13 dezembro 2010

Padre Osnildo em visita ao Santuário SCJ - Joinville


O Pe. Osnildo Carlos Klan, scj aproveitou suas férias no Brasil para visitar seus confrades e amigos do Santuário Sagrado Coração de Jesus.
No país desde o dia 28 de setembro, Pe. Osnildo afirma que passar por Joinville é algo natural para quem deseja visitar os padres da Congregação, por causa da sua localização geográfica privilegiada e pela ótima acolhida de todos. “O Santuário é um ponto de referência. Sempre que passo por aqui me sinto bem”, declara.
O sacerdote é missionário na República Democrática do Congo (que anos atrás era chamado Congo Belga ou ainda Zaire), na África Central, há quatro anos.
Entre as atividades realizadas pelo padre dehoniano na cidade de Butembo está a formação de novos sacerdotes da Congregação. Segundo Pe. Osnildo, a África está oferecendo à Igreja muitas formações, mesmo com os desafios e dificuldades sociais e políticas enfrentadas pela sua população.
O sacerdote volta ao continente africano dia 14 de dezembro e espera ansioso passar o Natal entre amados irmãos de lá.

Texto: Agência Dominus

10 dezembro 2010

Mensagem de Natal do superior geral - Roma

Roma, 10 dezembro de 2010


Mensagem para o Natal

O Verbo Divino se fez carne




Caros confrades e amigos da família dehoniana,

Sentimos o desejo de comungar com todos vocês, por ocasião do Natal e, juntos, recordar acontecimentos e momentos que ao longo deste ano nos ajudaram a fazer experiência da Palavra que se fez carne nosso cotidiano.


Palavras verdadeiras

Na carta enviada por ocasião da festa do S. Coração, referimo-nos ao dom maior de p. Dehon: “Deixo-vos o mais maravilhoso dos tesouros, o Coração de Jesus” (Cfr. Testamento Espiritual). Esta indicação é mais do que uma simples e piedosa recomendação, é o centro da sua experiência pessoal que o levou também à fundação da Congregação. Falar do coração não significa indicar um setor ou uma parte da pessoa, mas a globalidade do seu ser, a sua interioridade em oposição àquilo que é superficial. O coração de alguém é o seu segredo profundo que se conhece somente na medida em que a pessoa mesma se revela e entra em comunicação com outras.
A herança que p. Dehon decidiu partilhar conosco é a sua experiência do Amor de Deus testemunhada em Jesus. Jesus mesmo é o dom. A mesma carta enviada a todos vocês por ocasião do dia 14 de março, dia do nascimento de p. Dehon, com um etilo mais narrativo e experiencial, deu-nos a possibilidade de aproximar uma vez mais a figura do fundador e de colher aquilo que o motivou e sustentou ao longo de toda a vida, a sua experiência de fé.


Encarnadas por Jesus Cristo

Falando do Sagrado Coração, p. Dehon quer convidar-nos a lançar o olhar sobre a humanidade de Jesus, como Verbo feito carne que habitou entre nós (Jo. 1,14). Nos seus gestos, pode-se contemplar a solicitude de Deus para com a humanidade. Ele mostra sua proximidade a toda pessoa, independentemente da raça, cultura ou condição social. É a partir dessa sua humanidade, como Emanuel (Deus conosco), que Jesus se torna, ao mesmo tempo, revelação do amor de Deus e modelo a ser imitado, caminho possível para todo homem e mulher neste mundo.


Colocadas no nosso programa

A carta programática, preparada no início deste sessênio que quer ser um instrumento para coordenar as nossas ações foi enviada às diversas comunidades e apresentada nas visitas que os membros do governo geral fizeram, neste ano, à Congregação, particularmente à Ásia e a alguns países da Europa. Essa tem como princípio inspirador a centralidade de Cristo e a experiência que fazemos dele e testemunhamos na nossa vida comunitária e apostólica. As muitas iniciativas ali propostas têm três elementos transversais que consideramos prioritárias e que devem ser desenvolvidas para o crescimento da Congregação: a espiritualidade, a formação e a internacionalidade. Não se trata de três atividades e nem sequer de campos de empenho apostólico, mas de atenção a considerar e cultivar em toda programação e iniciativa.


Encontradas na vida cotidiana

A Palavra que fez carne ilumina o nosso caminho feito de pequenos passos e de respostas adequadas que somos chamados a dar a tantos desafios, problemas e situações que cruzam o nosso caminho até mesmo institucional. No encontro dos superiores maiores ocorrido no mês de outubro destacamos algumas, por exemplo, o problema do envelhecimento em algumas entidades, o sustento também econômico para a formação nas realidades mais jovens, a função do superior na animação e orientação das comunidades e a questão espinhosa dos abusos sexuais. Temas abertos que merecem ser estudados, enfrentados e acompanhados para que o nosso testemunho seja eficaz.


Tornadas “boa notícia” para quem necessita

O que nos é dado contemplar no Natal, é que Jesus não é somente o melhor ser humano, mas é o homem novo na plenitude do Espírito, o Filho de Deus. Não é o simples resultado de um aperfeiçoamento do ser humano, mas uma intervenção radicalmente nova de Deus, que inicia uma nova humanidade infundindo o seu Espírito. Boa notícia para as mulheres e para os homens em caminho, na história, a respeito das interrogações mais profundas referentes ao nosso viver, amar, relacionar-nos, empenhar-nos. “Boa notícia” que constantemente coloca em relação materialidade e espiritualidade, história e transcendência.


Enriquecidas pela alegria dos acontecimentos

Estamos a caminho, e sempre em busca do Deus “escondido”, de Jesus de Nazaré encontrado e sempre a ser encontrado novamente. É um percurso que muitos, na Congregação, estão fazendo, por isso dizemos obrigado. Estamos contentes pelos que fizeram a primeira profissão, neste ano, e pelos foram ordenados presbíteros. A todos vocês. Por todos vocês e particularmente por todos que celebraram o jubileu da primeira profissão e da ordenação sacerdotal, agradecemos o Senhor. Muito obrigado pelo serviço desenvolvido, por tantos anos, em favor daqueles que têm necessidade da nossa presença. Junto a esses felizes acontecimentos, recordamos a nomeação do novo bispo dehoniano, o nosso confrade brasileiro Vilsom Basso. A sua disponibilidade para ser pastor de uma igreja local, é um modo concreto de realizar. Nós o acompanharemos com a oração e, com ele, todos aqueles confrades que foram chamados a servir mais diretamente uma parte da igreja através do ministério episcopal.
Olhamos com esperança para as iniciativas que estão dando os primeiros passos: Paraguai e Ciad. Acompanhamos com confiança o desenvolvimento da presença no Vietnam. Tudo requer atenção formativa, capacidade de investir na preparação de pessoas abertas e capazes de fazer a congregação caminhar nos novos contextos. Sinal de esperança é a reflexão e o aprofundamento que faz nos diversos continentes: o convênio sobre a “Missio Cordis” na America Latina, a preparação das conferências continentais, o curso para formadores que está acontecendo em Roma.


Tornadas verdadeiras por quem as consumou

A lembrança de família vai a todos os que já estão na casa do pai, anciãos e mais jovens. Muitas entidades foram visitadas por este acontecimento. Deixaram-nos familiares, amigos e confrades, cada um de nós tem em quem pensar. Queremos recordar p. Augustinho Ihwe Litindi, jovem sacerdote da província do Congo, morto nesta comunidade de Roma. É o primeiro africano sepultado no túmulo que, nessa cidade, recebe os restos mortais de alguns dos nossos superiores gerais, expressão de uma internacionalidade e missionariedade que se manifesta também neste sinal.


Sustentadas pela solidariedade

Queremos, enfim, fazer nossa a atenção de Deus que escuta o grito, os gemidos, os silêncios das pessoas e dos povos empobrecidos, feridos, oprimidos e desfrutados. Ele assume com sua a condição deles, fazendo-se presente como o Deus da libertação e da vida. Constantemente encoraja, sustenta e acompanha as exigências de dignidade, de justiça e de igualdade
Esta atitude de Deus tornado visível e palpável em Jesus, convida-nos, insistentemente, a fazer o mesmo. Neste ano, foi bela e verdadeira a resposta que procuramos dar com gestos de solidariedade às populações provadas por calamidades naturais: Haiti, Chile, Madeira, Indonésia. Tantas outras pequenas atenções, porém, não foram menos importantes.


Marcadas pela invocação

Mais uma vez lembramo-nos de um Deus que, fazendo-se criança, nasceu para todos. Cristo Jesus continua vindo. Vem lá onde floresce uma humanidade silenciosa e desolada, lá onde se morre e se excluem os mais fracos, e onde é grande a injustiça social. Vem entre nós, nas nossas comunidades, na família dehoniana. Vem procurar-nos e consolar-nos para tornar o nosso caminho ainda mais pleno e rico de esperança. Ilumina as entidades e os acontecimentos continentais que celebraremos no próximo ano, para que a nossa resposta seja sempre mais próxima àquilo que tu queres e, no encontro conosco, muitos irmãos e irmãs possam fazer a experiência de Ti que és Deus entre nós, “Palavra feita carne”.


A cada um de vocês o desejo de um Santo Natal e de um 2011 rico de bênçãos.


Pe. José Ornelas Carvalho, scj
Superior Geral
e o seu Conselho

06 dezembro 2010

Mensagem de Natal do superior provincial - BC

São Paulo, 02 de dezembro de 2010

Estimados Confrades,
Advento, Natal, Novo Ano...

Advento
Vivemos, uma vez mais, o tempo benéfico e propício do Advento. Na verdade, celebramos triplo Advento: o Advento primeiro, quando o Senhor veio à terra, partilhar nossa história, revestido de frágil humanidade; o Advento derradeiro, quando o Senhor virá com o céu, em sua glória, com toda majestade; o Advento terceiro, quando o Senhor, a cada hora vem, na discrição da cotidianidade. Inspiramo-nos na chegada primeira, aguardamos a derradeira e vivenciamos a terceira.
O Advento, porém, é tempo relativo e aponta para o Natal. Planta-se árvore frutífera para saborear seus frutos, constrói-se casa para nela habitar. O cultivo da Árvore do Advento, pois, nos prepare e leve a saborear os frutos do Natal; a Casa do Advento, portanto, nos seja moradia para nela acolher o Senhor de nosso viver. Seja-nos, efetivamente, tempo favorável e dia da salvação (cf. 2Cor 6,2).

Natal
O Natal está às portas, com as características de inevitabilidade e, ao mesmo tempo, imprevisibilidade. Com certeza, será o que Deus dele para nós quer: é graça e oferta, proposta e dom; dependerá, também, do que a gente com ele fizer: é tarefa e acolhida, resposta e missão.
Notáveis, a mistagogia espiritual, o itinerário vivencial e a pedagogia existencial que a liturgia natalina nos propõe... Os textos bíblicos da encarnação exemplificam a mais genuína “inculturação”: para os judeus, representados pelos pastores, a proclamação é feita por anjos, como ao judaísmo vai bem; para os pagãos, representados pelos magos, o anúncio é feito pela estrela, como à gentilidade convém. Uns e outros, apesar da noite escura e da vida dura ou apesar do Herodes cruel e da Jerusalém infiel, chegam a Belém e encontram “o Menino, com Maria, sua mãe” (Mt 2,10).
“Gloria Dei vivens homo” (Irineu, Adversus Haereses, IV. xx. 7), interpretou bem Irineu. Deus é glorificado quando o humano está realizado e com ele todo o universo sintonizado. Por isso, anjos e homens, judeus e pagãos, pobres e ricos, animais e plantas, estrelas e minerais, todos são incluídos na sinfonia cósmica da libertação que já é salvação. Nem é necessária muita fantasia para daí desbordar as consequências teológicas e antropológicas, sociológicas e ecológicas, políticas e éticas do nosso testemunho religioso e ministério presbiteral, para glória de Deus, em favor dos filhos e filhas seus.

Novo Ano
Não tenho dificuldades para entender o desafio, e até mesmo o sacrifício, que significa para alguns confrades trocar de comunidade, paróquia e atividade. Para outros, o sofrimento consiste exatamente no fato de serem solicitados a continuar onde estão, com quem estão e no que estão.
Ouso pedir a que pensemos no motivo que nos faz estar em certo lugar e em determinada missão. É por causa do Senhor e das pessoas (como Igreja e na Igreja, responsáveis e servidores, não patrões e dominadores). Estes são os pólos absolutos. A eles somos relativos tanto na comunhão quanto na missão: enviados por Deus e enviados para as pessoas. Se absolutamente relativos como lideranças, enquanto pessoas do Povo de Deus somos também incluídos no absoluto de beneficiários da bênção que somos e levamos.
Logo, bem mais do que os caprichos e os costumes, as rubricas e as normas, os individuais saberes e sabores, as pessoas (incluídos nós) é que contam em primeiro lugar. É a Palavra de Deus na escritura e a Palavra de Deus na vida a ensiná-lo. Antes de sermos portadores da Palavra, somos por ela formados e conduzidos, impulsionados e munidos. “Por um lado, é necessária a Palavra que comunique aquilo que o próprio Senhor nos disse; por outro, é indispensável dar, com o testemunho, credibilidade a esta Palavra... como uma realidade que se pode viver e que faz viver” (Bento XVI, Verbum Domini 97).
Valho-me da ocasião para agradecer a cada qual pelo seu trabalho evangelizador, quer na palavra anunciada quer na vida testemunhada. Faço-me eco de vozes tantas, de tantos e tantas, a contar da disponibilidade e da generosidade de vocês.

A todos (Confrades, Companhia Missionária, Leigos Deonianos, Jovens da MDJ, Comunidades Paroquiais, Amigos e Amigas), em nome do Conselho Provincial e da Comunidade do Provincialado, votos de Advento bem vivenciado, Natal Feliz e Novo Ano abençoado, com o Senhor que veio e virá e conosco já está!

P. Mariano Weizenmann,scj.

02 dezembro 2010

Mensagem de Natal do Superior provincial BM

Amados filhos,

Ao refletir e escrever esta mensagem sobre as festividades que se aproximam tenho bem presente todas as preocupações de um final de ano em nossas paróquias, casas de formação e escolas. É tempo de avaliação, programação, celebrações de encerramento e confraternizações. Os acontecimentos parecem querer nos atropelar. É a frenesi do findar de mais um ano. Como se não bastasse o agito normal deste período, outras mudanças se somam a tudo isto, seja por força da caminhada vocacional, seja pelas necessidades da província. É por esta época que acontecem as transferências, esperadas por uns, imprescindíveis para outros, quiçá até um pouco difíceis, mas quando acolhidas na obediência e oblação, nos levam a fazer a vontade de Deus. Em tudo isto existe o apelo à conversão da mente e do coração, próprio do advento, tempo de escuta, aprendizado e acolhida do Novo.

Para nós, religiosos dehonianos, é oportuno refletir sobre a nossa caminhada como religiosos e sacerdotes. Aproveitemos o apelo à conversão e mudanças de vida, para aprofundar nossa conversão pessoal e pastoral. A nossa vida aqui não é definitiva. Somos peregrinos rumo à terra prometida, paraíso de nossos sonhos. Mudar nos permite desinstalar, rever a caminhada, desfazer-se de coisas supérfluas, às quais nos apegamos desnecessariamente, impedindo-nos de avançar com mais leveza, no caminho da santidade. Ao mesmo tempo em que deixamos pra trás tantas coisas, crescemos na medida do Cristo, configurando-nos mais a Ele, que soube pronunciar o seu “ecce venio” para a salvação de todos. Pelo Seu “sim” e fidelidade o nosso “sim” tornou-se possível.

Por outro lado, uma vida mais sóbria e coerente nos permite recuperar o profetismo, tão próprio da vida consagrada. Por ações e palavras o profeta anuncia um mundo novo. Ao mesmo tempo em que denuncia a injustiça e tudo o que impede a sua realização, faz nascer a esperança em dias melhores. Portanto, advento é ocasião para rever o nosso compromisso com os mais pequenos e os injustiçados, razão de nossa consagração e ministério sacerdotal. Advento, enfim, é uma grande oportunidade de retomar nossa vida cristã e de consagrados. Aceitando este desafio e vivendo bem o advento, estaremos preparados para saborear as delícias do Natal do Senhor.
Natal será o novo que vem como bálsamo para curar os nossos males e feridas. Natal será como a chuva que vem devolver fecundidade aos nossos atos. Natal, sim, será celebrar a memória do nascimento do Salvador e permitir que este mistério inunda todo o nosso ser. Natal será celebrar a vida, generosa, abundante, fecunda, alegre. Uma alegria que nasce da vida nova em Cristo.
Então será verdadeiramente, Natal!

É minha prece e desejo mais profundo que a alegria do Menino Deus brote no coração de todos. Que a paz reine em cada um e nas comunidades religiosas e paroquiais. Que juntos cantemos um cântico novo, de alegria, vida e esperança.

“É Deus que me salva; posso viver confiante e sem medo, porque o Senhor é a razão da minha força e do meu canto, ele se fez o meu Salvador” (Is 12,2)

Feliz Natal e um Ano Novo abençoado.
Pe. Léo Heck, scj – Superior Provincial

30 novembro 2010

Superior geral se encontra com papa Bento XVI


No dia 26 de novembro, o Papa Bento XVI recebeu em audiência os participantes da Assembeia da União dos Superiores Gerais (USG), onde se faziam presentes representantes da União Internacional dos Superiores Gerais (UISG). Ao final da audiência, o papa saudou os membros do comitê diretivo da USG, incluindo o pe. José Ornelas de Carvalho, superior geral dos padres dehonianos.

El día 26 de noviembre el Papa Benedicto XVI ha recibido en Audiencia a los participantes en la Asamblea de la Unión de Superiores Generales (USG), así como a una representación de la Unión Internacional de Superioras Generales (UISG). Al final de la Audiencia el Papa ha saludado a los miembros del Comité Directivo de la USG, entre los que se encuentra el P. José Ornelas Carvalho, Superior General de los Dehonianos.

29 novembro 2010

'O homem se mede por aquilo que espera', diz Papa


A espera é uma dimensão que atravessa toda existência do ser humano, sendo que este se mede por sua esperança e pelas coisas que aguarda.

O Papa Bento XVI dedicou a oração do Angelus deste domingo (28), com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, ao tema da espera e da esperança, no contexto do primeiro domingo do
Advento.

“A espera, o aguardar, é uma dimensão que atravessa toda a nossa existência pessoal, familiar e social. A espera é presente em milhares de situações, das menores e mais banais às mais importantes, que nos comprometem totalmente e no profundo”, disse o pontífice.

Bento XVI citou exemplos de momentos marcantes nesse sentido, como a espera dos pais pelo filho, a espera de um jovem pelo êxito em um exame decisivo ou em uma entrevista de trabalho; nas relações afetivas, a espera do encontro com a pessoa amada, da resposta a uma carta, ou da acolhida de um pedido de perdão.

Segundo o papa, “pode-se dizer que o homem está vivo enquanto espera, enquanto em seu coração é viva a esperança. E por sua esperança o homem se reconhece: a nossa ‘estatura’ moral e espiritual se pode medir por aquilo que esperamos, por aquilo em que temos esperança”.

Neste tempo que prepara o Natal, o papa convidou cada pessoa a se perguntar aquilo que espera. “O que, neste momento de minha vida, clama em meu coração?”, sugeriu que se pergunte o papa, mas, não só no âmbito individual, também no coletivo, o que se espera enquanto comunidade.

O papa indicou que se aprenda de Maria, “Mulher do Advento, a viver o dia a dia com um espírito novo, com o sentimento de uma espera profunda, que só a vinda de Deus pode preencher”.

Fonte: Zenit/Redação A12

23 novembro 2010

O papa e a camisinha. O que disse Bento 16, o que ele não disse e o que ele sempre disse


“Concentrar-se apenas no preservativo equivale a banalizar a sexualidade, e é justamente esta banalização o motivo de tantas pessoas não enxergarem na sexualidade uma expressão do amor, e sim uma espécie de droga, que aplicam a si mesmas.”

“Pode haver certos casos em que o uso do preservativo se justifique, por exemplo, quando uma prostituta usa um profilático. Este pode ser o primeiro passo no sentido de uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade, consciente de que nem tudo está perdido e não se pode fazer tudo aquilo que se deseja.

As duas falas acima são do papa Bento 16 em entrevista ao escritor alemão Peter Seewald. O encontro deu origem a um livro: “A Luz do Mundo, O Papa, A Igreja e Os Sinais dos Tempos - Uma Conversa com Bento XVI”. O trecho sobre o uso da camisinha ganhou as manchetes do mundo inteiro porque seria a) uma mudança de postura da Igreja; b) um avanço que contribuiria para combater a disseminação da Aids.

Incrível! De algum modo, as duas leituras revelam má consciência em relação ao pensamento da Igreja. Cuidemos da suposta mudança de opinião do papa. Não aconteceu. Segue a mesma no que concerne à sexualidade, e não há hipótese, nem agora nem depois, de o chefe da Igreja “liberar” o uso da camisinha porque não lhe cabe. Ele não é autoridade em saúde pública ou membro de algum comitê de controle da natalidade. É o líder espiritual de uma Igreja e uma referência moral.

Ocorre que todo católico — sejamos mais amplos: todo cristão —, confrontado com o inevitável, tem um compromisso com o mal menor, SEM, NO ENTANTO, JAMAIS ABRIR MÃO, COMO FAZ O PAPA, DE DEFENDER O PRINCÍPIO E DENUNCIAR O DESVIO. Convenham: dada a situação concreta, esperavam que o papa dissesse o quê?

Disseminação da Aids
Vamos ao segundo aspecto: aquela que seria uma nova opinião da Igreja Católica contribuiria para diminuir a disseminação da doença. Isso só seria verdade caso se admitisse como fato que a suposta posição anterior contribuiria para espalhá-la. Igreja Católica não é sexshop, e o papa não é instrutor de assuntos ligados ao baixo ventre. O uso da camisinha é um aspecto de uma doutrina maior que diz respeito ao amor e à sexualidade. Pode-se achar errado, contraproducente ou irrealista o pensamento da Igreja, mas não se deve tomar a parte pelo todo. É estúpido afirmar que a Igreja “é contra a camisinha”; esta é tomada apenas como um sinal do que ela considera a banalização do sexo. Mas ainda não se chegou ao essencial.

A camisinha é condenada como a evidência material de uma decisão que é de natureza moral. Para a Igreja, se há uma relação sexual amorosa, entre cônjuges, que convivem num clima de fidelidade e confiança, o preservativo não se explica. “Ah, mas isso também é polêmico!” Pode até ser, mas a polêmica é outra. É estúpido afirmar que a opinião da Igreja sobre a camisinha contribui para disseminar a Aids pela simples e óbvia razão de que, seguidas as suas recomendações, a transmissão do vírus pela via sexual seria zero. O que não é aceitável é que os indivíduos se esqueçam da Igreja ao ignorar a castidade antes do casamento e a fidelidade no matrimônio para argumentar que seguiram a sua recomendação só na hora de evitar a camisinha. Essa falácia lógica é repetida mundo afora por inimigos da Igreja e comprada pelo jornalismo sem questionamento.

Aids e África
Organizações ligadas ao combate à Aids na África saudaram a “mudança de opinião”. Huuummm… Curioso! Em muitos países do continente, a contaminação chega a atingir até 40% da população. Em Uganda, caiu para 7% — índice ainda escandaloso caso se considere a realidade mundial. E qual é a particularidade desse país? Um forte programa oficial que prega abstenção sexual aos solteiros e fidelidade aos casados. A camisinha é apenas o terceiro elemento na pregação oficial. Em suma, Uganda exerce aquela que seria, caso se lhe coubesse tal papel, o programa do Papa de combate à Aids. E o efeito é positivo. Contra os fatos e contra os números, a Human Rights Watch afirma que a política ungandense atenta contra os direitos humanos…

Edward Green é uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da AIDS. Ele é diretor do Projeto de Investigação e Prevenção da AIDS (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento de Harvard. O que ele diz? O PAPA ESTÁ CERTO. AS EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS CONFIRMAM O QUE DIZ SUA SANTIDADE. Ora, como pode o papa estar certo?Em entrevistasa concedidas no ano passado aos sites National Review Online (NRO) e Ilsussidiario.net, Green afirma que as evidências que existem apontam que a distribuição em massa de camisinha não é eficiente para reduzir a contaminação na África. Na verdade, ao NRO, ele afirmou que não havia uma relação consistente entre tal política e a diminuição da contaminação. Ao Ilsuodiario, ele fala como cientista, como estudioso, não como religioso: “O que nós vemos de fato é uma associação entre o crescimento do uso da camisinha e um aumento da AIDS. Não sabemos todas as razões. Em parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos ‘risco compensação” - literalmente, nas palavras dele ao NRO: “Quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, freqüentemente perde o benefício (dessa redução) correndo mais riscos do que aquele que não a usa”.

O papa, em última instância, está afirmando o óbvio: se o indivíduo DECIDIU ter uma relação de risco, é claro que ele deve se proteger. A Igreja não atua nessa área. Seu papel é buscar interferir nos mecanismos que o levam àquela decisão.

Por Reinaldo Azevedo
do site da revista Veja (22/11/2010) - http://migre.me/2qwKk

09 novembro 2010

Lançado o Hino da Jornada Mundial da Juventude 2011


O hino da Jornada Mundial da Juventude, um dos símbolos mais característicos e marca sonora do evento, foi lançado na segunda-feira, 8, véspera da Festa da Virgem de Almudena, padroeira de Madri.

O título da música é Firmes en la fe (Firmes na fé, livre tradução). A interpretação ficou a cargo da Joven Orquesta de la Comunidad de Madrid (JORCAM, Orquestra Jovem de Madri, livre tradução) e do coro da Escolanía de El Escorial. Os dois grupos também participaram da gravação do hino, que será distribuído em CD a partir do próximo dia 19.

O hino foi gravado em três versões: uma litúrgica, outra instrumental para grandes coros, e uma versão popular com acompanhamento de guitarra. Um vídeo musical do hino, em versão multilíngue, será distribuído mais adiante.

Ouça:

Fonte: Canção Nova Notícias

31 outubro 2010

Dilma Rousseff é eleita presidente da República


Dilma Rousseff (PT) será a primeira mulher a governar o poder Executivo no Brasil. A candidata eleita, obteve cerca de 56% dos votos. José Serra (PSDB) obteve aproximadamente 44% dos votos.

Os votos válidos somam 99.034.640, equivalente a 93,3%. Os votos brancos somam 2,31% e nulos 4,40%. Devido ao feriado prolongado, muitos eleitores deixaram de votar neste segundo turno. Até o momento a abstenção registrada é de 21,45%.

Dilma Rousseff

Nasceu atualmente em Belo Horizonte (MG) e tem atualmente com 62 anos. É filha do búlgaro Pétar Rousseff, naturalizado brasileiro como Pedro Rousseff e da brasileira Dilma Silva. A candidata casou-se duas vezes. O segundo casamento aconteceu em 1969, com o advogado Carlos de Araújo, com quem teve sua única filha, Paula.

Trajetória política

Formada em economia, ocupou os cargos de secretária da Fazenda da prefeitura de Porto Alegre (RS). Presidente da Fundação de Economia e Estatística do estado do Rio Grande do Sul e secretária de Estado de Energia, Minas e Comunicações, no mesmo estado, em dois governos: Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT). Em 2003, assumiu o Ministério de Minas e Energia e, em 2005, ocupou o cargo de ministra-chefe da Casa Civil.

30 outubro 2010

Cartaz da Campanha da Fraternidade 2011 da CNBB


O cartaz escolhido para 2011 concorreu com outros 56 e foi idealizado por um grupo de seis estudantes do 5º período da Faculdade de Publicidade da PUC-Campinas. "A peça explora toda a poluição produzida pelo homem e a natureza em busca da sobrevivência" contou João Gabriel Pinheiro, um dos alunos do grupo.

A próxima Campanha da Fraternidade abordará o tema "Fraternidade e vida no planeta". O lema é “A criação geme em dores de parto”. E a escolha foi feita mediante concurso promovido pelo Setor de Comunicação Social da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A imagem divulgada pode sofrer pequenas alterações e adaptações >> ver Cartaz oficial da Campanha da Fraternidade 2011

28 outubro 2010

Papa diz a bispos brasileiros que eles devem emitir juízos morais na política


O Papa Bento XVI afirmou nesta quinta-feira (28), em discurso a religiosos brasileiros no Vaticano, que os bispos têm o dever de emitir juízos morais, mesmo em matérias políticas.
O papa não se referiu diretamente ao segundo turno da eleição presidencial brasileira, marcado para este domingo, e no qual a discussão sobre o aborto foi levantada, com participação das igrejas.
Segundo a Rádio Vaticano, Bento XVI afirmou que é dever dos fiéis leigos trabalharem por uma ordem social justa e como cidadãos livres e responsáveis, se empenharem para contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural.
Ao continuar a argumentação, Bento XVI citou o aborto e a eutanásia.
“Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até a morte natural", disse.

"Além disso, no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases", disse.
"Portanto, caros irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo", disse.

O papa também afirmou que, para ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, "é necessária uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja".
Bento XVI também apelou pela educação religiosa no âmbito do Estado.
"Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história", disse.

O Papa Bento XVI recebeu nesta manhã, 28 de outubro, em audiência no Vaticano o grupo de bispos do Regional Nordeste 5 da CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.


Leia abaixo a íntegra do discurso de Bento XVI:

"Amados Irmãos no Episcopado,
«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2).

Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).

Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).

Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.

Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão.

A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica."

18 outubro 2010

Carta do Papa Bento XVI aos seminaristas

Queridos Seminaristas,

Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. Eu sabia que esta «nova Alemanha» estava já no fim e que, depois das enormes devastações causadas por aquela loucura no país, mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes. Hoje, a situação é completamente diversa; porém de vários modos, mesmo em nossos dias, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma «profissão» do futuro, antes pertenceria já ao passado. Contrariando tais objecções e opiniões, vós, queridos amigos, decidistes-vos a entrar no Seminário, encaminhando-vos assim para o ministério sacerdotal na Igreja Católica. E fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados». Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.

O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal. Nestas palavras, disse já algo de muito importante: uma pessoa não se torna sacerdote, sozinha. É necessária a «comunidade dos discípulos», o conjunto daqueles que querem servir a Igreja de todos. Com esta carta, quero evidenciar – olhando retrospectivamente também para o meu tempo de Seminário – alguns elementos importantes para o vosso caminho a fazer nestes anos.

1. Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus», como o apresenta São Paulo (1 Tm 6, 11). Para nós, Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do «big-bang». Deus mostrou-Se em Jesus Cristo. No rosto de Jesus Cristo, vemos o rosto de Deus. Nas suas palavras, ouvimos o próprio Deus a falar connosco. Por isso, o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e ao longo de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo. O sacerdote não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si. Por isso, queridos amigos, é muito importante aprenderdes a viver em permanente contacto com Deus. Quando o Senhor fala de «orar sempre», naturalmente não pede para estarmos continuamente a rezar por palavras, mas para conservarmos sempre o contacto interior com Deus. Exercitar-se neste contacto é o sentido da nossa oração. Por isso, é importante que o dia comece e acabe com a oração; que escutemos Deus na leitura da Sagrada Escritura; que Lhe digamos os nossos desejos e as nossas esperanças, as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos erros e o nosso agradecimento por cada coisa bela e boa, e que deste modo sempre O tenhamos diante dos nossos olhos como ponto de referência da nossa vida. Assim tornamo-nos sensíveis aos nossos erros e aprendemos a trabalhar para nos melhorarmos; mas tornamo-nos sensíveis também a tudo o que de belo e bom recebemos habitualmente cada dia, e assim cresce a gratidão. E, com a gratidão, cresce a alegria pelo facto de que Deus está perto de nós e podemos servi-Lo.

2. Para nós, Deus não é só uma palavra. Nos sacramentos, dá-Se pessoalmente a nós, através de elementos corporais. O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas. Para além do mais, São Cipriano interpretou a súplica do Evangelho «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», dizendo que o pão «nosso», que, como cristãos, podemos receber na Igreja, é precisamente Jesus eucarístico. Por conseguinte, na referida súplica do Pai Nosso, pedimos que Ele nos conceda cada dia este pão «nosso»; que o mesmo seja sempre o alimento da nossa vida, que Cristo ressuscitado, que Se nos dá na Eucaristia, plasme verdadeiramente toda a nossa vida com o esplendor do seu amor divino. Para uma recta celebração eucarística, é necessário aprendermos também a conhecer, compreender e amar a liturgia da Igreja na sua forma concreta. Na liturgia, rezamos com os fiéis de todos os séculos; passado, presente e futuro encontram-se num único grande coro de oração. A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que é entusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isto foi crescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa, quantas gerações a formaram rezando.

3. Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o facto de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.

4. Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, que, apesar de diversa em todas as culturas, é sempre também muito semelhante, porque, no fim de contas, o coração do homem é o mesmo. É certo que a piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande património da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Seguramente a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos «Povo de Deus».

5. O tempo no Seminário é também e sobretudo tempo de estudo. A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma. Paulo fala de uma «norma da doutrina», à qual fomos entregues no Baptismo (Rm 6, 17). Todos vós conheceis a frase de São Pedro, considerada pelos teólogos medievais como a justificação para uma teologia elaborada racional e cientificamente: «Sempre prontos a responder (…) a todo aquele que vos perguntar "a razão" (logos) da vossa esperança» (1 Ped 3, 15). Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos de Seminário. Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis. É certo que muitas vezes as matérias de estudo parecem muito distantes da prática da vida cristã e do serviço pastoral. Mas é completamente errado pôr-se imediatamente e sempre a pergunta pragmática: Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral? É que não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos. Por isso, é importante ultrapassar as questões volúveis do momento para se compreender as questões verdadeiras e próprias e, deste modo, perceber também as respostas como verdadeiras respostas. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura, na sua unidade de Antigo e Novo Testamento: a formação dos textos, a sua peculiaridade literária, a gradual composição dos mesmos até se formar o cânon dos livros sagrados, a unidade dinâmica interior que não se nota à superfície, mas é a única que dá a todos e cada um dos textos o seu pleno significado. É importante conhecer os Padres e os grandes Concílios, onde a Igreja assimilou, reflectindo e acreditando, as afirmações essenciais da Escritura. E poderia continuar assim: aquilo que designamos por dogmática é a compreensão dos diversos conteúdos da fé na sua unidade, mais ainda, na sua derradeira simplicidade, pois cada um dos detalhes, no fim de contas, é apenas explanação da fé no único Deus, que Se manifestou e continua a manifestar-Se a nós. Que é importante conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica, não será preciso que vo-lo diga expressamente. Quão importante seja hoje a teologia ecuménica, conhecer as várias comunidade cristãs, é evidente; e o mesmo se diga da necessidade duma orientação fundamental sobre as grandes religiões e, não menos importante, sobre a filosofia: a compreensão daquele indagar e questionar humano ao qual a fé quer dar resposta. Mas aprendei também a compreender e – ouso dizer – a amar o direito canónico na sua necessidade intrínseca e nas formas da sua aplicação prática: uma sociedade sem direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O direito é condição do amor. Agora não quero continuar o elenco, mas dizer-vos apenas e uma vez mais: Amai o estudo da teologia e segui-o com diligente sensibilidade para ancorardes a teologia à comunidade viva da Igreja, a qual, com a sua autoridade, não é um pólo oposto à ciência teológica, mas o seu pressuposto. Sem a Igreja que crê, a teologia deixa de ser ela própria e torna-se um conjunto de disciplinas diversas sem unidade interior.

6. Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente «íntegro». Por isso, a tradição cristã sempre associou às «virtudes teologais» as «virtudes cardeais», derivadas da experiência humana e da filosofia, e também em geral a sã tradição ética da humanidade. Di-lo, de maneira muito clara, Paulo aos Filipenses: «Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento» (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade. Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Em vez de levar as pessoas a uma humanidade madura e servir-lhes de exemplo, com os seus abusos provocaram devastações, pelas quais sentimos profunda pena e desgosto. Por causa de tudo isto, pode ter-se levantado em muitos, e talvez mesmo em vós próprios, esta questão: se é bom fazer-se sacerdote, se o caminho do celibato é sensato como vida humana. Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura. Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.

7. Hoje os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. Muitas vezes a decisão para o sacerdócio desponta nas experiências de uma profissão secular já assumida. Frequentemente cresce nas comunidades, especialmente nos movimentos, que favorecem um encontro comunitário com Cristo e a sua Igreja, uma experiência espiritual e a alegria no serviço da fé. A decisão amadurece também em encontros muito pessoais com a grandeza e a miséria do ser humano. Deste modo os candidatos ao sacerdócio vivem muitas vezes em continentes espirituais completamente diversos; poderá ser difícil reconhecer os elementos comuns do futuro mandato e do seu itinerário espiritual. Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade. O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro. Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.

Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração. Rezai também por mim, para que possa desempenhar bem o meu serviço, enquanto o Senhor quiser. Confio o vosso caminho de preparação para o sacerdócio à protecção materna de Maria Santíssima, cuja casa foi escola de bem e de graça. A todos vos abençoe Deus omnipotente Pai, Filho e Espírito Santo.

Vaticano, 18 de Outubro – Festa de São Lucas, Evangelista – do ano 2010.

Vosso no Senhor

BENEDICTUS PP. XVI

30 setembro 2010

Padre Zezinho recebe indicação ao Grammy


O padre Zezinho scj recebeu, no dia 10 de setembro, a indicação ao Grammy Latino na categoria "música cristã em português". Confira todos os indicados na categoria Melhor Álbum de Música Cristã (Língua Portuguesa) na 11ª edição do Latin Grammy Awards:

1- Na Extremidade - Marina de Oliveira
2 - Meu Alvo - Kleber Lucas
3 - Advogado Fiel - Bruna Karla
4 - Multiforme - Paulo Cesar Baruk
5 - Grande é o Meu Deus - Soraya Moraes
6 - Horizonte Distante - Rosa de Saron
7 - Ao País dos Meus Sonhos - Pe. Zezinho scj

Confira a lista dos indicados em todas as categorias do Grammy Latino 2010 acessando: www.latingrammy.com

24 setembro 2010

Presidenciáveis participam de debate promovido com apoio da CNBB


Os candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) participaram do debate promovido com apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na noite desta quinta-feira, 23, em Brasília (DF).

O debate, que durou pouco mais de uma hora, abordou os seguintes temas: educação, saúde, programas sociais, segurança pública, exploração do petróleo na camada pré-sal, programas para crianças e jovens, combate às drogas, descriminalização do aborto, ensino universitário, reforma tributária, reforma política e desigualdade social. Durante as intervenções dos candidatos a platéia, composta por assessores políticos e estudantes, a manifestação foi intensa com aplausos, vaias e risos.

O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, colocou a lei do aborto em pauta no 2º bloco do debate. O bispo perguntou à candidata Marina Silva como ela lida com o fato de o partido dela, como o PT e outros partidos, trazerem o aborto como um dos temas de programa.

Marina disse ser defensora da vida e pediu uma discussão do assunto, sem se fazer "satanização" das pessoas. Voltou a propor a realização de um plebiscito sobre a questão. "Aborto não pode ser método contraceptivo. Eu tenho a vida como princípio", afirmou.

Dilma Rousseff comentou a resposta de Marina. Disse ser pessoalmente contra o aborto. Apontou que, como presidente da República, deverá se preocupar com mulheres pobres que usam "métodos absolutamente bárbaros" [para abortar]. "Elas têm de ser protegidas. E é nesse sentido que eu afirmei sempre que isso é questão de saúde pública", ressaltou.

A primeira e última fala de José Serra no debate tiveram foco religioso. No começo, disse ser cristão e seguidor de Jesus Cristo com os princípios de verdade e justiça. Ao final, recordou três figuras católicas que, segundo ele, marcaram sua vida (um padre, uma madre e um arcebispo). "E o Dom Paulo Evaristo Arns: fundamental para tudo que eu fiz a partir dos anos 80, depois dos 14 anos de exílio", finalizou.

Durante o debate, Plínio de Arruda Sampaio insistiu em diferenciar o projeto de governo dele dos demais candidatos. Defendeu o que chamou de propostas radicais no campo da educação, reforma agrária e economia. "Eles querem melhorar. Eu quero resolver", afirmou.

13 setembro 2010

Pe. Marcial Maçaneiro em assessoria aos Camarões (África)


O Prof. Pe. Marcial Maçaneiro SCJ esteve recentemente nos Camarões, na costa oeste da região centro-africana, de 2 a 20 de agosto. Lá foi a convite da Província dos dehonianos daquele país, coordenada pelo Pe. Antonio Panteghini SCJ. Depois da chegada a Douala (a capital comercial dos Camarões), Pe. Marcial conheceu a Procure des Missions – centro de referência para leigos e religiosos com atuação missionária na região. A Procure des Missions (administrada pelos Padres Espiritanos) oferece apoio logístico e estratégico para Congregações, Institutos Missionários, ONGs, Projetos de Intercâmbio e Organizações internacionais de voluntariado.

A cidade de Douala fica na costa atlântica, provida de grande porto, muitas empresas, e cerca de dois milhões de habitantes. É o centro comercial do país, cuja capital é Yaoundé, mais ao interior.

De Douala, Pe. Marcial foi acompanhado por Pe. Antonio Panteghini até o Provincialado dos dehonianos, em Nkongsamba – região mais montanhosa, cujo clima, na ocasião, se caracterizava pela estação chuvosa. Em Nkongsamba os dehonianos têm sua sede nacional, com escritórios, santuário, salão de eventos e uma ONG muito ativa, que produz biscoitos para venda local e exportação. Os recursos são revertidos em projetos para infância e juventude da região. Perto dali se encontra o Noviciado.

De 5 a 11 de agosto, Pe. Marcial orientou o Retiro de Primeiros Votos aos doze noviços, com o tema central “Serviteurs, disciples et amis” (Servos, discípulos e amigos). Participaram também oito padres e irmãos, cumprindo o propósito do retiro anual solicitado pela Província. No dia 12 – memória do falecimento de Pe. Dehon, nosso fundador – os noviços professaram seus primeiros votos, acompanhados de familiares, amigos, religiosos, clero diocesano local e vários confrades, que, por sua vez, renovaram sua consagração. A liturgia foi alegre e bem participada, na Paróquia de Ngoya, ao lado do Noviciado. A festa se prolongou na recepção dos convidados, preparada pela comunidade do Noviciado, com aperitivos e um almoço excepcional, com saladas, carnes, pratos à base de milho e raízes, prunhas, arroz temperado e peixes deliciosos. Claro, não faltou um bom vinho francês – usual nos Camarões, por conta da colonização francesa do país.

De Nkongsamba, Pe. Marcial partiu para Bafoussam – a quase 2000 metros de altura acima do nível do mar. Região da cultura bamileké, muito ativa cultural e comercialmente. Bafoussam fervilha de pequenos mercados, trânsito intenso e gente na rua por todos os lados. Lá os dehonianos têm muitas raízes: estão construindo o Santuário do Coração de Jesus para celebrar o jubileu de sua presença nos Camarões, após um século de serviço missionário! A construção é de arquitetura de um confrade, em forma de barca, para lembrar o mandato de Jesus: “Vão para alto-mar e lancem as redes! De hoje adiante, farei de ti pescador de homens!” – como lemos em Lucas e Mateus. Ao lado, Centro Pastoral e Obra Social dedicada às crianças de rua. O conjunto Santuário, Centro Pastoral e Obra Social fica numa colina soberana sobre o horizonte de Bafoussam, apropriadamente denominada “Mont Saint Jean” (Monte São João) em homenagem ao evangelista que foi o discípulo amado do Coração de Jesus.

Os dehonianos nos Camarões são exatamente 99. Há alguns italianos, franceses, holandeses e poloneses. Mas, na verdade poucos. A grande maioria é autóctone, proveniente das diversas regiões do país, especialmente Norte, Leste e Centro-Sul. Muitas tribos (nações locais) compõem a comunidade: Bandjoun, Bamileké, Bamoun, etc. Na Teologia, 25 confrades seguem os estudos, no Instituto Teológico próximo a Yaoundé, formado pelo convênio de diversas Congregações religiosas. A Filosofia é cursada no Congo, junto com os confrades de lá. Há também dehonianos que lecionam na PUC da África Central / Campus Yaoundé (capital): Léopold ensina Filosofia; Jean-Marie ensina Direito Canônico. O perfil geral da comunidade dehoniana é jovem, dinâmica, inteligente, alegre e organizada. Há muitas expectativas de futuro. Mas nota-se que os dehonianos de lá vivem uma transição na direção da autonomia, interpelados a assumirem a pleno vapor todas as responsabilidades provinciais: gestão, manutenção, formação e projetos pastorais. Os europeus são dedicados, próximos e têm senso de serviço. Todos são gratos aos pioneiros, enquanto se esforçam em responder pelo andamento atual da província. Cá e lá aparecem alguns nomes africanos pretendidos para futuro provincial.

Nas cercanias de Yaoundé, Pe. Marcial encontrou a comunidade do teologado, para o retiro de votos perpétuos. Do total de 25 participantes, 10 se encaminhavam para os votos perpétuos: 9 clérigos, 1 irmão. O tema do retiro foi “Le véritable amour selon l’esprit des Béatitudes » (O verdadeiro amor, segundo o espírito das bem-aventuraças), inspirado nas Constituições SCJ. Outros seis padres participaram, celebrando assim seu retiro anual. Entre eles, Joseph Kuaté – conhecido amigo do pregador e membro do Conselho consultivo da revista “TQ – Teologia em Questão” (Faculdade Dehoniana). Os votos serão celebrados no dia 25 de setembro.

27 agosto 2010

Estágio pastoral de confrades indianos no Brasil


Os fratres indianos Christy Peter e Bala Jojappa estão no Brasil desde o dia 04 de setembro de 2009. Estes fratres, tendo terminado o curso de Teologia na Índia, aceitaram fazer um estágio pastoral, de dois anos, no Brasil. O estágio pastoral realizado fora da Índia está em conformidade com o espírito missionário da Congregação dos Padres SCJ. E, quem sabe, futuramente, eles poderão se tornar missionários atuando em terras brasileiras ou em regiões de língua portuguesa.
Assim que Fr. Chrity e Fr. Jojappa chegaram ao Brasil eles se dirigiram a Taubaté e se instalaram no Convívio Teológico. Foi-lhes designado o P. Sebastião Pitz, ex-missionário na Índia, como o tutor deles durante a estadia no Brasil.
Logo nos primeiros dias, eles foram matriculados no curso de Português. Frequentaram o curso até agosto de 2009.
Nas férias de dezembro de 2009, eles estiveram no Noviciado N. Sra. De Fátima em Jaraguá do Sul, SC e conheceram também parte da Província BM.
Depois disto voltaram a Taubaté, e passaram a morar no Conventinho, dedicando-se mais ao convívio com os fratres e padres, e à prática da língua portuguesa.
Durante todo o mês de Julho de 2010, eles passaram na Argentina, onde professaram os votos perpétuos, no dia 24 de Julho, após três semanas de preparação, incluindo a semana de retiro, que foi orientado pelo P. Sebastião Pitz. Uma vez professado os votos, eles retornaram a Taubaté.
Devido às dificuldades com a língua portuguesa, sentiam-se ainda incapazes de assumir uma atividade pastoral. Entretanto, visitaram as paróquias dehonianas da região; foram apresentados ao povo; e fizeram os primeiros contatos com o modo de ser Igreja no Brasil e no Vale do Paraíba.
No próximo dia 27 de agosto de 2010, eles deixarão Taubaté para iniciar uma nova etapa do estágio, nas paróquias de Bom Jesus da Penha, Rio de Janeiro, RJ (Jojappa) e paróquia Santa Ana em Lavras, MG (Christy).
Eles receberão a Ordem do Diaconato no dia 10 de Outubro de 2010, na Paróquia Bom Jesus da Penha, RJ. Pretende-se, ali, fazer uma celebração vocacional e missionária em preparação ao Diaconato.
Depois do Diaconato cada qual permanecerá na sua Paróquia até o final de junho de 2011, quando deverão retornar à Índia.

Encontro de Discernimento Vocacional no Seminário de Lavras

Aconteceu no final da semana passada, nos dias 20, 21 e 22 de agosto, o encontro de vocacionados, no Seminário Dehonista de Lavras. Este é um encontro feito no Seminário Dehonista, para que os adolescentes e jovens vocacionados – que já estão sendo acompanhados pelos Animadores Vocacionais Dehonianos – venham a ingressar nesta Casa de Formação no ano que vem.
O encontro quer ser um momento de discernimento vocacional para adolescentes e jovens que estejam cursando a 8ª série ou o 1º e 2º ano do ensino médio, e que pensam em ingressar no Seminário Dehonista de Lavras.
O Seminário Dehonista costuma fazer dois encontros de discernimento vocacional, um em agosto, e outro em outubro. Neste primeiro encontro de agosto estiveram presente 15 jovens e adolescentes.
Espera-se que no segundo encontro, o de outubro, possam aparecer mais alguns vocacionados. Em todo caso, os formadores do Seminário Dehonista ficaram muito satisfeitos e esperançosos com os participantes que compareceram neste primeiro encontro.

Encontro de Lideranças da Província BC

Aconteceu, nos dias 16 e 17 de agosto, o 2º Encontro de Lideranças da Província BC, no Convento SCJ (Conventinho), em Taubaté. Os encontros de lideranças foram criados pelo atual Superior Provincial, P. Mariano, para compartilhar com os diversos líderes da Província BC o exercício e o ministério da autoridade na grande comunidade provincial. Estas reuniões de lideranças demonstraram-se úteis para estabelecer uma relação mais próxima e imediata com o Superior Provincial; para facilitar a partilha de informações sobre a vida da Província; e para despertar a solicitude e co-responsabilidade dos religiosos dehonianos que fazem parte desta Província. Por isso, foram convocados a este encontro, pelo Superior Provincial, os membros do Conselho Provincial, os Diretores e Ecônomos das Casas de Formação, os Coordenadores dos Setores e das Comissões. Ao todo eram umas 30 pessoas que marcaram presença.

Neste 2º Encontro de Lideranças da Província BC tivemos dois momentos formativos muito interessantes. O primeiro se deu à tarde do dia 16, que foi conduzido pelo P. Mariano, Superior Provincial. Ali, ele apresentou dois líderes eminentes e excelentes: P. João Leão Dehon, nosso fundador, e o P. João Maria Vianney, patrono dos sacerdotes. Cada qual ao seu modo, deu um testemunho de vida e de solicitude pelos irmãos. Ambos são modelos para nós de pastores e imitadores do Bom Pastor, Jesus Cristo.

No dia seguinte, de manhã, o P. Zezinho fez ampla exposição sobre sua experiência nos aos Meios de Comunicação Social. Apresentou também uma série de livros interessantes para se conhecer este “mundo” da Mídia. Fez, ainda, uma palestra sobre o tema: Líderes que suscitam líderes. E, nesta sua preleção, ele disse que, hoje em dia, existem muitos líderes e pregadores cristãos e católicos que arrastam multidões através dos meios de comunicação, mas, infelizmente, carecem dos elementos próprios de uma verdadeira, honesta e saudável liderança que arraste as pessoas para Deus, para Cristo, o Bom Pastor.
Finalmente ele apresentou P. Dehon (cf. em seu livro: O Profeta do Verbo Ir. História de um Catequista Social) como o líder exemplar, que falava e agia. Segundo P. Zezinho: Ele pode ser nosso modelo de liderança amorosa, forte e serena.

À tarde do dia 17, as lideranças se dedicaram ao estudo do projeto de revitalização das Comunidades Locais, que são as verdadeiras células base da nossa Vida Religiosa, na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus.

24 agosto 2010

Canais de TV com inspiração católica realizam debate entre candidatos à presidência


Os candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) participaram na noite desta segunda-feira (23), em São Paulo, de debate promovido pelas emissoras católicas de TV Canção Nova e Rede Aparecida.

A campanha de Dilma Rousseff (PT) justificou a ausência, em nota aos organizadores, pela "necessidade de equilíbrio entre diversas atividades de campanha" da candidata. Durante o debate, Plínio foi quem mais criticou a candidata petista pela ausência.

O debate foi estruturado em quatro blocos. No primeiro, candidatos responderam a uma pergunta comum e sobre temas sorteados ao vivo. O segundo bloco incluiu questões de três jornalistas convidados sobre assuntos de livre escolha.

No terceiro, representantes de pastorais e movimentos da Igreja Católica fizeram as perguntas. No quarto e último bloco, os candidatos responderam sobre temas sorteados ao vivo e apontaram soluções para problemas sugeridos pelo mediador. Os candidatos tiveram ainda tempo para considerações finais.

Cada candidato teve entre 1 minuto e meio e 2 minutos para resposta. Nos blocos 2 e 3, as respostas foram comentadas por outro candidato sorteado. Houve réplica de 1 minuto para o candidato que respondeu e tréplica de 1 minuto para o candidato que comentou.

Temas e embates O debate, de duas horas de duração, abordou os seguintes temas: crença dos candidatos em Deus, reforma agrária, uso de símbolos religiosos em locais públicos, economia, homofobia, aborto, castidade para solteiros e fidelidade como formas de combate à Aids, controle social dos meios de comunicação, pesquisas eleitorais, violência, trem-bala, socialismo, alianças políticas, maioridade penal, Programa Nacional de Direitos Humanos, sistema carcerário, habitação, agricultura e ensino religioso na rede pública. O tema pesquisas eleitorais motivou alfinetadas entre Serra e Marina. Questionado sobre o avanço de Dilma, Serra disse ter "um pé atrás" com pesquisas. "Vamos continuar nossa batalha com muita confiança." Marina disse que, para ela, vencer "não é questão de vida ou morte" e afirmou querer ganhar "sem velhas alianças". Para o tucano comentar em seguida: "Não é questão de vida ou morte para mim ganhar a eleição, mas é muito importante para o Brasil."

Também houve fricção entre Plinio e Marina. Ao defender "visão que integre meio ambiente e desenvolvimento", a candidata motivou críticas irônicas de Plinio. "O discurso da Marina é de conciliação, não tem conflito. É tudo bem, é o amor, Jesus entra e resolve tudo", disse o candidato do PSOL, instando a adversária a "explicar essa contradição entre luta ecológica que para no capitalismo". Marina rebateu: "Não vou pautar minha atitude por aquilo que o Plínio quer que eu faça. Respeito o estilo dele, vocês estão o tempo todo rindo das piadas que ele conta."

Sobre temas valóricos, houve poucas divergências entre os candidatos. Todos se manifestaram, por exemplo, contrários à pratica do aborto. Marina reafirmou, contudo, sua proposta de um plebiscito sobre o tema, enquanto Serra disse que não o faria "de jeito nenhum". Em relação ao ensino religioso na rede pública, outro tópico abordado, os três defenderam que deva ser opcional.

Considerações finais Em sua última participação, Marina afirmou que o "Brasil que elegeu um sociólogo e um operário está cada vez mais pronto para surpreender a si mesmo". Defendeu "visão nova" sobre meio ambiente. "Como estamos aqui em um público de fé, é incoerente dizer que ama à Deus e não respeita a criação."

Plínio reafirmou sua defesa do socialismo. "Se não rompermos com o capitalismo, não se resolve nenhum problema do país", disse. Afirmou que a Igreja deve ter coragem para "romper sua aliança com a burguesia", citou a justiça social como fundamento do cristianismo e criticou a ausência de Dilma.

Serra utilizou seu tempo para agradecer pelo debate. Também condenou o não comparecimento da candidata do PT. "A não vinda não é por agenda, apenas por dificuldade e resistência em se explicar." Terminou citando lideranças ligadas à Igreja que influenciaram sua formação, como Zilda Arns.

15 agosto 2010

Eleições Limpas


As eleições estão marcadas para o dia 3 de outubro de 2010. Neste dia, o povo brasileiro retornará às urnas para eleger, na seguinte ordem, os ocupantes dos cargos de deputado estadual ou distrital, deputado federal, senador (primeira vaga), senador (segunda vaga), governador e presidente da República.

Eleitor, não se esqueça, o seu voto pode mudar o futuro do país. Por isso, não vote por votar. Procure saber quem são seus candidatos, busque informações sobre cada um deles, compare se o que eles dizem realmente se reflete no que fazem. E mais: não venda seu voto. A tentativa de compra de voto por alguns candidatos pode ocorrer, às vezes, de forma muito sutil, com o oferecimento de um presente, a prestação de um serviço ou mesmo de um favor. Fique atento!

Mais informações no site www.fichalimpa.org.br


DEBATE COM CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA NAS EMISSORAS CATÓLICAS

As emissoras de televisão de inspiração católica, TV Canção Nova e a Rede Aparecida, promovem, nesta segunda-feira (23/8), o primeiro debate com temas pertinentes àIgreja Católica como o aborto, o uso de células tronco embrionárias e a utilização de símbolos religiosos em locais públicos. O debate será realizado no auditório da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, e será transmitido ao vivo para todo o Brasil, a partir das 22h, pela TV Canção Nova, Rede Aparecida e outras emissoras de rádio e televisão ligadas à Igreja. Brasileiros residentes em outros países poderão assistir no portal da Canção Nova (www.cancaonova.com) e também nas emissoras da TV Canção Nova no exterior.

Os candidatos José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio Arruda Sampaio (PSOL) confirmaram presença. Dilma Roussef comunicou oficialmente, na quarta-feira, 18/8, a impossibilidade de sua participação.

Para a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que apóia a iniciativa, o debate certamente vai ampliar a participação do povo e o fortalecimento da democracia. “Fazemos votos de que seja um debate esclarecedor para que as pessoas votem com consciência e responsabilidade”, afirma o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha.


08 agosto 2010

Inundações no Paquistão: papa pede solidariedade

As autoridades paquistanesas alertaram neste sábado, 7 de agosto, que as chuvas previstas para as próximas horas podem agravar o alcance das inundações, que afetaram 12 milhões de pessoas e continuam obrigando a realização de grandes operações de resgate.


Foto: Akhtar Soomro/Reuters
Uma mulher e seu filho esperam por socorro com outras vítimas refugiadas das chuvas


Um porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, Ahmad Kamal, explicou à agência Efe por telefone que outras 20 pessoas morreram por causa das cheias de um rio em uma localidade da região nortista de Gilgit-Baltistan.
A fonte disse que o número de vítimas "está aumentando" e situou o número de falecidos nos últimos dias em 1.100, apesar de a ONU ter calculado na quinta-feira, 5, que o número passaria de 1.600.
"Outra vez teremos inundações nas províncias do Punjab (leste) e Khyber-Pakhtunkhwa (noroeste), e os trabalhos de resgate estão sendo intensificados", explicou o porta-voz.
Kamal alertou que o serviço meteorológico previu chuvas até este domingo, 8, o que poderia agravar uma catástrofe "que não tem precedentes".
As autoridades temem agora que as inundações se estendam mais ainda na província sulina de Sindh, e o porta-voz se mostrou especialmente preocupado pela possibilidade de a represa de Guddu transbordar, já que durante as últimas 24 horas cresceu significativamente o nível das águas, e ela já está no limite de sua capacidade.
De Sindh foram evacuadas cerca de 500 mil pessoas das margens do rio Indo, segundo a ONU e fontes oficiais, embora Kamal tenha dito que não pode confirmar se este número aumentou.
Ao final da Catequese desta quarta-feira, 4 de agosto, o papa Bento XVI destinou um apelo pela solidariedade com as vítimas de calamidades naturais que afetam diversos países em todo o globo. De modo especial, o Pontífice citou os incêndios ocorridos na Rússia e as tempestades no Paquistão e Afeganistão.
"Oro ao Senhor pelas vítimas e estou espiritualmente próximo de todos quanto são provados por tais adversidades. Por eles, peço a Deus o consolo no sofrimento e o sustento na dificuldade. Espero, ainda, que não venha a faltar a solidariedade de todos", disse o papa.

Movimento "Brasil sem aborto"

O Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto lançou a campanha A vida depende do seu voto – 2010 e já está recebendo, e começando a divulgar em seu site, os termos de compromisso dos candidatos que defendem a vida das crianças no útero de suas mães, desde a concepção.
A ideia é que todos os que defendem a vida que ajudem a divulgar essa campanha, primeiro para conseguir o compromisso dos candidatos, e depois divulgando o site junto aos eleitores para formar uma grande corrente para termos governos e parlamentos que promovam a vida humana, desde a concepção.

“Voto consciente é aquele que leva em conta os princípios e valores dos candidatos, para eleger pessoas que realmente representem nosso modo de pensar”, destacam os organizares através da sua página web.

Lembrando que o mais importante de todos os direitos humanos é o direito à vida, o Movimento Brasil sem aborto denuncia que “a prática do aborto é crime em nosso país, mas é feito clandestinamente, e tem ceifado inúmeras vidas indefesas que são assassinadas covardemente no útero de suas mães. A solução não está na legalização, mas em políticas que garantam que todas as mulheres que engravidam tenham atendimento de qualidade nos postos de saúde e nos hospitais públicos até o momento do parto; haja ampla campanha de esclarecimentos quanto à prevenção à gravidez indesejada, respeitando os princípios e as convicções religiosas de cada pessoa;. não se promova ou permita a distribuição da “pílula do dia seguinte” para os jovens e adolescentes, pela rede pública de saúde, uma vez que este medicamento tem efeito abortivo. Isto se aplica também ao DIU”.

Para verificar o site e demais informações, inclusive a lista dos candidatos que são contrários ao aborto, acesse www.brasilsemaborto.com.br

03 agosto 2010

Uma nova fase no Portal DEHON Brasil - a partir de 12 de agosto


Lançado em dezembro de 2006, o Portal DEHON Brasil - www.dehonbrasil.com - procura realizar um desejo de Padre Dehon: a vivência do "sint unum" ("sejam um", em português).

Reunindo notícias e informações das províncias e distrito dehonianos no Brasil (BC, BM, BS e MAR), o site apresenta um conteúdo que privilegia a divulgação do carisma e da espiritualidade dehoniana, com um padrão que procura agradar a todos, desde os religiosos e membros do instituto, até as pessoas que procuram conhecer a congregação.

No dia 12 de agosto um novo "layout" (apresentação do site) estará no ar e mudanças começam a acontecer.

O grande objetivo é integrar ainda mais as informações de nossas províncias e oferecer um serviço na internet que realmente auxilie na evangelização.

A imagem acima refere-se à nova logomarca.

01 agosto 2010

"Quem usou cargo para enriquecer não merece voto"


Ricardo Lewandovski, presidente do TSE, fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV e recomendou que eleitor avalie a vida do candidato antes de votar.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandovski, fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão neste sábado (31) pedindo que o eleitor avalie a vida do candidato antes de votar. Ele criticou políticos que usaram cargos para "enriquecer" ou se "perpetuar no poder".
"Aqueles que, no passado, usaram os cargos públicos apenas para enriquecer ou se perpetuar no poder não merecem o seu voto", disse Lewandovski.
O ministro pediu que os eleitores avaliem a vida dos candidatos e verifiquem se eles já fizeram "algo de bom". Lewandovski atacou ainda "promessas vazias" ou "propaganda enganosa" de candidatos e a troca de voto por vantagem pessoal.
"Analise a vida dos candidatos, verifique se eles já fizeram algo de bom em benefício da sociedade. Não se deixe iludir por promessas vazias ou publicidade enganosa; não troque o seu sagrado direito de votar por alguma vantagem pessoal ou para alguém que lhe é próximo. O bem-estar da coletividade não tem preço", afirmou.

Lewandovski definiu o ato de votar como uma "oportunidade" de "ajudar a construir o próprio destino e o futuro do Brasil". Ele recomendou que os eleitores discutam as propostas dos candidatos com familiarez, vizinhos e amigos.
O ministro concluiu o pronunciamento afirmando que a democracia faz com que a soberania seja exercida pela população. "Antigamente, o soberano, aquele que mandava, era o rei ou o monarca. Hoje, nos países democráticos, a soberania é exercida exclusivamente pelo povo, pelo conjunto dos cidadãos. É grande, portanto, a nossa responsabilidade no momento de votar. Vamos nos aprontar para escolher os candidatos com os melhores antecedentes e que estejam efetivamente comprometidos com o bem comum".

Texto: Eduardo Bresciani - G1