O papel da Igreja como promotora da paz, da reconciliação e da justiça social será o centro do próximo Sínodo Episcopal sobre a África, anunciado pelo Papa Bento XVI para o mês de outubro do ano que vem, durante a Eucaristia de encerramento do Sínodo sobre a Palavra, no domingo passado no Vaticano.
Em declarações ao jornal L'Osservatore Romano, o secretário-geral do Sínodo, Dom Nikola Eterovic, explicou que o tema escolhido pelo Papa para a próxima reunião sinodal é A Igreja na África, a serviço da reconciliação, da justiça e da paz. ‘Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo’ (Mt 5, 13-14).
A idéia deste Sínodo, explicou o prelado, "partiu do episcopado africano nos últimos anos do pontificado de João Paulo II", que, de fato, havia acolhido a proposta em 13 de novembro de 2004. Em 22 de junho de 2005, Bento XVI anunciou sua intenção de convocar esta assembléia.
Este Sínodo, acrescentou, suporá uma continuação do primeiro, realizado em 1994. "Será um Sínodo autenticamente africano, que contribuirá, como já aconteceu no anterior, para estimular a consciência da unidade de cada parte do continente e para favorecer o dinamismo evangélico."
Atualmente, explicou Dom Eterovic, os católicos africanos terminaram de estudar os Lineamenta, publicados em 2006 em vários idiomas, inclusive em árabe e em suaíli, para preparar o Sínodo. As respostas já chegaram à Santa Sé.
Entre outras questões, será falado "sobre os conflitos armados, o desequilíbrio entre ricos e pobres, o tráfico de armas, a pobreza, a fome, o respeito ao direito das minorias, o papel da mulher, a exploração selvagem dos recursos, os prófugos, os refugiados...".
Segundo o prelado, a reconciliação "é uma necessidade prioritária na África, onde não faltam os progressos, mas tampouco os problemas. Sem esta paz verdadeira em Cristo, não pode haver nenhum desenvolvimento cultural ou social. A Igreja deve ser uma voz profética que convide à reconciliação, à justiça e à paz".
Texto: Zenit.org
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