21 maio 2008

Saudação do Provincial BC para a Festa do S.C.J.

Saudação de boas festas
Vivat Cor Iesu!

É com grande júbilo que saúdo a cada confrade pela celebração da solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Faço votos de que a preparação e a celebração em comunidade e em setor sejam um estímulo para fazer crescer nossa fraternidade, a consciência de nossa consagração e pertença à Congregação bem como o engajamento sempre alegre na missão que nos foi confiada pela Província e Congregação. Estamos nos preparando como Província para em breve celebrarmos o capítulo provincial. Muito proveitosa para a nossa vida consagrada, vivida em comunidades fraternas, está sendo a reflexão e partilha em torno das perguntas enviadas pela comissão geral de preparação do capítulo geral: “O amor de Cristo nos impulsiona”. Tenho a certeza de que está nos fazendo um grande bem. Junte-se a isso a bela carta do superior geral que a partir do “ecce venio” nos conduz à reflexão e prática do mais dehoniano dos três votos, a obediência, que no espírito de união à oblação de Cristo nos conduz à verdadeira liberdade em Cristo, nos insere na comunidade de Jesus (comunhão fraterna) e assim nos capacita para o testemunho-missão. Que bom que, para além da profundidade bíblico-teológica, a carta também traz orientações práticas. Seria muito conveniente que a carta fosse objeto de partilha e oração em comunidade sobretudo durante a preparação da festa do Sagrado Coração de Jesus.

Permitam-me ainda alguns pensamentos que retenho oportuno partilhar.

É verdade que desde o nosso batismo somos filhos de Deus, irmãos em Cristo, continuamente fecundados pelo amor do Espírito de Deus. A partir do noviciado e da emissão dos votos nos consagramos a Deus e nos inspiramos no carisma dehoniano que nos dá uma mística própria. Se Bento XVI afirma: “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva” (DCE 1), então para nós consagrados dehonianos de fato não começou tudo ou deveria recomeçar no encontro pessoal com Jesus Cristo, na ótica do Coração de Jesus, do Seu Coração transpassado? É nessa experiência de fé e de vida que somos fortalecidos em nossa vocação e nos tornamos capazes de assumir uma vida de amor gratuito, de oblação unida à oblação de Cristo, doando-nos a Deus e aos irmãos com Cristo e como Cristo (cf. Cst. 21 e 35).

Na perspectiva do Documento de Aparecida somos discípulos e missionários do Coração de Jesus, do seu amor misericordioso, solidário, reconciliador e reparador. É isto que justifica, nas Igrejas locais, nossa presença e nossas obras. Somos chamados a viver e testemunhar, em comunhão com toda a Igreja, o desafio de ser discípulos e missionários para que nossos povos tenham vida, na perspectiva do que nos especifica.

A celebração da festa do Sagrado Coração de Jesus é uma ocasião a mais para reavivar em nós a chama do Amor daquele Coração que é “fornalha ardente de caridade”, como aprendemos a invocá-lo desde a infância ou os primeiros anos de seminário. Que possamos todos proclamar com mais alegria, com mais convicção e com novo ardor: “Cor Iesu, in Te speravi, non confundar in aeternum”!

Boas festas!

São Paulo, 20 de maio de 2008.

P. Paulo Hülse, scj – sup. provincial BC

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