08 novembro 2008

Para Bento XVI transplante de tecidos e órgãos é sinal de esperança

Os participantes do Congresso Internacional “Um dom para a vida. Considerações sobre a doação de órgãos” foram recebidos hoje, 7, pelo papa Bento XVI.
O Congresso acontece em Roma, desde ontem, 6, e é organizado pela Pontifícia Academia para a Vida, pela Federação Internacional das Associações Médicas Católicas e pelo Centro Nacional de Transplantes. O evento prosseguirá até amanhã, dia 8.
De acordo com o papa, “os transplantes de tecidos e de órgãos representam uma grande conquista da ciência médica e são um sinal de esperança para tantas pessoas que se encontram em situações clínicias graves, às vezes, extremas”.
“Infelizmente, o problema da disponibilidade de órgãos vitais para o transplante não é teórico, porém, dramaticamente prático, como se pode ver nas longas listas de espera de tantos enfermos cujas únicas possibilidades de sobrevivência estão ligadas às reduzidas ofertas que não correspondem às necesidades objetivas”, afirmou o papa.
O pontífice disse ainda que a doação deve ocorrer quando não se coloca em perigo a própria saúde, a identidade. Segundo Bento XVI, “a doação deve ser sempre por um motivo moralmente válido”. “Eventuais compras e vendas de órgãos, assim como a adoção de critérios discriminatórios ou utilitaristas são atos moralmente ilícitos”, explica.
Bento XVI pede para que a comunidade científica e médica lute contra práticas inaceitáveis como “os abusos nos transplantes e seu tráfico que, com frequencia, afetam pessoas inocentes como as crianças”.
O papa também lembrou que a pessoa que recebe órgãos deveria ser consciente do valor deste gesto, já que é destinatário de um dom que vai mais além do benefício terapéutico. “O que recebe é um testemunho de amor que deve suscitar também uma resposta generosa, de modo que cresça a cultura do dom e da gratidão”, diz.

CNBB

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