ser proféticos, e cada vez mais conscientizar a população de que é preciso um saneamento global no aspecto econômico, no aspecto ético, no aspecto dos costumes.
Lança-se a juventude e a adolescência no sexo pelo sexo, numa irresponsabilidade muita vezes, e depois se quer falar a respeito do aborto como um capítulo quase que à parte.
Num contexto geral, o aborto direto, para nós, realmente, não tem cabimento porque é um atentado à vida. Que se cuide, e se cuide muito mais da saúde da mulher, mas que isso não seja feito à custa de um sacrifício de um ser indefeso que ela traz em seu seio."

Fonte: Canção Nova

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